quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

ALEXANDRE RAMAGEM RECUSA-SE A DEPOR SOBRE ESPIONAGEM ILEGAL NA ABIN

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"Ramagem comunicou ao investigador que só comparecerá para depor quando tiver acesso ao material obtido pela PF".  Está correto.


No DCM:

Alvo de uma operação da Polícia Federal por suspeitas de espionagem a autoridades e de uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para proteger os filhos de Jair Bolsonaro (PL), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) optou por não prestar depoimento nesta quinta-feira.

Ramagem comunicou ao investigador que só comparecerá para depor quando tiver acesso ao material obtido pela PF. Enquanto isso não ocorre, ele não responderá às perguntas dos agentes, conforme comunicado de sua assessoria de imprensa. O depoimento estava agendado para as 11h na sede da PF em Brasília, mas a corporação ainda não se manifestou sobre a ausência do deputado, que comandou a Abin durante o governo de Jair Bolsonaro.

Segundo a investigação, Ramagem teria estabelecido uma espécie de “Abin paralela” e utilizado um programa de espionagem para monitorar autoridades, incluindo o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Havia ainda a tentativa de vincular essa dupla de ministros ao PCC.

A apuração também investiga o uso dessa suposta “Abin paralela” em benefício dos filhos do ex-presidente. Jair Renan teria recebido orientações sobre uma investigação em que era alvo, devido às suas relações com empresas em busca de contratos com o governo federal.

O senador Flávio Bolsonaro teria recebido informações sobre funcionários da Receita Federal durante a investigação de rachadinha quando era deputado estadual no Rio de Janeiro. Flávio negou as acusações e classificou como absurda a alegação de que a Abin o favoreceu.

Na operação contra Ramagem, houve cumprimento de mandados de busca e apreensão em direções relacionadas ao deputado, incluindo seu gabinete na Câmara. Outros sete agentes da PF, integrantes da suposta “Abin paralela” coordenada por Ramagem, também foram alvos.

Até o momento, o deputado optou por não se manifestar sobre a operação. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, classificou a operação como perseguição, enquanto deputados de oposição alegam que a Polícia Federal está a serviço do governo Lula (PT) e contra a direita. -  (Aqui).

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