domingo, 17 de agosto de 2014

O MAPA MUNDIAL DOS CONFLITOS


Violência global: países sem conflitos são minoria

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Pode ser uma leitura sombria, mas, dos 162 países cobertos pelo Institute for Economics and Peace’s (IEP’s), apenas 11 não estavam envolvidos em nenhum conflito.

Pior ainda, o mundo, como um todo, foi ficando, progressivamente, menos pacífico a cada ano desde 2007, contrariando nitidamente uma tendência que mantinha um movimento mundial à distância dos conflitos desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

O Reino Unido, por exemplo, é relativamente livre de conflito interno, tornando-se fácil considerá-lo como um estado de paz. Mas o seu envolvimento recente em combates no Afeganistão e o elevado estado de militarização colocam a  Grã-Bretanha, na verdade, em uma classificação ruim no 2014 Global Peace Index.

              Iraque: ascensão do Isis levou o desespero à minoria Yazidi

A corrupção política e a instabilidade têm perseguido o Paquistão, nos conflitos com a Índia sobre a disputada região da Caxemira.

Por outro lado, existem países que não estão envolvidos em nenhuma guerra no exterior, envolvendo mortes - como a Coreia do Norte -, mas que estão envolvidos em conflitos internos divisivos e arraigados.

As conclusões do IEP mostram que as escolhas são poucas, se alguém quiser viver em um país completamente pacífico. Os únicos a alcançar a pontuação mais baixa em todas as formas de conflito foram: Suíça, Japão, Catar, Ilhas Maurícias, Uruguai, Chile, Botswana, Costa Rica, Vietnã, Panamá e Brasil.

E, mesmo que os países não sejam totalmente isentos de outros problemas, o IEP diz que eles poderiam ser os últimos a entrar em conflito.

No Brasil e na Costa Rica, por exemplo, o nível de conflito interno pode ser o menor possível, mas o acesso a armas de pequeno porte e a probabilidade de manifestações violentas são preocupantemente elevados.

A Suíça é, destacadamente, famosa quando se trata de envolvimento em conflitos externos e tem um risco muito baixo de problemas internos, de qualquer tipo, mas perde um número elevado de pontos no índice geral, devido à sua enorme taxa de exportações de 100.000 armas por pessoa.

O IEP diz que, para atingir o nível mais baixo em todos os seus indicadores de conflito, o país não deve ser sido envolvido em qualquer 'incompatibilidade impugnada, que diz respeito a governo e/ou território, onde o uso da força armada entre as duas partes, das quais pelo menos uma é o governo de um estado, resulta em pelo menos 25 mortes em combate relacionadas em um ano'.

Mais difícil ainda, os analistas do Economist Intelligence Unit devem ser convencidos de que o país não tem 'nenhum conflito' dentro das suas fronteiras. Esta classificação, em termos de agitação civil, não pode até mesmo incluir conflito 'latente', envolvendo 'diferenças de posição sobre os valores definidos de importância nacional'.

O Global Peace Index mediu os últimos dados até o final do ano anterior, o que significa que o estado de conflito internacional agora é realmente pior do que o estudo sugere. Como os protestos sobre a Copa do Mundo ainda estão vivos na memória coletiva, por exemplo, o Brasil poderia ficar fora da lista de países pacíficos até 2015.

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Para explorar o 2014 Global Peace Index na íntegra, visite o site do IEP. (Fonte: aqui).

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Capítulos à parte: guerra das drogas, guerra dos presídios (ausência do devido processo legal; superpopulação carcerária), guerra do trânsito, guerra da impunidade policial...

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