"Ninguém sabe o que é a Operação Zelotes.
Ontem à noite perguntei numa turma de Jornalismo com 50 estudantes quem sabia algo do novo escândalo. Só 3 levantaram a mão.
A culpa não é dos alunos, mas do silêncio obsequioso da mídia que não quer entregar os verdadeiros corruptos da nação.
A OPERAÇÃO ZELOTES (assim, em caixa alta mesmo, editor) é o maior escândalo de todos os tempos e ainda mal começou a ser apurada.
Ela pega quase todo o sistema financeiro, grandes empresas e grupos de
mídia, como a RBS.Ontem à noite perguntei numa turma de Jornalismo com 50 estudantes quem sabia algo do novo escândalo. Só 3 levantaram a mão.
A culpa não é dos alunos, mas do silêncio obsequioso da mídia que não quer entregar os verdadeiros corruptos da nação.
A OPERAÇÃO ZELOTES (assim, em caixa alta mesmo, editor) é o maior escândalo de todos os tempos e ainda mal começou a ser apurada.
Toda a zelite que grita “Fora Dilma” está na lista. E por isso esse escândalo é tratado como se fosse um segredo. Não vale nem nota em canto de página. Quanto mais manchete.
É hora de fazê-lo conhecido. Falar dele sem parar. Divulgá-lo é defender os verdadeiros interesses do país.
Com os 20 bilhões dessa operação no caixa do governo, o Joaquim Levy poderia voltar pro Bradesco e deixar de cortar recursos do seguro desemprego.
O ajuste fiscal é a valor da corrupção da tal Zelotes. E só o Bradesco é acusado de fraudar o governo em 2,7 bilhões.
É hora de eles pagarem as contas do ajuste. Não os trabalhadores…"
(De Renato Rovai, em seu blog, post intitulado "A operação da zelite não vale nota" - aqui.
É tragicômico: não basta à 'zelite' estar livre do imposto sobre grandes fortunas, ônus previsto na Constituição Federal cuja regulamentação permanece solenemente ignorada. Muito pelo contrário: a 'zelite' recorre sem escrúpulos ao crime de sonegação do que lhe é legalmente cobrado, contando com o beneplácito, de um lado, daqueles que deveriam exercer rigorosa vigilância sobre seus próprios agentes - caso dos que nomeiam os integrantes do notório CARF - e, de outro, dos veículos de comunicação em geral, tão incisivos quando se trata de acompanhar escândalos que envolvam um determinado partido político.
Rovai se fixa no rombo de R$ 20 bilhões, apontado pela PF. Uma vez que o montante abrangido pelos processos pendentes de exame - cuja pauta 2015 foi suspensa - do notório CARF é de cerca de R$ 530 bilhões, algo me diz que a quantia surrupiada ao longo de anos pode ir muito além do valor estimado.
A Folha informa que a quadrilha do CARF tinha até tabela de preços, na qual uma decisão favorável final podia chegar a R$ 500 mil. Mas convém lembrar que o montante da fraude deve envolver o somatório de duas vertentes: a) o valor abocanhado pelos integrantes do CARF desde o início da malfeitoria; b) o valor da diferença entre o que deveria ter sido pago pelas empresas corruptoras e o que elas efetivamente recolheram ao fisco.
A mídia, ou quase toda a mídia, oferece o seu comovente apoio aos fraudadores mediante um obseguioso silêncio. Espera-se que ao menos o Ministério Público Federal, fiscal da lei, cumpra a sua obrigação.
Nota: Erenice Guerra foi ministra de Estado em 2010, durante seis meses. Tempos após sua saída do governo, uma empresa de que é titular teria celebrado contrato - em 2013, para ser exato - com uma firma chinesa visando à negociação de multa milionária com o CARF. A informação foi divulgada na noite de ontem, 3, pela Folha. Surge, então, uma enorme possibilidade de a Operação Zelotes finalmente passar a contar com espaços generosos na mídia. Isso, claro, se a 'relação custo benefício' o justificar).
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