quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

EM PROGRAMA DE RÁDIO, POLÍTICO BOLSONARISTA PEDE VOLTA DA DITADURA E DIZ QUE DEMOCRACIA É PREJUDICIAL

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“...'não houve ditadura'"..."'essa é a definição dada pelo campo da esquerda para a 'revolução de 1964'.”


O político bolsonarista Cláudio Doro, 73 anos, que foi candidato a vice-prefeito de Passo Fundo, RS, pelo Podemos em 2024, foi entrevistado ao vivo na Rádio Planalto FM 92.1 na tarde da última sexta-feira.

Durante a entrevista, o apresentador afirmou que a esquerda brasileira condena a ditadura de 1964, mas defende o governo Maduro. Ainda, o entrevistador indagou Doro, que além de político é também agrônomo, para saber se tal argumento tinha coerência.

Doro começou sua resposta relativizando o regime militar, alegando que “não houve ditadura”, e que essa é a definição dada pelo campo da esquerda para a “revolução de 1964”. Segundo Doro, o período de chumbo foi uma “intervenção militar provisória para colocar o país nos eixos, já que estávamos na iminência de partir para o comunismo”. O político alegou também que, durante o período militar, “houve grande desenvolvimento, paz e tranquilidade social”.

Escalando suas declarações, Doro classificou a democracia como prejudicial à sociedade brasileira: “Essa tal democracia prejudicou, porque nós interrompemos o ritmo de crescimento e conseguimos desestruturar socialmente o nosso país”.Doro ainda entende que o atual momento de tensão política é uma “briga de classes” causada por índios, quilombolas e pela comunidade LGBTQIA+. Completando, o entrevistado disse que a separação de brancos e negros “causa vitimização” de parte da sociedade.

Cláudio Doro afirmou, ao final de sua apologia ao golpe militar do passado, que “a ditadura foi altamente boa para nós, só foi ruim para aqueles que não se comportavam dentro da lei, que estavam em contravenção e trabalhavam no crime”.

“Hoje é o que está faltando para nós, faltam leis realmente duras e firmes que coloquem o país nos eixos”, arrematou Doro na entrevista.

Marina Bernardes, vereadora do PT, oficiou a emissora, solicitando esclarecimentos sobre as declarações de caráter apologético à ditadura, dadas ao vivo em uma emissora viabilizada por meio de concessão pública. O documento sugere que a rádio realize um programa informativo específico sobre o período da Ditadura Civil-Militar, com a participação de pesquisadores especialistas no tema.

Para a vereadora, tais posicionamentos do ex-candidato ao cargo de vice-prefeito de Passo Fundo ferem o Estado Democrático de Direito e promovem um revisionismo histórico que nega estudos e evidências científicas que atestam as violências e os crimes cometidos pelo estado de exceção durante os 21 anos em que os militares estiveram no poder.“Em janeiro de 2023, esses mesmos argumentos foram utilizados para subsidiar os ataques cometidos contra as instituições e a democracia em Brasília. Não podemos corroborar com esses discursos que fazem apologia a um dos períodos mais obscuros da história brasileira”, defende Marina.

Marina reforçou que a desinformação é um elemento que precisa ser combatido, pois o falseamento da realidade histórica condiciona as pessoas a diversas perspectivas equivocadas sobre fatos que, comprovadamente, ampliaram as desigualdades socioestruturais e econômicas no Brasil. “Por isso, acreditando que a emissora não compactua e não legitima esses discursos negacionistas, propomos como sugestão um programa educativo, feito com pesquisadores da área, para que eles tragam dados, fatos e informações críveis”, alegou a parlamentar.

“Opiniões baseadas em achismos e em experiências individuais não deveriam ganhar amplitude e notoriedade. Informação é compromisso social, e confiamos que a rádio cumprirá seu papel público”.  -  (Fonte: DCM - Aqui).

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Comentários Selecionados


"Esses defensores da direita libertária adoram uma ditadura. São todos CALHORDAS!" -  (Leitor R. R.)


"problema é que eles não sabem o que fazer com a democracia ... trabalhar? inovar? fazer o bem a um número maior de pessoas, corroborar com um mundo melhor a todos os seres? Essas coisas nem lhes passam pela cabeça." - (Romanelli)


"Típico verme fascista que ganha espaço naquela rádio controlada por vermes fascistas, que se locupletam com a verba pública desde sempre."  - (Marcio Wilk) 


"Nazifascista bolsonarento!" - (Leitor Eudes)


"Explica-se cientificamente:


.Mais uma monumental quantidade de comentários, inclusive mais de uma dezena contra o golpista-mor, que agora posa de virtuoso. Sobre ele, o comentário mais, digamos, suave: 

"A lei da ficha limpa deveria proibir bandidos de receberem dinheiro público (vide o genocida recebendo uma fortuna do PL)." - (Leitor L. Oliveira).

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