"A lei Ricúpero (O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde) foi uma das inúmeras irregularidades da turma da Lava Jato - Moro, Dallagnol & CIA (com duplo sentido) - para condenar Lula ilegalmente e afastá-lo das eleições presidenciais e do jogo político.
Novo trecho dos dados do Telegram da turma de Curitiba, que a Operação Spoofing foi obrigada pelo STF a entregar à defesa de Lula, mostra mais essa faceta do trabalho sujo da Lava Jato.
Procuradores do MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) conversaram, em 13 de setembro de 2016, sobre a inclusão de um trecho obtido por meio de uma interceptação telefônica de Mariuza Marques, funcionária da empreiteira OAS, encarregada da supervisão do edifício."Pessoal, especialmente Deltan [Dallagnol, coordenador da Lava Jato], temos que pensar bem se vamos utilizar esse diálogo da MARIUZA, objeto da interceptação. O diálogo pode encaixar na tese do LULA de que não quis o apartamento. Pode ser ruim para nós", escreveu o procurador Athayde Ribeiro Costa. [UOL]
É que nos diálogos interceptados, a funcionária da OAS, dona efetiva do tríplex, afirma textualmente que Dona Mariza não quis o imóvel.
Uma pessoa chamada Samara, não identificada, pergunta à representante da OAS se era verdade que dona Mariza devolveu a cobertura e ela responde que sim.
O que fizeram os procuradores da Lava Jato, chefiados pelo procurador de deus Dallagnol? Omitiram a informação no processo, que seria crucial para provar que Lula não foi jamais proprietário do tríplex.
E por isso Lula foi condenado, teve seus direitos políticos suspensos, ficou preso por 580 dias, não pôde concorrer à presidência (todas as pesquisas o apontavam com mais intenção de votos do que a soma de Bolsonaro, Ciro, Marina e Alckmin), e o Brasil caiu nas mãos da tragédia que está sendo o governo Bolsonaro.
A anulação da sentença e a libertação definitiva de Lula com a consequente devolução de seus direitos políticos é urgente para que se restabeleça a Justiça.
Mas não apenas isso. Moro, Dallagnol e a turma da Lava Jato devem responder na Justiça pelas irregularidades que os documentos apontam que cometeram, inclusive de traição à Pátria com acordos e operações ilegais com o FBI, contra a Petrobras e o Brasil."
(De Antonio Mello, em seu Blog - Aqui -. Claro que a parcialidade da força-tarefa em relação a Lula sempre foi flagrante, mas a sonegação de informações por parte dela não se limitou ao ex-presidente. Para começo de conversa, quando da preparação da operação, diante de evidências de que o governo do ex-presidente FHC estava envolvido na questão Petrobras, estabeleceu-se um "horizonte temporal": janeiro de 2003, posse de Lula como Presidente; daí para trás, nenhuma providência da Lava Jato poderia alcançar - a despeito, por exemplo, de Pedro Barusco, ex-gerente de operações internacionais da empresa, haver confessado que suas falcatruas tiveram início em 1997 - Aqui -. Dessa forma, a Lava Jato agiu de má-fé desde o início, em março de 2014. Ainda assim, é equivocado limitar a parcialidade da Lava Jato a Lula, a coisa é muito mais ampla. Mas felizmente, como diz o ministro Ricardo Lewandowski, ninguém pode escapar do rigor das normas traçadas na Constituição Federal).
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