quarta-feira, 3 de maio de 2017
SOBRE EGOS E MIOPIAS
"Gostaria de poder entender o tratamento diferenciado que recebeu José Dirceu.
(...) O Supremo Tribunal Federal é a mais alta Corte do país. É nela que os cidadãos depositam sua esperança, assim como os procuradores da Lava Jato. Confiamos na Justiça e, naturalmente, que julgará com coerência, tratando da mesma forma casos semelhantes. Hoje, contudo, essas esperanças foram frustradas.
(...) A prisão é um remédio amargo, mas necessário, para proteger a sociedade contra o risco de recidiva, ou mesmo avanço, da perigosa doença exposta pela Lava Jato."
(De Deltan Dallagnol, procurador da República - AQUI -, a propósito da decisão do Supremo Tribunal Federal de conceder a José Dirceu o direito de aguardar a conclusão de processos em liberdade. Horas antes da decisão do STF, o procurador e seus parceiros haviam cuidado de municiar a mídia com detalhes sobre 'nova' denúncia que formulam contra Dirceu, providência que descarta quaisquer dúvidas quanto às intenções da 'força-tarefa'. Foi como disponibilizar ao ministro Gilmar Mendes uma bola quicando na pequena área; resultado: entre outras cipoadas, classificou a atitude como "brincadeira juvenil".
Para piorar, ao defender a perpetuidade das prisões, o procurador reincidiu na prática de colocar-se e à Lava Jato em patamar superior ao da própria Constituição Federal, comportamento colidente com a postura que a Carta Magna está a exigir de todos, especialmente dos fiscais da Lei.
No mais, confirma-se a certeza de que a fogueira das vaidades continua a crepitar. Crepitosamente).
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