quarta-feira, 19 de julho de 2023

INVESTIGAÇÃO COM BASE NO CADASTRO ÚNICO REVELA QUE 600 MIL MORTOS RECEBERAM AUXÍLIO DE R$ 600 DO GOVERNO FEDERAL

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No Jornal do Commercio, edição desta data:


Por Fernando Castilho

Numa varredura básica o governo - trabalhando com apenas 45% do Cadastro Único para programas sociais - 
encontrou e excluiu 604 mil pessoas com indicativo de óbito há mais de 12 meses. A varredura também achou quase um milhão (921.900) de famílias com cadastro desatualizado há mais de quatro anos. Mesmo que essas pessoas tenham, ao menos, um contato com a Caixa Econômica para receber algum benefício.

Analistas de dados sempre entenderam que o CadÚnico, assim como o banco de dados do Bolsa Família, poderia funcionar como um acesso intravenoso hospitalar onde é possível o paciente receber toda a medicação e ser monitorado. Um pouco de atenção do Governo poderia, a partir dela, fazer consultas mensais sobre essas famílias permitindo a oferta de serviços com base em dados atualizados mensalmente.

Mas o Ministério do Desenvolvimento Social nunca tratou aquela montanha de dados onde estão bilhões de informações sociais. Mesmo o Brasil se permitindo pagar R$ 150,00 a 9,13 milhões de por famílias com filhos de até seis anos. Finalmente, desde o início do ano, o Governo Federal vem fazendo ajustes na base de dados do Cadastro Único para garantir que as famílias que realmente precisam dos recursos estejam na base de dados. Mas só agora decidiu rever a planilha de dados captados nas prefeituras.

Imagine o que essas informações com recursos de Inteligência Artificial podem produzir de modo a permitir ações de governo especialmente nas áreas de saúde e educação, mobilidade e habitação!! O Brasil é mesmo um país muito diferenciado. Paga todo mês R$ 14 bilhões a 20,90 mil famílias com base numa plataforma de coleta de dados que não foi atualizada por 12 anos.

O detalhe é que isso acontece num país que se orgulha de ter uma Receita Federal que manda a declaração de ajuste do Imposto de Renda quase pronta; de operar um sistema de pagamento em tempo real (PIX) que faz 13 milhões de operações/dia e de fazer uma eleição que publica os resultados oficiais em até seis horas após o fechamento das urnas; sabe-se, hoje, que o formulário usado no cadastro atualmente para o Bolsa Família é o mesmo de 2010 - que até hoje (2023) não passou por nenhuma atualização relevante.  -  (Aqui).

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Mesmo com toda bandalheira, fracassaram. Um alento.

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