terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
DOIS TEMAS DESPREZADOS PELA MÍDIA
O silêncio da mídia sobre HSBC e o governo do Paraná
De Ricardo Melo, em coluna da Folha:
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É de estranhar, para dizer o mínimo, o laconismo com que a imprensa “mainstream” – aqui chamada de PiG, PHA – local vem tratando um dos maiores escândalos da história financeira mundial.
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O argumento de que o tema está distante do leitor nacional não resiste aos fatos: cerca de 9.000 clientes envolvidos na falcatrua são brasileiros; o HSBC é um dos maiores bancos a operar no país; e, pelo que a investigação conseguiu apurar, a roubalheira decolou depois da aquisição, pelo HSBC, de um banco e de uma holding de propriedade de Edmond Safra.
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Surpresa: o assunto praticamente desapareceu, a não ser quando encontraram supostas conexões com o pessoal da Lava Jato. Esquisito. E os outros milhares de correntistas brasileiros premiados, desapareceram? A história não fecha. Aliás, é a segunda vez que um trabalho do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos recebe tratamento desprezível no Brasil.
Há pouco tempo, a mesma equipe escancarou manobras tributárias de bancos e multinacionais, brasileiros incluídos, para fugir de impostos com operações em Luxemburgo. Uma das empresas acusadas na artimanha, a Pricewaterhouse, por acaso vem a ser uma das que aprovavam balanços podres de instituições protagonistas da crise de 2008. Hoje a Price examina a contabilidade da Petrobras…
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PARANÁ NA MODA; E NA MÍDIA?
Curitiba viveu recentemente uma das maiores manifestações de sua história.
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Foi na capital do Paraná. Mesmo Estado onde fica a Londrina do juiz Sérgio Moro, sede do antigo Bamerindus, vendido a preço simbólico ao HSBC, e do Banestado (Banco do Estado do Paraná), pivô da CPI que durante os anos 90 catapultou o doleiro Alberto Youssef para manchetes. Mera coincidência, talvez. (Fonte: aqui).
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Enquanto isso...
"Autoridades francesas já mapearam 3 mil contribuintes que esconderam fortunas no HSBC da Suíça; primeiro caso envolve Arlete Ricci, herdeira da fabricante de perfumes Nina Ricci, uma das mais consagradas da França, que escondeu US$ 22 milhões; no Brasil, com a agenda política dominada pelo chamado 'petrolão', mídia tradicional dedica pouco espaço ao escândalo Swissleaks; no entanto, o Brasil é um dos países com mais sonegadores escondidos no HSBC suíço; são pelo menos US$ 20 bilhões desviados do Brasil para os cofres helvéticos. (...)".
Clique aqui para ler "França deve fazer 1º julgamento do Swissleaks".
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De fato, o silêncio midiático é curiosíssimo - para dizer o mínimo. Como indagaria o ingênuo: Por que será?
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