quarta-feira, 8 de junho de 2016

PALMAS PARA O AUXÍLIO-MORADIA


Observadores da cena brasileira costumam desferir críticas contra 'n' bizarrices detectadas do Oiapoque ao Chuí. Clamam por moralidade, escrúpulos, senso crítico, essas coisas...

Tome-se o caso do auxílio-moradia. Girando em torno de seis salários-mínimos, é gentilmente concedido mês a mês, livre de imposto de renda, infenso ao teto remuneratório previsto na Constituição e a quaisquer exigências sobre condições habitacionais, além de proporcionar direito retroativo a não importa que data for (como, por exemplo, se vê AQUI). Trata-se, sem a mais remota dúvida, de excrescência abjeta que presentemente contempla uma infinidade de servidores públicos.

Os virtuosos milhares e milhares de beneficiários de tal benesse costumam adotar a seguinte postura: usufruem discretamente a regalia, ciosos em não 'dar na vista', mas, se instados, sapecam o argumento definitivo: Ora, bolas, não tenho por que me posicionar; a lei autoriza!

É, eles estão certos. Tudo bem.

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