quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

EQUIPE DE ISRAEL DEIXA BRUMADINHO

16 toneladas de equipamentos... (Quantas toneladas retornarão?) 3 dias de trabalho para um exército tão bem preparado como o de Israel... Dificilmente vivenciaremos passagem tão singular em nossa história. Diante de tanta estranheza, aliás, os comentários suscitados, até mesmo os colidentes(!), chegam a soar plausíveis (aqui). 


Equipe de Israel deixa Brumadinho após ter trabalhado por apenas 3 dias

Do GGN: Os cerca de 130 soldados israelenses e suas 16 toneladas de equipamentos deixam o Brasil a partir das 15h desta quinta (31), após terem trabalhado no resgate de vítimas do rompimento da barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), por apenas 3 dias.
 
Em Bento Rodrigues, distrito de Mariana, o rompimento da barragem da mineradora Samarco, em 2015, demandou pelo menos 20 dias de operações intensas. Os bombeiros de Minas Gerais resgataram nesse período 18 de um total de 19 mortos. Equipes continuaram o trabalho por mais algumas semanas, em busca do último corpo, que nunca foi encontrado. 
 
No município de Itabirito, onde uma barragem da mineradora Herculano rompeu em 2014, os trabalhos de resgate duraram 15 dias. Três vítimas foram encontradas.
 
Jair Bolsonaro usou o Twitter na manhã desta quinta (31) para agradecer a ajuda de Israel. Segundo o jornal Estado de S. Paulo, o governo brasileiro não soube informar o motivo de a comitiva ter decidido deixar o País em tão pouco tempo.
 
Dois dias antes, os bombeiros e o embaixador israelense se estranharam publicamente. A equipe brasileira reclamou que a tecnologia israelense não correspondia à natureza do que ocorreu em Brumadinho.
 
Israel tem experiência com soterramento de pessoas mas por outros tipos de desastres, como bombardeios. Neste caso, por exemplo, é mais fácil limitar a área de busca por vítimas e equipamentos como o imagiador que faz imagens de corpos quentes soterrados são úteis. No rompimento de uma barragem de mineração, contudo, as vítimas são arrastadas pelo movimento de massas. A localização dos corpos é o principal desafio. 
 
GGN explicou neste post quais foram as técnicas utilizadas pelos bombeiros nos desastres envolvendo as mineradoras Herculano e Samarco. Leia mais.

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos


.Paz e Bem:
Lula, o judeu (Por Mauro Lopes) .................... AQUI.

.Critica Brasil:
O poder de Lula é maior do que se imaginava . AQUI.

.Boa Noite 247:
Ministra Damares e outros temas .................. AQUI.
(Sobre a índia adotada pela ministra, é importante 
saber o que ela disse à Folha - Aqui).

.Política Brasil:
Caso Lula: Milhares puderam, Lula não .......... AQUI.
STJ manda soltar Beto Richa ........................ AQUI.

ECOS DE BRUMADINHO


Duke.

DA SÉRIE 'TRAGÉDIAS BRASILEIRAS'

Duke.
....
.Click Política: "Toffoli ligou para Moro antes de concluir humilhação contra Lula" - Aqui.
.Bom Dia 247: "Lula deu mais uma prova de dignidade" - Aqui.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O MONSTRO ESTÁ DE VOLTA

Luis Nassif produziu o post abaixo antes da (inócua) decisão do ministro Dias Toffoli relativamente ao pedido de ida do ex-presidente Lula ao velório de Vavá, seu irmão, decisão proferida praticamente no momento em que Vavá estava sendo sepultado. Foi bem sucedida, assim, a "operação postergação" posta em prática pela juíza Carolina Lebbos e parceiros, sob 'supervisão' do superministro Sérgio Moro. Como se viu, mais uma vez a base prevaleceu sobre a "cúpula", com aspas, com aspas; sem aspas, só a representada,  há anos e até aqui, pelo ínclito hoje superministro. (Quanto ao título - "O monstro está de volta..." -, há quem considere haver alguma imprecisão, visto que no fundo, no fundo, o monstro nunca esteve de todo ausente).
(Montagem: GGN).
O monstro está de volta com prisões da Vale e proibição de Lula de ir a velório 
Por Luis Nassif
O monstro do aparelho judiciário está de volta em dois episódios dramáticos, em que a única voz decente, nas instituições, foi do vice-presidente, General Hamilton Mourão.
A infâmia tem cara.
Na justiça federal de 1ª instância é a juíza Carolina Lebbos, que procurou atrasar a decisão – e, portanto torná-la sem efeito – pedindo parecer do Ministério Público Federal. Entre os procuradores da Lava Jato, a infâmia foi coletiva.  Na PF, tem a cara de Sérgio Moro, Ministro da Justiça e comandante em chefe da PF. Na Justiça Federal de 2ª Instância, a cara do desembargador Leandro Paulsen.
A perseguição implacável e cruel a Lula desonra a Justiça e acontece em um momento em que o fator Jair Bolsonaro lança sobre o país os temores de uma era de trevas.
O segundo episódio foi a prisão de engenheiros que supostamente teriam responsabilidade pelo desabamento em Brumadinho.
Nos dois casos, Mourão identificou os vícios do arbítrio. No caso Lula, pela falta de piedade. No caso Vale, pela ansiedade em dar satisfações à opinião pública, mandando prender antes de apurar corretamente as responsabilidades.
O monstro está vivo e respira.
É o mesmo monstro que criminalizou problemas administrativos de universidades, levando um ex-reitor ao suicídio, invadiu universidades para impor censura ideológica, ordenou condução coercitiva a quarenta funcionários do BNDES, afetou a imagem da carne brasileira no mundo, liquidou com a vida de jovens estudantes no caso do major espião, ordenou a detenção de um cientista renomado por discutir a maconha, transformou Lula em prisioneiro político e colocou o país sob a influência de milícias.
É a volta dos porões da ditadura.
A maneira como se valem de manobras jurídicas, como foi o caso agora de Lula, é da mesma natureza da manobra de Luiz Fux procurando livrar o filho de Bolsonaro das investigações. Os métodos são os mesmos do período militar.
E isso acontece em um momento em que o antilulismo cada vez mais tem a face do bolsonarismo. Não há mais a mesma coesão na mídia e nas redes sociais para esses abusos processuais. E os pronunciamentos de Mourão reforçam essa sensação.
Na ditadura, o próprio Romeu Tuma fez questão de acompanhar Lula, liberando-o para o enterro de sua mãe. Não deixou a decisão nas mãos do guarda da esquina. Agora, o que se vê são pessoas menores, em guerras sem risco, incapazes de qualquer gesto de grandeza, como o de respeitar o inimigo caído. 

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos


.Eduardo Guimarães:
Impedir Lula de velar irmão foi tiro no pé .... AQUI.

.Boa Noite 247:
Agressão covarde a Lula ........................... AQUI.

.Política Com Vocês:
Impedir Lula demonstrou desespero ........... AQUI.

................



"Frei Betto concedeu entrevista exclusiva ao jornalista Mauro Lopes, para o Canal Paz e Bem, uma iniciativa de parceria e amizade da TV 247, sobre a espiritualidade de Lula. O frade dominicano e o ex-presidente são amigos há 40 anos e Frei Betto sempre foi uma referência espiritual da família Silva. Na entrevista, ele apresenta uma imagem forte: 'apertam cada vez mais as algemas de Lula'. (...)."Frei Betto: Apertam cada vez mais as algemas de Lula - AQUI.

....
"'É um escárnio um dos motivos alegados pela Policia Federal para subtrair a Lula o direito de ir ao velório do irmão: seus helicópteros estão em Brumadinho'. 'O PT se ofereceu para fretar um avião que transportaria Lula e os agentes federais. A oferta não foi nem considerada', disse o colunista do jornal O Globo no Twitter.
O ex-presidente também repudiou a decisão. 'Não deixaram que eu me despedisse do Vavá por pura maldade', afirmou. A declaração foi transmitida pela presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), durante a cerimônia de corpo presente de Vavá." - Noblat: Alegações da PF contra ida de Lula a velório são um escárnio - AQUI.

JUSTIÇA E PF TRATAM LULA COMO PRESO POLÍTICO

O artigo abaixo foi escrito antes da (inócua, na prática) decisão do ministro Toffoli acerca do pedido de autorização do comparecimento do ex-presidente Lula ao velório de seu irmão Vavá. Para reproduzi-lo, levamos em conta a abrangência, concisão (o texto é, sim, a um tempo abrangente e conciso), e objetividade do articulista, que, ao contrário da Globo e demais, cuidou de fazer expressa menção ao superministro Sergio Moro, verdadeiro mandatário da justiça e arredores, que, ao fim e ao cabo, foi quem efetivamente deu a palavra final. Desta feita sob entusiásticos - mas silenciosos, como 'recomenda' o momento - aplausos. Moro manda. Lamentações à parte, cumpre registrar que às vezes o alento reside no consagrado provérbio português "Para diante é que as malas batem". Parece o caso.
(Colagem: GGN).
Justiça e PF tratam Lula como preso político 
Por Kennedy Alencar - Em seu BLOG
Boa parte da comunidade jurídica brasileira considera injusta a sentença contra Lula no caso do apartamento no Guarujá. Renomados juristas e advogados criminalistas afirmam que, no mínimo, deveria ter sido aplicado o princípio “in dubio pro reo”. Ou seja, diante das dúvidas para condenar, Lula deveria ter sido absolvido.
Entretanto, quando se examina a execução da pena do ex-presidente, fica claro que Lula é tratado como preso político. 
Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro a 9 anos e meio de prisão. Mas o TRF-4 elevou a pena para 12 anos e um mês. Esses 30 dias a mais impediram a defesa de Lula de alegar prescrição dos crimes em 2017.
Na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Lula fica isolado numa cela improvisada, sem contato com outros detentos - apenas com seus carcereiros, advogados, amigos e parentes autorizados a visitá-lo. É uma espécie de solitária.
Apesar do ululante interesse público e histórico de uma entrevista com Lula, o Supremo Tribunal Federal impediu contato do ex-presidente com jornalistas durante a campanha eleitoral. Este repórter fez um pedido para entrevista-lo após o segundo turno das eleições. Queria ouvir Lula para um documentário sobre a crise brasileira entre 2013 e 2018 que produzi para a BBC World News. Não recebi a autorização, mas apenas uma resposta do ex-presidente a uma carta que enviei na qual disse que gostaria de entrevistá-lo, citando alguns pontos da possível conversa.
Há inúmeros casos autorizados pela Justiça de entrevistas com presos.
Lula pediu e não recebeu autorização para comparecer ao velório e sepultamento de seu grande amigo Sigmaringa Seixas, advogado e deputado federal que morreu em dezembro. Era pública e notória a forte amizade entre os dois.
Não vamos nem mencionar o episódio em que a ministra Rosa Weber votou contra o seu próprio entendimento, alegando um inusitado princípio da colegialidade, para não dar provimento a uma habeas corpus em que Lula pedia para não ser preso.
Para que serve uma reunião de um colegiado se não for para eventualmente confirmar ou mudar o entendimento desse próprio colegiado? Afinal, é nesses encontros do plenário que a jurisprudência muda ou permanece como está. Um “princípio da colegialidade” congelaria todas as decisões e impediria o direito, que é vivo, de mudar.
Em novembro, numa audiência em que teria o direito de se defender das acusações em relação ao sítio de Atibaia, a juíza Gabriela Hardt deu um cala boca no réu, cerceando seu direito de defesa. Muitos aplaudiram, vendo ali um exercício da autoridade quando se tratava apenas de puro autoritarismo e desrespeito ao direito de defesa de Lula.
Se todos esses fatos não fossem suficientes para sustentar o caráter persecutório da Justiça brasileira contra Lula, chegamos ontem a um ponto que não deixa dúvida, nenhuma dúvida, a respeito disso.
Morreu Vavá, irmão mais velho de Lula e figura importante na vida dele. Genival Inácio da Silva, cerca de 6 anos mais velho do que o ex-presidente, foi um irmão muito próximo de Lula desde a infância em Garanhuns, em Santos e São Paulo. A lei autoriza que um preso possa comparecer ao velório e enterro de um irmão. Até o general da reserva e vice-presidente, Hamilton Mourão, considerou questão humanitária a autorização para Lula velar e sepultar o irmão.
A juíza Carolina Lebbos, que cuida da execução da pena de Lula, poderia ter decidido sozinha. Ela quis ouvir o Ministério Público e a Polícia Federal a respeito.
Subordinada ao ministro da Justiça, Sergio Moro, a PF respondeu que não poderia garantir a segurança pública desse deslocamento e nem tinha os meios para fazê-lo de forma tão célere.
Com toda a estrutura que a PF possui, essa resposta é preocupante. Como vai combater o crime organizado e reagir rapidamente a fatos mais graves? No caso Cesare Batistti, um avião foi deslocado com agilidade para a fracassada tentativa de pegá-lo na Bolívia para extraditá-lo para a Itália.
Quando decidiu levar Lula para depor sob condução coercitiva, o então juiz Moro montou um aparato de grande proporção. O petista foi levado à força ao Aeroporto de Congonhas quando poderia ter sido combinado com o ex-presidente local e hora, pois ele nunca se recusara a comparecer a uma audiência ou depoimento judicial.
Quando juiz, o hoje ministro da Justiça dava parabéns publicamente às multidões que protestavam contra o governo Dilma e pediam a prisão de Lula. Como alguém que aceitou entrar na política ao aceitar um ministério de Bolsonaro, Moro deveria manter a coerência, caso haja manifestações na simples presença de Lula num velório.
A Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal temem que Lula fale com jornalistas, que dê entrevistas da cadeia, que seja abraçado por amigos no enterro de um irmão tão próximo?
É inegável a grandeza política de Lula. Críticos e apoiadores deveriam reconhecer isso. O ex-presidente não morreu. A Justiça não pode querer que ele desapareça, que suma do Brasil. Lula é tão perigoso assim para os novos donos do poder?
Recear atos políticos é um sinal de como as democracias morrem. Basta olhar a Venezuela ali ao lado.
Após as negativas da juíza Lebbos e do desembargador Leandro Paulsen contra a ida de Lula ao enterro de Vavá, a defesa do ex-presidente recorreu na madrugada ao Supremo. O relógio corre. Temos pouco tempo para saber se ainda há juízes em Brasília.

SOLIDARIEDADE


Dálcio.

ESTADO MÍNIMO COMPROMETE FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL


Clayton.

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos 


.Por Nossa Democracia:
Judiciário assombra o mundo ................ AQUI.
Sobre Lula e seu irmão Vavá ................. AQUI.  

.Alex Solnik:
Lula perdeu, mas ganhou ..................... AQUI.

OLHO NO VÍDEO


Olho no Vídeo (Especial)


.Bom Dia 247:
Injustiça faz de Lula um mito .................. AQUI.

....
ADENDO

Clique AQUI para ler "Toffoli decidiu minutos antes do sepultamento de Vavá".

"A decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, que autorizou o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva a deixar a sede da Polícia Federal em Curitiba para acompanhar o funeral do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi tomada minutos antes da realização do sepultamento, em São Bernardo do Campo (SP) nesta quarta-feira (30). Todo o enredo do Judiciário brasileiro desde a tarde de ontem utilizou-se de argumentos burocráticos para impedir o direito líquido e certo de Lula enterrar o irmão. O ato final foi a decisão de Toffoli quando o corpo de Vavá já deixava a capela do Cemitério Pauliceia. A decisão de Toffoli foi anunciada pouco depois de 12h45; antes das 13h Vavá estava sendo enterrado. (...)."

IMPERDOÁVEIS.

................

"Lula, um homem sem direitos."  -  AQUI.

AQUARELA MONETÁRIA


Santiago.

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

DA SÉRIE DE COMO IGNORAR O DIREITO

(Palavras que poderão ser ouvidas caso o ex-presidente seja impedido de dar adeus ao irmão mais velho: "Comoção nacional", "A lei fala em 'poderá', não em 'deverá'", "Isso nem é notícia - tanto que o JN não fez a mínima referência."). 
(Colagem: GGN)
Juíza Lebbos protela decisão para Lula ir ao velório do irmão
No GGN: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva talvez não consiga deixar a prisão a tempo de velar o corpo do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, que morreu hoje, dia 29, em São Paulo. O velório já teve início e o enterro será às 13 hs desta quarta, dia 30, em São Bernardo do Campo.
Como a autorização não foi respondida pela autoridade carcerária da Superintendência da Polícia Federal, a defesa encaminhou o requerimento para a juíza Carolina Lebbos, responsável pela execução da pena do ex-presidente. Lebbos, por seu turno, diz esperar a manifestação do Ministério Público Federal.
Na contramão desses eventos que ocorrem em Curitiba, o vice-presidente Hamilton Mourão defendeu o direito de Lula ir ao velório do irmão, dizendo não ver problema em uma autorização da Justiça. O presidente interino diz que se trata de uma 'questão humanitária'. Lembrou também que perdeu um irmão no passado e que não considera um problema uma eventual autorização do Poder Judiciário para que Lula participe da cerimônia.
Um pedido de habeas corpus enviado ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região no final da tarde de hoje também reforça a solicitação para saída temporária do ex-presidente. A solicitação foi feita por Ricardo Luiz Ferreira diante da indefinição no pedido inicial da defesa de Lula à Justiça do Paraná.
Os advogados lembram que o artigo 120 da Lei de Execução Penal permite a presença de Lula ao velório.  E lembram que, no ano passado, ao solicitar autorização para ir ao enterro do Sigmaringa Seixas, o juiz negou o pedido dizendo que só ocorreria com familiares. Leia o artigo 120 a seguir.
Lei de Execução Penal brasileira (7210/1984):
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso.  

OLHO NOS VÍDEOS


Olho nos Vídeos

.Leo ao Quadrado:
Vão deixar Lula enterrar seu irmão? ........... AQUI.
(O pedido do ex-presidente está plenamente amparado
pelo art. 120 da Lei de Execução Penal).

.Boa Noite 247:
Lei valerá Para Lula? ................................ AQUI.

.Paulo Andrade Castro:
(Mais um) Dia triste para Lula ................... AQUI.
A trama da justiça de Moro ....................... AQUI.

L'HUMANITÉ REFORÇA CAMPANHA 'NOBEL PARA LULA'


Campanha 'Nobel para Lula' ganha reforço de jornal francês

Do GGN

Quem quiser indicar um nome para concorrer ao Prêmio Nobel da Paz tem até o dia 31 de janeiro para preencher o formulário no site do Instituto Nobel Norueguês.

Mas não é qualquer pessoa que pode fazer essa indicação. Apenas as que se enquadram nas categorias de deputados, senadores, ministros, presidentes, premiês, membros da Corte Internacional de Justiça de Haia, professores de algumas disciplinas (como história, ciência política, teologia, entre outras), diretores, reitores universitários, ex-ganhadores do Nobel, membros do atual comitê ou de comitês anteriores e ex-assessores da própria organização.

Foi assim que o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi parar entre os sugeridos para o prêmio de 2019. O Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, enviou uma carta à comissão julgadora sugerindo a homenagem para o ex-metalúrgico.

O arquiteto e escultor argentino foi laureado com a premiação pelo trabalho à frente da fundação Servicio Paz y Justicia en América Latina (SERPAJ-AL). A instituição enfrentava os crimes de tortura e desaparecimento forçado de militantes políticos e agentes comunitários e pastorais durante as Ditadura Militares na América Latina.

Na carta apresentada ao comitê norueguês do Nobel em setembro de 2018, e divulgada publicamente, Esquivel defende a indicação de Lula pelas políticas de combate à fome e pobreza.

"Como é sabido, a paz não é apenas a ausência de guerra, ou a morte de uma ou de muitas pessoas, a paz é também dar esperança ao futuro do povo, especialmente aos setores mais vulneráveis, ​​vítimas da 'cultura de descarte', da qual fala o Papa Francisco", escreveu.

O Nobel da Paz argentino lançou, ainda, uma petição pública no site Change.org tornando mundial a campanha "NobelparaLula". O abaixo-assinado conta hoje com mais de meio milhão de adesões, incluindo nomes ilustres de dois Nobel da Paz, Jean Ziegler e Eric Fassin, da ativista Angela Davis, do ator Danny Glover e do linguista Noam Chomsky. 

Neste sábado (27), o tradicional jornal francês L'Humanité (A Humanidade) publicou uma edição dedicando a capa à campanha. (Nota deste blog: Veja no Brasil 247 - aqui).

“'Os programas Fome Zero e Bolsa Família foram os principais responsáveis ​​pela queda das taxas de desnutrição no país (de 11% em 2002 para menos de 5% em 2007), bem como a redução dos índices de desnutrição. a extrema pobreza que, segundo relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), caiu 50,6% no período referente ao mandato de Lula. Isso permitiu que o país alcançasse o sucesso histórico de deixar o mapa da fome no mundo da ONU em 2014', destacam alguns ilustres defensores do Nobel da Paz para Lula”, diz o texto do L’Humanité.

Em média, o Instituto Nobel Norueguês recebe 300 inscrições para cada uma de suas categorias. Além do Nobel da Paz, entregue anualmente em Oslo, a instituição oferece cinco outros prêmios nas categorias Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Economia.

Quem define o ganhador do Nobel da Paz é um comitê formado por membros do Parlamento Norueguês. Os nomes indicados permanecem em segredo por 50 anos, mas não é proibido que os responsáveis pelas sugestões tornem públicas suas indicações, como foi o caso de Lula.

Curiosidade: O presidente Donald Trump também foi indicado à premiação deste ano. A sugestão foi encaminhada por 18 representantes do Partido Republicano, que formam a base do seu governo. A justificativa dos congressistas é que Trump tem atuado "incansavelmente para aplicar a máxima pressão sobre a Coreia do Norte", impedindo que o país prossiga com o programa de armas nucleares.

Os vencedores de todas as categorias do Nobel serão anunciados em outubro, e a entrega da homenagem no dia 10 de dezembro, data de aniversário do criador do prêmio, Alfred Nobel.

A seguir, a íntegra da carta que Adolfo Pérez Esquivel escreveu ao Comitê do Nobel.

Para o Comitê Norueguês do Nobel
Presidente Berit Reiss-Andersen
Vice-Presidente Henrik Syse
Membros: Thorbjørn Jagland, Anne Enger e Asle Toje.

Receba as saudações fraternas da paz e do bem.

Por meio desta carta, gostaria de apresentar a esta Comissão a candidatura ao Prêmio Nobel da Paz de Luiz Inácio "Lula" da Silva, ex-Presidente da República Federativa do Brasil entre 2003 e 2010, que através de seu compromisso social, sindical e político, desenvolveu políticas públicas para superar a fome e a pobreza em seu país, uma das desigualdades mais estruturais do mundo.

Como é sabido, a paz não é apenas a ausência de guerra, ou a morte de uma ou de muitas pessoas, a paz é também dar esperança ao futuro do povo, especialmente aos setores mais vulneráveis, ​​vítimas da "cultura de descarte", da qual fala o Papa Francisco. Promover a paz é incluir e proteger aqueles que este sistema econômico condena à morte e à violência múltipla.

Segundo o último relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) de 2017, a fome afeta mais de 815 milhões de pessoas no mundo. É um flagelo e um crime sofrido por povos submetidos à pobreza e à marginalidade, que são subtraídos da vida e esperam por ajuda, por gerações. Por esta razão, se um governo nacional torna-se um exemplo mundial de combate à pobreza e à desigualdade, contra a violência estrutural que aflige a humanidade, ele merece o reconhecimento por sua contribuição para a paz na humanidade.

"Lula" Da Silva teve como um de seus eixos fundamentais de compromisso do governo com os pobres a implementação de políticas públicas para superar a fome e a pobreza. Em Janeiro de 2003, em seu discurso de posse como Presidente da República, ele disse: "Vamos criar condições para que todas as pessoas em nosso país possam comer decentemente, três vezes por dia, todos os dias, sem doações de ninguém. O Brasil não pode mais coexistir com tanta desigualdade. Precisamos superar a fome, a pobreza e a exclusão social. Nossa guerra não é para matar ninguém: é para salvar vidas”. E, de fato, o programa "Fome Zero" e "Bolsa Família" foram levados a mais de 30 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema, fazendo com que o Brasil fosse mundialmente reconhecido por organizações internacionais como a FAO, o modelo de sucesso do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) e pelo Banco Mundial.

- A percentagem de pessoas que vivem com menos de US$ 3,10 por dia caiu de 11% em 2003 para cerca de 4% em 2012, segundo dados do Banco Mundial.

- Houve uma redução na taxa de desemprego próximo a 50%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. E uma criação de 15 milhões de novos empregos segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego.

- De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o coeficiente de Gini brasileiro foi 0,583 em 2003, e em 2014 foi 0,518, indicando que as políticas sociais implementadas pelo Partido dos Trabalhadores (PT) deixou um Brasil com menos desigualdade social, pois a desigualdade média caiu 0,9% ao ano, no período entre 2003-2016.

- A implementação de programas de educação e saúde pública elevou o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil, desenvolvido pelo PNUD. Em 2010, chegou a US $ 10,607 dólares renda média anual, à expectativa de vida de 72,9 anos, a uma escolaridade de 7,2 anos de estudo e a uma expectativa de vida escolar de 13,8 anos.

O governo Lula foi uma construção democrática e participativa, com meios não violentos que elevaram o padrão de vida da população e deram esperança aos setores mais necessitados. O mundo reconhece que houve um antes e um depois na história do Brasil desigual, após as duas presidências de Luiz Inácio da Silva. A contribuição de "Lula" para a Paz está nos fatos concretos da vida do povo brasileiro e reforçada pelos estudos de várias organizações internacionais.

Esses resultados dos programas do governo do PT no Brasil para superar a pobreza e a fome não foram uma política de Estado mantida por outros partidos do governo, mas uma política governamental específica, que o Brasil está gradualmente abandonando, como evidenciado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que anunciou que em 2017, o Brasil aumentou em mais de 3 milhões o número de novos pobres, devido às políticas do atual governo.

Por estas razões, com o mesmo senso de esperança que Martin Luther King transmitiu quando disse "Se soubesse que o mundo se desintegraria amanhã, ainda assim plantaria a minha macieira", somos muitos que acreditam que o Prêmio Nobel da Paz para "Lula" Da Silva ajudará a fortalecer a esperança de poder continuar construindo um novo amanhecer para dignificar a árvore da vida.

Adolfo Pérez Esquivel
Prêmio Nobel da Paz de 1980 

................
"Vavá, irmão de Lula, morre em SP e ex-presidente pede para ir ao enterro" - AQUI.

Nota
Ao tempo em que apresentamos pêsames aos familiares de Vavá e ao próprio Lula, enfatizamos que o pedido do ex-presidente está plenamente embasado no artigo 120, da Lei de Execução Penal. 

A TRAGÉDIA NEOLIBERAL DE BRUMADINHO

Da tragédia de Mariana à de Brumadinho, a Vale registrou lucro líquido de R$ 42 bilhões, sem incluir o lucro do quarto trimestre de 2018. Os R$ 11 bilhões bloqueados pela Justiça representam cerca de um quarto do referido montante. (Em 2016, ano seguinte ao desastre de Mariana, a Vale lucrou 13,3 bilhões). Diante de tal realidade, o mercado - em estreita sintonia com o acionista, o verdadeiro gestor - sopesa oportunidades e ameças e mais uma vez elege as oportunidades como vencedoras a médio/longo prazo. Eis parte substancial da resposta à matéria intitulada "Por que as ações da Vale estão subindo após caírem 24,5% um dia antes?", do Uol - aqui
(Brumadinho-MG, jan. 2019).
A tragédia neoliberal de Brumadinho
Por André Araújo
Os fanáticos das privatizações só veem vantagens em qualquer privatização. A máxima de uma empresa privada consagrada pela segunda onda do capitalismo é MAXIMIZAR O VALOR PARA O ACIONISTA. Dento dessa lógica a ferramenta central é a redução de custos dos fatores de produção; a redução de custos está por trás da recente tragédia do rompimento da represa de Brumadinho. 
Nem sempre foi assim. O capitalismo imperial nascido na Inglaterra na virada do Século XVIII para o XIX tinha uma lógica de poder ligada à visão civilizatória de mundo que vinha do "ethos" britânico. Os ingleses espalharam pelo mundo suas ferrovias, plantações, docas (até o porto de Manaus era inglês). Junto com o investimento vinha um estilo, uma postura de orgulho da civilização inglesa espalhada pelos territórios primitivos.
As obras de engenheiros britânicos eram de extraordinária qualidade, como as represas que deram energia a São Paulo, a Gurapiranga e a Billings, sem um único acidente em mais de um século, a ferrovia da Serra do Mar de São Paulo a Santos, a maior do mundo em cremalheira em um declive impossível, linhas de navegação, serviços de águas, companhias de bondes, gás e eletricidade. Pelo caminho abriam mercado para os produtos da crescente indústria inglesa. Era uma visão de conquistadores mais do que de contadores. Cecil Rhodes criou um País e o Império britânico dominava 1/4 da superfície terrestre.
O atual capitalismo de matiz americanizada tem uma lógica mais estreita ligada ao valor das ações na bolsa, não há interesse na glória de um império, por isso veem como normal vender uma empresa símbolo como a MONSANTO, ícone de St. Louis, para os alemães da Bayer. O negócio foi bom para os acionistas da Monsanto e isso é a única coisa que interessa. O orgulho americano e os 14.000 empregos cortados nos EUA não valem nada.
O estouro das represas da VALE se insere nessa lógica. É óbvio, evidente, cristalino, que o desastre nasceu da INSUFICIÊNCIA da barragem de contenção dos rejeitos. Não houve trovão, tempestade ou terremoto para culpar. A pressão do material contido foi maior do que a resistência da barragem e essa só rompeu porque o muro deveria ser maior e mais espesso, o que custa mais investimento e MENOS VALOR PARA O ACIONISTA. É simples assim.
Técnicas de barragem são conhecidas desde os sumérios e assírios, há 10 mil anos. O cálculo é perfeitamente possível, o animal castor constrói barragens que não se rompem, os romanos e árabes construíram barragens precisas, as grandes hidroelétricas brasileiras têm barragens monumentais e seguras.
Hoje, o executivo é treinado para economizar no CURTO PRAZO, mesmo com o risco de prejuízos no longo prazo. Mas aí o executivo pode ser outro.
Toda, absolutamente toda a bússola da administração de uma EMPRESA DE MERCADO está no valor das ações. Essa é a religião dos administradores. Não há nenhum valor social, humanitário, patriótico no código dos rapazes com MBA, são mentes estreitas, focadas em um só objetivo.
Citemos um exemplo, a ELETROPAULO. Quando estatal a falta de energia durava 1, 2 ou 3 horas, quando havia. Hoje leva no minimo 10 horas e há muitos casos de falta de energia por mais de 24 horas ou até 4 dias. Qual a explicação? Para maximizar o lucro, e portanto o VALOR PARA O ACIONISTA, desmontou-se todo o valioso sistema de manutenção das redes, que vinha da antiga companhia São Paulo Tramway, Light and Power, de espírito inglês. Os funcionários tinham orgulho do uniforme LIGHT, orgulho que continuou na ELETROPAULO, estatal que tinha 27.000 empregados, número compatível com a extensão da concessão, uma das maiores do mundo; atendia a Grande São Paulo com 20 milhões de habitantes. Depois de privatizada o número de empregados caiu para pouco mais de 3.000, a manutenção foi terceirizada para quem cobrasse o menor preço. Obviamente que nesse esquema a qualidade dos funcionários caiu de 100 para 5, o serviço ficou péssimo, tudo em função de criar o MAIOR VALOR PARA O ACIONISTA.
Enquanto isso os Sardenbegs & Tecos da mídia só veem vantagem nas privatizações, continuam alardeando que o Brasil tem 400 estatais, que nenhum País tem tantas, etc., o que é PURA LENDA. Os Estados Unidos têm estatais em número de 8.600 mas com outro nome, são entes públicos que cuidam de águas e esgotos, aeroportos, portos, transportes coletivos nas cidades, usinas hidroelétricas, rodovias pedagiadas. O FORMATO LEGAL é de ente público mas têm a mesma função de estatais no Brasil. Aqui é SABESP, lá é NEW YORK WATER DEPARTMENT, mas fazem exatamente a mesma coisa, fornecem água, emitem fatura casa a casa, têm reservatórios, consertam as tubulações na rua, só que nos EUA não têm o nome de ESTATAIS; aqui seriam estatais.
Nos EUA são raríssimos aeroportos privados, no Brasil os maiores já são privatizados, nos EUA as rodovias com pedágio são do Estado e não de companhias como a CCR, os transportes coletivos são das Prefeituras, as represas e usinas hidroelétricas são Federais, os portos são estaduais. Os EUA, matriz do capitalismo neoliberal, NEM COGITAM DE PRIVATIZAR aeroportos, serviços de água, portos, ônibus e metrô, REALIDADE QUE OS NEOLIBERAIS BRASILEIROS ESCONDEM.
Por que os americanos não pensam em privatizar? Porque eles sabem que certos serviços públicos devem ter como prioridade o atendimento ao interesse público e não o MÁXIMO VALOR AO ACIONISTA; certos serviços não se prestam a ser financeirizados.
A Companhia Vale do Rio Doce tem origem no governo Arthur Bernardes e foi estatal por 60 anos. NÃO HOUVE ROMPIMENTO DE REPRESA nesse período. A Companhia tinha um viés de interesse público e era assim dirigida por engenheiros com foco no País e não na Bolsa de Nova York.
A privatização da VALE foi um banquete da especulação financeira, os grupos mais piratas do Brasil se sentaram à mesa para trinchar o porco, ninguém estava minimamente interessado em produção e País, o único que queria disputar e que era do ramo, Antonio Ermírio de Moraes, foi posto para fora do leilão.
Conclusão, hoje a VALE é uma empresa de financistas, sua única lógica é a de mercado de ações, é dirigida por financistas desde a privatização.
E ainda o novo governo tem como bandeira AFROUXAR OS CONTROLES AMBIENTAIS para estimular a mineração na Amazônia.
Na verdade as BARRAGENS DE CONTENÇÃO DE REJEITOS deveriam ter regras de RECUPERAÇÃO DE SOLO para evitar que nas áreas de mineração só fiquem crateras lunares, as áreas deveriam ser replantadas para uso ao menos recreativo, é assim que fazem países civilizados, como o Canadá.
A mineração no Brasil rende dólares hoje, mas deixa para trás uma ruína ambiental muitas vezes maior do que o que o Brasil ganhou com a exportação de minério barato. Qual a vantagem para o povo brasileiro? Mineração desse estilo é para países primitivos, o Brasil deveria ter outro rumo para seu futuro.
Por ironia da História, o desastre se dá exatamente no início de um governo que tem como uma de suas bandeiras (como já observado) RELAXAR a fiscalização ambiental que já é quase nula no Brasil. Hoje, no espasmo do desastre, se verifica que só 3% das barragens brasileiras foram fiscalizadas nos últimos dois anos.
País que não liga para dano ambiental é país primitivo, incivilizado. Essa atitude é indigna do Brasil moderno e com pretensões de grande País.  -  (Aqui).