quinta-feira, 31 de agosto de 2023

GRUPO NEONAZISTA IDENTIFICADO PELA ABIN ORGANIZOU FÓRUM COM A 'NOVA RESISTÊNCIA', (MOV.) LIGADO AO PDT

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DCM obteve capturas de tela que mostram a relação do grupo com a NR

                (Em 2017)    

Por Pedro Zambarda

A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) detectou que grupos neonazistas e de supremacistas brancos em aplicativos de mensagens tentaram se associar a movimentos golpistas nas eleições de 2022. Um deles é identificado como “Resistência Sulista 1 Divisão” e foi criado no Telegram em 3 de outubro de 2022, mas as primeiras publicações só se deram em 30 de outubro de 2022

Outro é identificado como “Sul Independente Milícia” e, segundo o órgão, “difunde imagens com estética e teor associados ao neonazismo aceleracionista”. Um terceiro é chamado de “Soldati Della Luce” (Soldados da Luz), que se autodescreve como “milícia digital” e foi criado em 31 de outubro de 2022 defendendo abertamente a raça branca e contra o Ministério da Igualdade Racional no governo Lula.

Dos três grupos, o Sul Independente Milícia do Paraná compartilhou informações de uma organização mais antiga chamada “Resistência Sulista”, do Rio Grande do Sul, revelam prints enviados ao DCM.

O Resistência Sulista 1 Divisão também é formado por integrantes desse Sul Milícia Independente. Os dois grupos identificados pela Abin compartilharam informações criminosas semelhantes.

                      (Em 2022)
Resistência Sulista já existia antes dessas mensagens no Telegram e chegou a organizar um fórum em Porto Alegre com outro grupo que se descreve como “nacionalista”: a Nova Resistência, que tem penetração no PDT e leva ideias de extrema direita ao partido, exaltando figuras como o extremista russo Aleksandr Dugin e seu seguidor, o ex-ministro Aldo Rebelo.

Raphael Machado, um dos representantes da NR, esteve em eventos públicos com Dugin, pensador que foi divulgado no Brasil por Olavo de Carvalho, e com Álvaro Hauschild, que era da Resistência Sulista. Aleksandr Dugin deu palestras na UFPB e até na USP.

Hauschild foi acusado reiteradamente de racismo, principalmente por setores ligados à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde cursava doutorado em Filosofia. Veio a público a denúncia de que ele mandava mensagens para uma estudante branca, que namorava um estudante negro, fazendo comentários sobre o relacionamento. As mensagens eram que ele “exala um cheiro típico”, “tem um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder” e que “pode não ser um problema lá onde a natureza dá cabo deles”.

O escândalo envolvendo o nome Hauschild provocou o desligamento dele do grupo Resistência Sulista.  -  (Aqui).

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"As mensagens (davam conta de...) que ele 'exala um cheiro típico', tem 'um cérebro programado para fazer o máximo de filhos que puder' e que 'pode não ser um problema lá onde a natureza dá cabo deles'.”

Como diria o paulista lúcido: "Muito louco, meu!"

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