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"A ideia de que somos pária no mundo não é verdade. Isso já está ultrapassado. Hoje, somos uma das ameaças" - (Jamil Chade, jornalista - Folha).
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta sexta-feira (5) que a escalada de infecções e mortes pelo coronavírus no Brasil não é apenas um risco para os brasileiros, e sim para toda a América Latina e o mundo.
Por mais este aspecto, portanto, disse Adhanom, a pandemia no Brasil precisa ser levada “muito a sério”. “Isso não é sobre o Brasil. Mas sobre a região e todos os demais", avaliou o diretor da organização.
A preocupação tem fundamento. Até mesmo cientistas britânicos temem que o Brasil se torne uma "fábrica" de variantes do coronavírus com potencial para escapar por completo da eficácia das vacinas. O pesquisador da Fiocruz Amazônia Felipe Naveca também explicou que a explosão de casos de Covid-19 no Brasil favorece o surgimento de novas variantes.
Nesta semana, o país ultrapassou a triste marca de 260 mil óbitos pela doença, número que não deve parar por aí. "A ideia de que somos pária no mundo não é verdade. Isso já está ultrapassado. Hoje, somos uma das ameaças", resumiu o jornalista Jamil Chade.
O diretor-executivo de emergências da OMS, Mike Ryan, alertou para o fato de que a chegada das vacinas não representa o fim imediato da pandemia. “Estou muito preocupado, os governos e as pessoas pensam que chegamos ao fim desta pandemia, mas não chegamos. A chegada das vacinas contra a Covid-19 é um momento de esperança, mas pode ser um momento em que perdemos o foco". - (Brasil 247 - Aqui).
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"...a pandemia no Brasil precisa ser levada 'muito a sério'."
O Brasil com a imagem a cada dia mais chamuscada mundo afora, fazendo ouvidos moucos para OMS, ONU e demais (incluindo futuramente, quem sabe, o Tribunal Penal Internacional?), enquanto ministros como Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, se mantêm inabaláveis em defesa da performance brasileira relativamente à pandemia do coronavírus. Mais delirante, mesmo, só a ministra Damares, a sustentar que o Brasil vai servir de exemplo mundial no combate à pandemia, sob aplausos do general Pazuello e de Bolsonaro.
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