sábado, 28 de fevereiro de 2015
CÂMARA AUTORIZA PASSAGENS AÉREAS PARA CÔNJUGE DE PARLAMENTAR
Amorim.
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A partir da próxima semana, será discutida a ampliação do espaço físico da Casa, que prevê até a construção de um estabelecimento comercial. Obras podem chegar a R$ 1 bilhão.
Mais: AQUI. (Sobre benefícios autoconcedidos).
DO JORNALISMO CRIATIVO
O jornalista Cláudio Humberto informou, em sua coluna de ontem, 27, que os encalacrados empreiteiros envolvidos na Operação Lava Jato "chegaram ao ponto" de pretenderem contratar para sua defesa o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (aposentado no ano passado), aduzindo que eles pagariam "o que ele pedisse" - ao que o ex-ministro teria respondido com um "indignado 'não!'" (assim mesmo, com exclamação).
Eis que alguém deve ter alertado o colunista sobre o fato de Barbosa estar impedido de atuar junto ao STF, uma vez submetido a quarentena compulsória em face de sua condição de ex-ministro (três anos - Art. 95, inciso V do § único, da Constituição Federal).
Pego na, digamos, 'criatividade', Cláudio Humberto 'esclareceu', em sua coluna de hoje, 28, que os autores do convite não ignoravam o impedimento do ex-ministro: "Eles o queriam atuando em juizados de primeira instância" (!).
Pano rápido.
ESTADO ISLÂMICO DESTRÓI RELÍQUIAS MILENARES NO IRAQUE
Lute.
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O EI (Estado Islâmico) divulgou, nesta quinta-feira (26/02), um vídeo em que integrantes do grupo jihadista aparecem destruindo diversas estátuas e esculturas com mais de três mil anos (...).
O material era parte do patrimônio cultural da civilização assíria, que habitou o norte do Iraque e da Síria desde o século X a.C. Cidadãos assírios, que compõem a minoria católica no Iraque, também estão sendo perseguidos. (Para continuar, clique aqui).
A PETROBRAS E SEU RATING (II)
A 'nota' da Petrobras e a 'nota' da Moody's
Por Mauro Santayana
A agência de classificação de “risco" Moody´s acaba de rebaixar a nota de crédito da Petrobras de Baa2 para Ba2, fazendo com que ela passe de "grau de investimento" para "grau especulativo".
Com sede nos Estados Unidos, o país mais endividado do mundo, de quem o Brasil é, atualmente, o quarto maior credor individual externo, a Moody´s é daquelas estruturas criadas para vender ao público a ilusão de que a Europa e os EUA ainda são o centro do mundo, e o capitalismo um modelo perfeito para o desenvolvimento econômico e social da espécie, que distribui, do centro para a "periferia", formada por estados ineptos e atrasados, recomendações e "notas" essenciais para a solução de seus problemas e a caminhada humana rumo ao futuro.
O que faz a Petrobras ?
Produz conhecimento, combustíveis, plásticos, produtos químicos, e, indiretamente, gigantescos navios de carga, plataformas de petróleo, robôs e equipamentos submarinos, gasodutos e refinarias.
De que vive a Moody´s ?
Basicamente, de “trouxas” e de conversa fiada, assim como suas congêneres ocidentais, que produzem, a exemplo dela, monumentais burradas, quando seus "criteriosos" conselhos seriam mais necessários.
Conversa fiada que primou pela ausência, por exemplo, quando, às vésperas da Crise do Subprime, que quase quebrou o mundo em 2008, devido à fragilidade, imprevisão e irresponsabilidade especulativa do mercado financeiro dos EUA, a Moody's, e outras agências de classificação de "risco" ocidentais, longe de alertar para o que estava acontecendo, atribuíram "grau de investimento", um dos mais altos que existem, ao Lehman Brothers, pouco antes que esse banco pedisse concordata.
Conversa fiada que também primou pela incompetência e imprevisibilidade, quando, às vésperas da falência da Islândia - no bojo da profunda crise europeia, que, como se vê pela Grécia, parece não ter fim - alguns bancos islandeses chegaram a receber da Moody´s o Triple "A", o mais alto patamar de avaliação, também poucos dias antes de sua quebra.
Afinal, as agências de classificação europeias e norte-americanas agem, antes de tudo, com solidariedade de “classe”. Quando se trata de empresas e nações “ocidentais”, e teoricamente desenvolvidas - apesar de apresentarem indicadores macro-econômicos piores do que muitos países do antigo Terceiro Mundo - as agências “erram” em suas previsões e só veem a catástrofe quando as circunstâncias se impõem, inapelavelmente, seguindo depois o seu caminho na maior cara dura, como se nada tivesse acontecido.
Quando se trata, no entanto, de países e empresas de nações emergentes, com indicadores econômicos como um crescimento de 400% do PIB, em dólares, em cerca de 12 anos, reservas monetárias de centenas de bilhões de dólares, e uma dívida pública líquida de menos de 35%, como o Brasil, o relho desce sem dó, principalmente quando se trata de um esforço coordenado, com outros tipos de abutres, como o Wall Street Journal, e o Financial Times, para desqualificar a nação que estiver ocupando o lugar de "bola da vez".
Não é por outra razão que vários países e instituições multilaterais, como o BRICS, já discutem a criação de suas próprias agências de classificação de risco.
Não apenas porque estão cansados de ser constantemente caluniados, sabotados e chantageados por "analistas" de aluguel - como, aliás, também ocorre dentro de certos países, como o Brasil - mas também porque não se pode, absolutamente, confiar em suas informações.
Se houvesse uma agência de classificação de risco para as agências de “classificação” de risco ocidentais, razoavelmente isenta - caso isso fosse possível no ambiente de podridão especulativa e manipuladora dos "mercados" - a nota da Moody´s, e de outras agências semelhantes, deveria se situar, se isso fosse permitido pelas Leis da Termodinâmica, abaixo do zero absoluto.
Em um mundo normal, nenhum investidor acreditaria mais na Moody´s, ou investiria um "cent" em suas ações, para deixar de apostar e aplicar seu dinheiro em uma empresa da economia real, que, com quase três milhões de barris por dia, é a maior produtora de petróleo do mundo, entre as petrolíferas de capital aberto, produz bilhões de metros cúbicos de gás e de etanol por ano, em sua área, é a mais premiada empresa do planeta - receberá no mês que vem mais um "oscar" do Petróleo da OTC - Offshore Technologies Conferences - em tecnologia de exploração em águas profundas, emprega quase 90.000 pessoas em 17 países, e lucrou mais de 10 bilhões de dólares em 2013, por causa da opinião de um bando de espertalhões influenciados e teleguiados por interesses que vão dos governos dos países em que estão sediados aos de "investidores" e especuladores que têm muito a ganhar sempre que a velha manada de analfabetos políticos acredita em suas "previsões".
Neste mundo absurdo em que vivemos, que não é o da China, por exemplo, que - do alto da segunda economia do planeta e de mais de 4 trilhões de dólares em ouro e reservas monetárias - está se lixando olimpicamente para as agências de "classificação" ocidentais, o rebaixamento da "nota" da Petrobras pela Moody´s, absolutamente aleatório do ponto de vista das condições de produção e mercado da empresa, adquire, infelizmente, a dimensão de um oráculo, e ocupa as primeiras páginas dos jornais.
E o pior é que, entre nós, de forma ridícula e patética, ainda tem gente que, por júbilo ou ignorância, festeja e comemora mais esse conto do vigário - destinado a enfraquecer a maior empresa do país - que não passa de um absurdo e premeditado esbulho. (Fonte: aqui).
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A despeito de tudo, a nota atribuída pela Moody's à Petrobras parece não ter causado a reação esperada junto a bancos...
Já José Serra, não perdeu a deixa: sugeriu a privatização paulativa da empresa. A obsessão é incontrolável.
A PETROBRAS E SEU RATING
O rebaixamento do rating da Petrobras
Por Motta Araújo
O rebaixamento da nota da Petrobras pela agência Moody´s é o corolário natural da situação criada pelo circo sobre a corrupção na empresa. Não foi a corrupção em si, que já existia há muito tempo, foi a revelação dela de forma viciosa e extremamente negativa, não como um acidente e sim como um pecado estrutural, uma espécie de câncer incurável. A revelação chocou o mundo, saiu em toda a imprensa econômica mundial repetidas vezes e continua saindo.
Em meu artigo - O quadro falso na parede e a desvalorização da Petrobras - expliquei como os grandes museus do mundo quando descobrem que têm quadros falsos ficam de bico calado porque a revelação de que foram enganados desvalorizaria toda a coleção. A revelação e, pior do que isso, a ESCANDALIZAÇÃO de que a Petrobras foi vítima de corrupção por empreiteiras, feita a partir de vazamentos do processo criminal, foi a causa da queima da imagem da Petrobras. As revelações desencadearam uma série de desdobramentos negativos, desde a recusa dos auditores em assinar o balanço até uma série de grande quantidade de reportagens na imprensa internacional que puseram abaixo a imagem da empresa.
O ambiente de prisões sem fim e sem prazo criou um clima de terror na empresa, pelo qual ninguém mais assina contratos e menos ainda autoriza pagamentos, o que está levando fornecedores à quebra, cancelamento de encomendas, suspensão de projetos e encomendas, o que se deve ao remédio, a operação Lava Jato, e não à doença da corrupção, que só se extinguirá pela mudança das regras de governança da Petrobras, o que ninguém pediu.
Qualquer empresa, mesmo sólida, que coloque na janela uma série infindável de malfeitorias, incapacidade gerencial, corrupção, vai à lona e pode desaparecer. Sendo uma empresa estatal trata-se algo inédito; grandes empresas estatais sofreram crises até maiores mas não foi oferecido ao mundo tal espetáculo de autodestruição.
Parece que os juízes e promotores se comprazem desse show de horrores, o que mostra competência deles.
Só que o resultado subsidiário é a destruição da empresa que eles pretendem salvar.
Ao que tudo indica, tal resultado não os incomoda minimamente; vão ter um processo vitorioso, o resto não é problema deles.
A questão do rating é uma mistura de avaliação objetiva por índices e análises de números e de uma percepção subjetiva. A propaganda negativa feita pelo MP e Judiciário contra a PETROBRAS não poderia ser pior. É um programa para destruir uma empresa; não sobra nada. Foram suspensas ou canceladas as encomendas de sondas e navios, o Estaleiro Atlântico Sul, o maior do País, praticamente fechou, o do Rio Grande, com grande encomenda de sondas, já dispensou grande parte dos operários, foram cancelados projetos no valor de R$11 bilhões em todas as áreas, a Sete Brasil, empresa que iria operar a compra e leasing de sondas do pré-sal, não recebe nada e não paga os estaleiros; só está faltando a Lava Jato lacrar a sede da Petrobras para salvá-la do mal, embaixo de sete palmos de terra. (Fonte: aqui).
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Ao concluir a leitura, o alento foi lembrar a máxima de Stephen Kanitz: 'As coisas, como estão indo, levarão ao fracasso total... se nada for feito!'. Alguma coisa está sendo feita: a nova diretoria poderá conduzir a empresa à superação de seus sérios pontos críticos. É certo que fanáticos pela privatização da Petrobras torcem freneticamente para que isso não aconteça, e que a estatal, enfim sucateada, acabe por ser abocanhada por entusiastas do insaciável e livre mercado. Mais uma vez, esperamos, darão com os burros n'água.
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Economia. Petrobras. Rating. Motta Araújo.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
BODE NA SALA, BOI DE PIRANHA...
(Na verdade, as passagens aéreas serão destinadas ao cônjuge).
Amarildo.
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PLANO CAMERAL, EFICÁCIA GARANTIDA
1. Prioridade: aprovar aumento substancial das verbas de gabinete e elevação do auxílio-moradia.
2. Aprovar passagens aéreas para o cônjuge do(a) deputado(a).
3. Diante da indignação geral quanto às passagens aéreas (boi de piranha), tirar o bode da sala, anulando a decisão sobre passagens, penitenciando-se pelo equívoco e garantindo estar preocupado com a situação de aperto vivenciada pelo País, etc etc.
4. Desfecho: Tudo sob controle: garantido, sem atropelo, o aumento substancial das verbas de gabinete e elevação do auxílio-moradia. (Sem contar, claro, a ampliação/construção de anexos e outras obras e que tais).
Amarildo.
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PLANO CAMERAL, EFICÁCIA GARANTIDA
1. Prioridade: aprovar aumento substancial das verbas de gabinete e elevação do auxílio-moradia.
2. Aprovar passagens aéreas para o cônjuge do(a) deputado(a).
3. Diante da indignação geral quanto às passagens aéreas (boi de piranha), tirar o bode da sala, anulando a decisão sobre passagens, penitenciando-se pelo equívoco e garantindo estar preocupado com a situação de aperto vivenciada pelo País, etc etc.
4. Desfecho: Tudo sob controle: garantido, sem atropelo, o aumento substancial das verbas de gabinete e elevação do auxílio-moradia. (Sem contar, claro, a ampliação/construção de anexos e outras obras e que tais).
A CPI DAS CONTAS SECRETAS DO HSBC
A propósito do exposto nesse post de ontem, 26, reproduzimos notícia oferecida há pouco pelo jornalista Fernando Rodrigues em seu blog:
"O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu no final da noite de quinta-feira (26.fev.2015) a favor da instalação da CPI do SwissLeaks-HSBC.
A leitura do requerimento da CPI será realizada na sexta-feira (27.fev.2015) na parte da manhã. “A partir da leitura, haverá um prazo até a meia-noite para inclusão ou retirada de assinaturas. Se o número necessário permanecer, a CPI será instalada. É um assunto relevante”, disse Renan ao Blog.
(...).
A ideia é investigar as contas de brasileiros mantidas na agência de “private bank” do HSBC na cidade de Genebra, na Suíça. O caso foi revelado numa investigação jornalística internacional pelo ICIJ, em parceria com dezenas de veículos em vários países. (...)."
(Para continuar clique AQUI).
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Clique AQUI para saber quais senadores assinaram o requerimento de instalação da CPI - e como se comportaram alguns dos que negaram assinatura.
AS LUZES DE CERES
Um mistério brilhante em Ceres
Por Salvador Nogueira
A espaçonave Dawn, da Nasa, está prestes a chegar ao planeta anão Ceres, maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. E um misterioso ponto brilhante detectado pela sonda, ainda sem explicação concreta do que possa ser, intriga os cientistas.
Na verdade, não um. À distância, parecia um só. Mas, conforme a sonda se aproximou mais do astro e obteve novas fotos, ficou claro que são de fato pelo menos dois focos brilhantes, ambos no interior de uma mesma cratera.
“O ponto mais brilhante continua a ser muito pequeno para detalharmos com nossa câmera, mas, apesar de seu tamanho, ele brilha mais que qualquer outra coisa em Ceres. Isso é realmente inesperado e ainda um mistério para nós”, disse Andreas Nathues, pesquisador-chefe da câmera de enquadramento da sonda e cientista do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha. O que será?
De início, imaginava-se que pudessem ser crateras recentes, com gelo exposto em seu interior. Agora, outra hipótese começa a emergir — vulcanismo. Mas não como o da Terra, com magma derretido, mas criovulcanismo, que envolve vulcões que expelem água!
Sabemos que Ceres tem grandes quantidades de gelo no subsolo, e o Observatório Espacial Herschel chegou a detectar plumas de vapor d’água emanando do pequeno planeta anão, com cerca de 950 km de diâmetro. Se bobear, o astro pode até ter condições para a existência de vida, se houver fontes de calor capazes de manter a água em estado líquido no subsolo — o que o criovulcanismo, se for confirmado, parece sugerir.
Contudo, ainda é cedo para fazer quaisquer afirmações. Logo saberemos do que se trata, conforme a sonda chegar ainda mais perto — ela está no momento a cerca de 39 mil km de seu destino, o que equivale a apenas um décimo da distância que separa a Terra da Lua.
O empolgante mistério é uma boa medida do quanto estamos entrando em território inexplorado com esta missão. A expectativa é grande para a inserção orbital da Dawn em órbita de Ceres, o que vai acontecer no próximo dia 6.
Fique ligado, pois a primeira grande aventura do ano dos planetas anões está apenas começando. E, em julho, teremos Plutão! (Fonte: aqui).
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A matéria é interessante. Alguns comentários de leitores, também.
Fiquemos ligados!
DISSECANDO UMA FACE DA REALIDADE BANCÁRIA SUÍÇA
O fim da mística bancária suíça
Por Motta Araújo
Os bancos suíços guardadores de fortunas nasceram ao tempo da Revolução Francesa, ganharam grande impulso a partir do nazismo na Alemanha, quando alemães judeus e não judeus temerosos do regime arriscavam a vida transferindo fundos para a vizinha Suíça. Antes deles os franceses eram os maiores clientes, seguidos dos italianos, mas a Lei Bancária de 1934 deu a retaguarda legal para as contas secretas, chamadas de "numeradas" porque era possível assinar apenas um número sem identificar um nome que só era conhecido do sócio principal do banco. O método protegia os depositantes alemães porque houve tentativas da espionagem alemã de descobrir dinheiro de judeus na Suíça e extorquir do depositante sob ameaça contra a família.
Esses eram os "banques privés", de Genebra, Zurich e Basileia; hoje ainda operam em prédios baixos e antigos, com diminutas placas na porta: Banque Banhote, Lombard Odier Darier Hench, Hottinger & Cie., Landholt & Cie., Pictet & Cie., Reichmuth & Cie., Bordier & Cie., E. Gutzwiller & Cie., Mirabaud & Cie, Rahn & Cie., Bodmer & Cie., Gonet & Cie., Morgue & Cie.; o maior de todos é Julius Baar & Cie.
Mas há grandes bancos comerciais que não apenas administram fortunas mas operam em todos os ramos; os dois grandes são o Union des Banques Suisses - UBS e o Credit Suisse, com ativos de US$1,3 trilhão e US$1,1 trilhão respectivamente; ambos são grandes no Brasil, o UBS é o maior em operações de bolsa no País e o Credit tem uma grande gestora e corretora. O UBS é presidido no Brasil pela bela Sylvia Coutinho, que era uma top executiva do HSBC até três anos atrás, encarregada de gestão de fortunas em toda a América Latina, depois de longa carreira no Citibank.
Há também 24 bancos cantonais que operam, a maioria deles, também em private banking; depois desse grupo de controle suíço, há os bancos de controle estrangeiro na Suíça, que já foram 145 em 2009 e hoje são 129, com uma queda de 25% nos depósitos desse grupo, hoje em torno de 900 bilhões de dólares.
A lei bancária suíça de 1934 é coisa do passado: em 2009 foi modificada para considerar evasão fiscal crime na Suíça, algo que a Lei de 1934 não considerava. A mudança foi por pressão dos EUA, que encontraram 8.000 contribuintes americanos com contas na Suíça com dinheiro não declarado.
A atração geral da Suíça como guardiã de fortunas veio da estabilidade política, neutralidade em guerras, confiabilidade na correção de seus banqueiros; então por que a Suíça teve que ceder à pressão americana?
Porque o grosso do dinheiro estrangeiro depositado na Suíça ou sob administração de bancos suíços, pelo seu volume (US$3 trilhões), só pode ser aplicado principalmente nos EUA, não há lugar do mundo que possa absorver esses recursos com facilidade.
Se os bancos suíços perdessem sua licença de operar nos EUA não teriam como gerir esses recursos.
O fim do sigilo bancário acaba com as vantagens do sistema bancário suíço, hoje o mais policialesco do mundo; se alguém chegar com uma mala de 300 mil dólares para depositar em um banco suíço, a gerência chama a polícia imediatamente, qualquer transação suspeita é denunciada; o sistema vai derreter, como prova esse caso do HSBC.
Dinheiro sem origem ou com origem não comprovada não vai ter mais onde ser depositado porque cada praça está caindo sob as mesmas regras, embora aplicadas de forma não tão rígida, como é o caso de Mônaco, Beirute, Singapura, Uruguai, Panamá, mas é uma questão de tempo: hoje o Tesouro americano monitora on line todos os paraísos fiscais do mundo.
O controle se dá pelo sistema mundial de transferência de fundos, conhecido como SWIFT, por onde passam todas as transferências internacionais. Se alguém transfere um milhão de dólares de Santiago para Viena, o Tesouro americano sabe da transação instantaneamente, uma off shore registrada nas Ilhas Virgens Britânica é conhecida pelos rastreadores americanos em poucas horas.
A Suíça perderá ao longo do tempo um dos principais ramos de sua economia, que responde por 160.000 empregos no País. Evidentemente que continuarão em menor escala, assim como emissão de títulos, financiamentos etc.
O caso HSBC é típico dessa deterioração; a divulgação dessa lista não terá grandes efeitos práticos mas deve incomodar quem foi nela citado, deve gerar danos à imagem do banco perante seus clientes e juntamente com outros episódios parecidos deve mudar para sempre o mundo bancário suíço.
Quando tive meu primeiro emprego no Citibank de São Paulo, em 1959, no Departamento de Crédito, meu chefe Mr. Benjamin Cotton me deu de presente um volume do "The Bankers Almanac Yearbook 1956-1957", publicado pela editora Thomas Skinner, com 1573 páginas; tenho até hoje. O mesmo almanaque atual não daria 200 páginas, tal a concentração do sistema bancário em cada País e globalmente.
O sistema bancário mundial será irreconhecível daqui a 10 anos, e o suíço certamente encolherá pela perda de razões de existir nessa dimensão que alcançou. (Fonte: aqui).
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"A lei bancária suíça de 1934 é coisa do passado: em 2009 foi modificada para considerar evasão fiscal crime na Suíça, algo que a Lei de 1934 não considerava. A mudança foi por pressão dos EUA, que encontraram 8.000 contribuintes americanos com contas na Suíça com dinheiro não declarado."
As contas secretas (vazadas, pero no mucho) em nome de 8.667 brasileiros na filial suíça do HSBC foram abertas em 2006 e 2007, quando a legislação de 1934, que respaldava o 'anonimato', estava ainda em vigor...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
HSBC, BLOGS E BLOGUEIROS
"Apesar do evidente interesse público de um assunto tão polêmico e bilionário, a pauta do ‘SwissLeaks’ vaza na imprensa brasileira pelo esforço quase solitário de blogs e blogueiros desvinculados da grande mídia."
(De Randolfe Rodrigues, senador pelo PSOL, em discurso no Senado, justificando o seu pedido de instalação de CPI para apuração do vazamento de contas secretas da filial do HSBC na Suíça, abertas em 2006 e 2007 por 8.667 brasileiros, que lá depositaram algo como 20 bilhões de Reais. O pedido será analisado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, que verificará se estão atendidas as exigências constitucionais.
Em tempo: as contas secretas vazadas totalizam 106 mil clientes, de 203 países. Fonte: aqui).
Marcadores:
Eles disseram. Randolfe Rodrigues. HSBC. CPI.
TESTANDO O TRÂNSITO EM JULGADO
Pelicano.
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'Trânsito em julgado': crédito pela 'sacada': Flávio Dino.
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ADENDO:
"A corregedora nacional de Justiça, ministra Nancy Andrighi, decidiu nesta quinta-feira (26) afastar imediatamente das funções o juiz Flávio Roberto de Souza, da 3ª Vara Federal do Rio de Janeiro.
Responsável por ações criminais contra Eike Batista, Souza foi flagrado nesta semana dirigindo um Porsche Cayenne apreendido do empresário. (...)".
(Para continuar, clique aqui).
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Atitude louvável.
A FOTO
O autor da foto é o brasileiro Sebastião Salgado. A senhora retratada, cega, é natural da Indonésia, e figura no livro 'Trabalhadores rurais' (1986-1992). São muitas as fotos, mas foi essa, especialmente, que motivou o diretor inglês Wim Wenders a realizar documentário - 'O sal da terra' - sobre o fotógrafo, trabalho que andou perto de ganhar o Oscar 2015.
O FUTURO DO JORNALISMO
O que será o jornalismo?
Por Luciano Martins Costa
A prática do jornalismo está sendo impactada por uma sucessão de mudanças
desde a criação da internet. Essas transformações se aceleraram após advento da
chamada Web 2.0, que rompeu o sistema de domínio de “territórios” e estabeleceu
um modelo de relacionamento no qual os conteúdos são fragmentados, arquivados em
“nuvens computacionais” e servidos a partir de diversas fontes, ampliando a
autonomia dos usuários.
Com esse caminho aberto por novos e poderosos protagonistas, como o Google, inverteu-se a equação proposta pelo guru da estratégia de negócios Michael Porter, segundo a qual as possibilidades de sucesso de novos entrantes em determinado setor dependem das barreiras de entrada existentes e da reação dos competidores dominantes. O que aconteceu, e segue acontecendo, foi que a tecnologia criou novos interesses, que rapidamente se tornaram necessidades, ampliando as opções do público e derrubando essas barreiras.
A Web 3.0, também chamada de Web Semântica, é o processo pelo qual estamos agora passando, e se caracteriza pela ação cooperativa entre o homem e o computador, que pode ter a forma de um aparelho sobre a mesa, de um telefone celular, de um relógio, de aparelho auditivo ou praticamente qualquer coisa. A maioria dos telefones disponíveis no mercado já tem programas capazes de formular uma noção aproximada dos hábitos de seu portador, e de se adaptar a eles.
Paralelamente a essa revolução na oferta de aplicativos, desenvolve-se um novo ecossistema comunicacional no qual as interações são produzidas e controladas pelo indivíduo, com uma autonomia muito ampla, que dispensa progressivamente a ação mediadora ou a função de filtro exercida antes pelas empresas tradicionais de comunicação. A chamada mídia tradicional se desloca para uma posição marginal e se torna um dos agentes – e não o agente único ou principal – desse sistema.
O jornalismo, semeado nessas nuvens de informações, deixa de ser uma linha de montagem que começa com a suposição de um fato – a pauta –, sua verificação – a reportagem – e sua apresentação a um determinado público – a edição e publicação. A notícia pode nascer de um clique num celular, que colhe imagens, grava o som de quem descreve a cena, e com outro clique coloca o conteúdo numa rede digital, onde a informação primária será enriquecida com outras contribuições.
Para onde vão os jornalistas?
Os céticos dirão que isso não é jornalismo. Mas seria menos jornalismo do que um editor apanhando num conjunto de documentos um pacote de declarações para, com elas, compor uma manchete de jornal ou o assunto principal de um noticioso da televisão?
Emily Bell, diretora do Centro Tow de Jornalismo Digital, da Universidade Columbia, observa que a sociedade contemporânea se caracteriza, entre outras coisas, por um novo conceito de “esfera pública” e que esse ambiente é agora administrado por um reduzido número de empresas de tecnologia.
Onde estão as empresas de mídia? As empresas da mídia tradicional, historicamente consideradas as casas da imprensa, estão lutando para preservar seu papel de avalistas da realidade e tentam usar as redes de relacionamento digital como mercado para seus produtos. Os jornalistas, em sua maioria, estão procurando um emprego na mídia tradicional ou tentando sobreviver como mão de obra eventual em processos paralelos ao jornalismo, como a comunicação corporativa.
O futuro das empresas vai depender da disposição dos produtores de tecnologia de admiti-las no jogo, mas os jornalistas têm potencial para se tornarem protagonistas importantes nesse novo contexto. Basta observar como a Web Semântica amplia a autonomia dos usuários para constatar que usuários com habilidades para a comunicação podem se tornar muito mais relevantes nessas redes de relacionamento.
O problema é que, na maioria das vezes, o jornalista participa dessas interações como opinador privilegiado, e não como avalista das informações. Nesse novo contexto, em que a sociedade hipermediada se encontra imersa em informações, o jornalista é o profissional com as habilidades necessárias para “auditar” os simulacros de realidade que proliferam nesse ecossistema e apontar para os demais usuários onde estão os significados.
O primeiro passo para entender essa possibilidade é abandonar a ilusão de um emprego na chamada mídia tradicional. O futuro pertence ao jornalismo, não necessariamente à imprensa. (Fonte: aqui).
Com esse caminho aberto por novos e poderosos protagonistas, como o Google, inverteu-se a equação proposta pelo guru da estratégia de negócios Michael Porter, segundo a qual as possibilidades de sucesso de novos entrantes em determinado setor dependem das barreiras de entrada existentes e da reação dos competidores dominantes. O que aconteceu, e segue acontecendo, foi que a tecnologia criou novos interesses, que rapidamente se tornaram necessidades, ampliando as opções do público e derrubando essas barreiras.
A Web 3.0, também chamada de Web Semântica, é o processo pelo qual estamos agora passando, e se caracteriza pela ação cooperativa entre o homem e o computador, que pode ter a forma de um aparelho sobre a mesa, de um telefone celular, de um relógio, de aparelho auditivo ou praticamente qualquer coisa. A maioria dos telefones disponíveis no mercado já tem programas capazes de formular uma noção aproximada dos hábitos de seu portador, e de se adaptar a eles.
Paralelamente a essa revolução na oferta de aplicativos, desenvolve-se um novo ecossistema comunicacional no qual as interações são produzidas e controladas pelo indivíduo, com uma autonomia muito ampla, que dispensa progressivamente a ação mediadora ou a função de filtro exercida antes pelas empresas tradicionais de comunicação. A chamada mídia tradicional se desloca para uma posição marginal e se torna um dos agentes – e não o agente único ou principal – desse sistema.
O jornalismo, semeado nessas nuvens de informações, deixa de ser uma linha de montagem que começa com a suposição de um fato – a pauta –, sua verificação – a reportagem – e sua apresentação a um determinado público – a edição e publicação. A notícia pode nascer de um clique num celular, que colhe imagens, grava o som de quem descreve a cena, e com outro clique coloca o conteúdo numa rede digital, onde a informação primária será enriquecida com outras contribuições.
Para onde vão os jornalistas?
Os céticos dirão que isso não é jornalismo. Mas seria menos jornalismo do que um editor apanhando num conjunto de documentos um pacote de declarações para, com elas, compor uma manchete de jornal ou o assunto principal de um noticioso da televisão?
Emily Bell, diretora do Centro Tow de Jornalismo Digital, da Universidade Columbia, observa que a sociedade contemporânea se caracteriza, entre outras coisas, por um novo conceito de “esfera pública” e que esse ambiente é agora administrado por um reduzido número de empresas de tecnologia.
Onde estão as empresas de mídia? As empresas da mídia tradicional, historicamente consideradas as casas da imprensa, estão lutando para preservar seu papel de avalistas da realidade e tentam usar as redes de relacionamento digital como mercado para seus produtos. Os jornalistas, em sua maioria, estão procurando um emprego na mídia tradicional ou tentando sobreviver como mão de obra eventual em processos paralelos ao jornalismo, como a comunicação corporativa.
O futuro das empresas vai depender da disposição dos produtores de tecnologia de admiti-las no jogo, mas os jornalistas têm potencial para se tornarem protagonistas importantes nesse novo contexto. Basta observar como a Web Semântica amplia a autonomia dos usuários para constatar que usuários com habilidades para a comunicação podem se tornar muito mais relevantes nessas redes de relacionamento.
O problema é que, na maioria das vezes, o jornalista participa dessas interações como opinador privilegiado, e não como avalista das informações. Nesse novo contexto, em que a sociedade hipermediada se encontra imersa em informações, o jornalista é o profissional com as habilidades necessárias para “auditar” os simulacros de realidade que proliferam nesse ecossistema e apontar para os demais usuários onde estão os significados.
O primeiro passo para entender essa possibilidade é abandonar a ilusão de um emprego na chamada mídia tradicional. O futuro pertence ao jornalismo, não necessariamente à imprensa. (Fonte: aqui).
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
PETROBRAS E INTERESSE NACIONAL
A tentativa de desmontar a Petrobras
Por Luis Nassif
O editorial do jornal O Globo de ontem é claro. O interesse maior não é o de punir malfeitos, prender corruptos e corruptores: é mudar o sistema de partilha do pré-sal. Trata-se de uma bandeira profundamente rentável, a se julgar pelo afinco com que veículos se dedicam a ela.
***
A geopolítica do petróleo não é uma mera teoria da conspiração: é um dado da realidade, por trás dos grandes movimentos políticos do século, especialmente em países que definiram modelos autônomos de exploração do petróleo. E as mídias nacionais sempre tiveram papel relevante, não propriamente por convicções liberais e internacionalistas.
***
Para o editorial, o Globo certamente teve o auxílio do ectoplasma de algum editorialista dos anos 50.
Os bordões são os mesmos: "O PT, ao reagir ao petrolão, ressuscita um discurso da década de 50 e recoloca o Brasil na situação de antes da assinatura dos contratos de risco, no governo Geisel: o petróleo era “nosso”, mas continuava debaixo da terra. Agora, do mar".
Valia nos anos 50, antes que a Petrobras conseguisse sucesso nas suas prospecções. É uma piada em 2015, quando a empresa consegue extrair 700 mil barris diários do pré-sal. Aliás, é o segundo erro do jornal. O primeiro é supor que a Petrobras ou o sistema de exploração do petróleo é bandeira do PT.
Trata-se de um pilar de política industrial e social que vai muito além dos jogos partidários.
***
As propinas pagas são caso de polícia. Corruptores e corrompidos precisam ser identificados, processados e presos. Pretender atribuir a corrupção à empresa ou ao modelo de exploração do pré-sal é malandragem política.
Diz o editorial: "Se a Petrobras, em condições normais, já tinha dificuldades para tocar esse plano de pedigree 'Brasil Grande', agora é incapaz de mantê-lo. Não tem caixa nem crédito para isso. Não há como sustentar o modelo".
A empresa enfrenta problemas momentâneos de caixa, que poderão ser resolvidos com desmobilizações, com a entrada em operação de vários dos investimentos e assim que houver um mínimo de competência política do governo, para deslindar o novelo policial-financeiro criado pela Lava Jato.
***
Ao longo das últimas décadas, os avanços proporcionados pela Petrobras foram muito além da atividade principal, de tirar petróleo. Hoje em dia, a prospecção em águas profundas é a única tecnologia global na qual o país se destaca, ao lado da aeronáutica.
A política de conteúdo nacional fortaleceu toda uma cadeia de fabricantes de máquinas e equipamentos. O transporte de combustíveis e as plataformas permitiram recriar a indústria naval. A pesquisa brasileira avançou uma enormidade através das pesquisas em rede com as principais universidades nacionais.
***
Nos últimos anos, a Petrobras foi vítima de três atentados. Do PT, ao permitir e ampliar a permanência de esquemas de financiamento de campanha, destruindo os sistemas internos de controle da empresa. Do governo Dilma, ao conferir responsabilidades inéditas à empresa e, ao mesmo (tempo), tirar-lhe o oxigênio com os sub-reajustes tarifários. E, agora, da oposição e da velha mídia, valendo-se do álibi da corrupção para bancar campanhas pouco nítidas para seus patrocinadores. (Fonte: aqui).
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Nada a estranhar. Os que se vêm batendo pelo desmonte da Petrobras estão apenas seguindo, coerentemente, a linha de ação eleita desde os primórdios...
,,,afinal, quem não sabe que tudo o que é de interesse nacional sempre contou com a entusiástica oposição de grupos midiáticos?! (Inclusive os aumentos reais do valor do salário mínimo - e a própria criação da Petrobras, no início da década de 1950).
UMA OPINIÃO SOBRE A CONJUNTURA
"- O espeáculo do Dr Moro não garante o direito de defesa, o contraditório e a presunção de inocência.
- Desde o mensalão, acabou no Brasil a presunção de inocência.
- Esse juiz é a reprodução daquele que se presume falar pelos brasileiros e brasileiras honestas.
- Em meu nome ele não fala.
- A defesa da Petrobras é uma defesa do Estado de Direito, que está sob ameaça.
- Esse juiz e esses procuradores, se respondessem ao exame da Ordem da forma como se comportam na investigação da Lava Jato, não seriam aprovados.
- Delação premiada é chantagem
- Delação premiada não é pau de arara, mas é tortura!"
(De Wadih Damous, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro, e ex-presidente da OAB-Rio, ontem, 24, na Associação Brasileira de Imprensa, Rio, em defesa da Petrobras - aqui).
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Eles disseram. Wadih Damous. Operação Lava Jato.
SOBRE QUEM FAZ E ACONTECE - E DESDE QUANDO
Quem nos governa?
Por Vladimir Safatle
Em 2013, Elisabeth Warren, senadora dos EUA, perguntou: "Quanto tempo ainda será necessário para se fechar um banco como o HSBC?"
Estamos em 1860. O Império Britânico acaba de vencer a famosa “Guerra do Ópio” contra a China, talvez uma das páginas mais cínicas e criminosas da história cínica e criminosa do colonialismo.
Metade do comércio da Inglaterra com a China baseia-se na venda ilegal de ópio. Diante da devastação provocada pela droga em sua população, o governo chinês resolve proibir radicalmente seu comércio. A resposta chega por uma sucessão de guerras nas quais a Inglaterra vence e obriga a China a abrir seus portos para os traficantes e missionários cristãos (uma dupla infalível, como veremos mais à frente), além de ocupar Hong Kong por 155 anos.
Em 1860, guerra terminada, os ingleses tiveram a ideia de abrir um banco para financiar o comércio baseado no tráfico de drogas. Dessa forma apoteótica, nasceu o HKSC, tempos depois transformado em HSBC (Hong Kong and Shangai Bank Corporation), conhecido de todos nós atualmente. Sua história é o exemplo mais bem acabado de como o desenvolvimento do capitalismo financeiro e a cumplicidade com a alta criminalidade andam de mãos dadas.
A partir dos anos 70 do século passado, por meio da compra de corporações nos Estados Unidos e no Reino Unido, o HSBC transformou-se em um dos maiores conglomerados financeiros do mundo. No Brasil, adquiriu o falido Bamerindus. Tem atualmente 270 mil funcionários e atua em mais de 80 países. Sua expansão deu-se, em larga medida, por meio da aquisição de bancos conhecidos por envolvimento em negócios ilícitos, entre eles o Republic New York Corporation, de propriedade do banqueiro brasileiro Edmond Safra, morto em circunstâncias misteriosas em seu apartamento monegasco. Um banco cuja carteira de clientes era composta, entre outros, de traficantes de diamantes e suspeitos de negócios com a máfia russa, para citar alguns dos nobres correntistas. Segundo analistas de Wall Street, a instituição financeira de Nova York teria sido vendida por um preço 40% inferior ao seu valor real.
Assim que vários jornais do mundo exibiram documentos com detalhes de como a filial do HSBC em Genebra havia lavado dinheiro de ditadores, traficantes de armas e drogas, auxiliado todo tipo de gente a operar fraudes fiscais milionárias e a abrir empresas offshore, a matriz emitiu um seco comunicado no qual informava que tais práticas, ocorridas até 2007, não tinham mais lugar e que, desde então, os padrões de controle estavam em outro patamar. Mas não é exatamente essa a realidade.
Em julho de 2013, a senadora norte-americana Elisabeth Warren fez um discurso no qual perguntava: quanto tempo seria ainda necessário para fechar um banco como o HSBC? A instituição havia acabado de assumir a culpa por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas mexicano e colombiano, além de organizações ligadas ao terrorismo. Tudo ocorreu entre 2003 e 2010. A punição? Multa irrisória de 1,9 milhão de dólares.
Que fantástico. Entre 2006 e 2010, o diretor mundial do banco era o pastor anglicano (sim, o pastor, lembram-se da Guerra do Ópio?) Stephen Green, que, desde 2010, tem um novo cargo, o de ministro do gabinete conservador de David Cameron, cujo governo é conhecido por não ser muito ágil na caça à evasão fiscal dos ricos que escondem seu dinheiro. Enquanto isso, os ingleses veem seu serviço social decompor-se e suas universidades serem privatizadas de fato. O que permite perguntas interessantes sobre quem realmente nos governa e quais são seus reais interesses.
Alguns fatos são bastante evidentes para qualquer interessado em juntar os pontos. Você poderia colocar seus filhos em boas escolas públicas e ter um bom sistema de saúde público, o que o levaria a economizar parte de seus rendimentos, se especuladores e rentistas não tivessem a segurança de que bancos como o HSBC irão auxiliá-los, com toda a sua expertise, na evasão de divisas e na fraude fiscal. Traficantes de armas e drogas não teriam tanto poder se não existissem bancos que, placidamente, oferecem seus serviços de lavagem de dinheiro com discrição e eficiência. Se assim for, por que chamar de “bancos” o que se parece mais com instituições criminosas institucionalizadas de longa data? (Fonte: aqui).
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Quem são os brasileiros 'correntistas secretos' do citado 'banco'? Por que o eloquente silêncio da mídia tradicional? Quanto o citado 'banco' 'investe' em anúncios publicitários? Estados Unidos e Inglaterra finalmente começam a agir: essa última, por exemplo, está apurando a atitude de um dos jornais pilhados em omissão, parcialidade, aliás, que teria acontecido em razão de o HSBC ser generoso anunciante, ou seja, silêncio em troca de publicidade. E no Brasil, como ficam os titulares da mídia?
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Direito. Economia. HSBC. Vladimir Safatle.
LEIS IMPORTADAS DOS ESTADOS UNIDOS SÃO UM RISCO À DEMOCRACIA
(Ilustração: Spacca).
Leis importadas dos Estados Unidos são um risco à Democracia
Por Motta Araújo
O sistema jurídico brasileiro segue princípios do direito positivo, que vem do Direito Civil francês, cuja base é o Código Napoleão, por sua vez baseado no Direito Romano, um conjunto filosófico legal que parte de regras de direito posto, isto é, o Direito é o que está escrito na lei e não aquilo que o Juiz imagina que seja. Os princípios do direito positivo são a maior garantia do cidadão, que não fica sujeito ao arbítrio do juiz. O sistema, portanto, não aceita leis que admitem larga interpretação e subjetivismo do julgador, que é o sistema de direito anglo-americano, a "common law", baseado em princípios que admitem releitura pelo Juiz, porque as leis americanas são menos precisas, menos detalhadas e o que nelas falta é suprido pelo juiz.
O grande problema é um sistema misturar com outro, jogar leis IMPORTADAS do mundo legal americano no sistema jurídico brasileiro, como acontece com duas leis, a 9613/98, chamada LEI DA LAVAGEM DE DINHEIRO e a 12.846/2013, a LEI ANTI-CORRUPÇÃO (...).
Essas duas leis dão um poder de arbitragem ao Juiz muito amplo, admitindo penas absurdas, como as que foram aplicadas na AP 470. A maior pena de um sistema legal coerente é a que se atribui a HOMICIDAS. Raro é o assassino que é sentenciado a mais de 20 anos, só os homicídios triplamente qualificados chegam a 30 anos ou mais; como é possível se dar uma pena de 47 anos a Marcos Valério, que não matou ou feriu ninguém? Foi a lei de lavagem de dinheiro que criou essa dosimetria do infinito.
O problema é colocar na mão de juízes acostumados a leis precisas do ordenamento jurídico latino, como o nosso, leis que admitem penas aberrantes, que nos EUA são aplicadas com muito maior moderação, porque lá os juízes operam com um SENTIDO PRÁTICO na aplicação da lei.
O espírito do sistema jurídico americano é RESOLVER UM PROBLEMA e não se vingar do criador do problema.
Veja-se o que aconteceu na crise financeira de 2008, causada por bancos de investimento, especialmente o Goldman Sachs. Todos, Executivo e Congresso, correram para resolver a crise e não para punir seus causadores, o mal já estava feito, vingança não iria resolver a crise.
Em 15 dias o Tesouro americano soltou US$377 bilhões de dólares para bancos, seguradoras e empresas industriais; só a General Motors recebeu 50 bilhões de dólares, com garantias praticamente zero, o judiciário não teve protagonismo na crise, um ou outro executivo foi processado, PORQUE ISSO NÃO IRIA RESOLVER A CRISE, o foco era tirar o País do buraco, não era prender executivos, se vingar deles, demonizá-los, como fazem aqui.
O Ministério Publico americano nem apareceu na crise de 2008, não se olha para trás e sim para a frente.
Então, as leis politicamente corretas lá funcionam sob o espírito de praticidade, mas se você entrega leis do tipo às "forças tarefas" daqui vai sair um monstrengo de vingança sem fim, como está acontecendo na Lava Jato.
Por exemplo, qual a lógica de para uma corrupção de 450 milhões de Reais se cobrar uma multa de 970 milhões e DANOS MORAIS de 3 bilhões? Alguém vai pagar? Claro que não, mas então por que espetar uma conta absurda em cima de empresas que não conseguem nem pagar os salários dos trabalhadores? Qual a lógica prática?
A LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO foi aplicada no Mensalão de forma absurda, em cima de outras punições: qualquer réu que mandou alguém sacar um cheque já foi enquadrado em "lavagem de dinheiro", a pena triplica.
Essa lei aberrante inferniza a vida de gente comum que cometeu algum erro bancário ou trocou um cheque, MAS não se conhece caso que tenha atrapalhado a vida de traficantes, assaltantes de Banco Central, contrabandistas, ladrões de carga, empresários de futebol; a lei serve para atazanar sucateiros, mas não arranha o mundo do crime.
Qualquer pessoa que for depositar em um banco mais de 10.000 Reais é alvo da lei, precisa explicar o porque do depósito. Isso vem direto dos EUA, até o valor é igual; lá precisa explicar se for depositar mais de 10.000 dólares, afinal quem anda com 10.000 reais só pode ser bandido ou terrorista; que imbecilidade.
A LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO é uma unanimidade de LEI RUIM, mal feita e mal aplicada; na comunidade jurídica brasileira não conheço ninguém que a elogie; uma lei que não breca criminosos, mas incomoda e perturba gente comum que por algum descuido comprou um quadro, uma joia, doou dinheiro para uma filha e por aí vai.
Importar leis exógenas é a pior coisa que um país pode fazer, estamos hoje vendo o resultado na Lava Jato. (Fonte: aqui).
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"Veja-se o que aconteceu na crise financeira de 2008, causada por bancos de investimento, especialmente o Goldman Sachs. Todos, Executivo e Congresso, correram para resolver a crise e não para punir seus causadores, o mal já estava feito, vingança não iria resolver a crise."
De fato, na ocasião acima as razões de Estado falaram mais alto, como, aliás, eu mesmo assinalei em comentário feito a um post do mesmo autor - aqui.
De outra parte, penso que as leis acima citadas têm seus méritos. A questão - como, de resto, acontece relativamente a todas as leis - é a forma como são aplicadas, e que propósitos eventualmente se escondem sob suas asas...
Leis importadas dos Estados Unidos são um risco à Democracia
Por Motta Araújo
O sistema jurídico brasileiro segue princípios do direito positivo, que vem do Direito Civil francês, cuja base é o Código Napoleão, por sua vez baseado no Direito Romano, um conjunto filosófico legal que parte de regras de direito posto, isto é, o Direito é o que está escrito na lei e não aquilo que o Juiz imagina que seja. Os princípios do direito positivo são a maior garantia do cidadão, que não fica sujeito ao arbítrio do juiz. O sistema, portanto, não aceita leis que admitem larga interpretação e subjetivismo do julgador, que é o sistema de direito anglo-americano, a "common law", baseado em princípios que admitem releitura pelo Juiz, porque as leis americanas são menos precisas, menos detalhadas e o que nelas falta é suprido pelo juiz.
O grande problema é um sistema misturar com outro, jogar leis IMPORTADAS do mundo legal americano no sistema jurídico brasileiro, como acontece com duas leis, a 9613/98, chamada LEI DA LAVAGEM DE DINHEIRO e a 12.846/2013, a LEI ANTI-CORRUPÇÃO (...).
Essas duas leis dão um poder de arbitragem ao Juiz muito amplo, admitindo penas absurdas, como as que foram aplicadas na AP 470. A maior pena de um sistema legal coerente é a que se atribui a HOMICIDAS. Raro é o assassino que é sentenciado a mais de 20 anos, só os homicídios triplamente qualificados chegam a 30 anos ou mais; como é possível se dar uma pena de 47 anos a Marcos Valério, que não matou ou feriu ninguém? Foi a lei de lavagem de dinheiro que criou essa dosimetria do infinito.
O problema é colocar na mão de juízes acostumados a leis precisas do ordenamento jurídico latino, como o nosso, leis que admitem penas aberrantes, que nos EUA são aplicadas com muito maior moderação, porque lá os juízes operam com um SENTIDO PRÁTICO na aplicação da lei.
O espírito do sistema jurídico americano é RESOLVER UM PROBLEMA e não se vingar do criador do problema.
Veja-se o que aconteceu na crise financeira de 2008, causada por bancos de investimento, especialmente o Goldman Sachs. Todos, Executivo e Congresso, correram para resolver a crise e não para punir seus causadores, o mal já estava feito, vingança não iria resolver a crise.
Em 15 dias o Tesouro americano soltou US$377 bilhões de dólares para bancos, seguradoras e empresas industriais; só a General Motors recebeu 50 bilhões de dólares, com garantias praticamente zero, o judiciário não teve protagonismo na crise, um ou outro executivo foi processado, PORQUE ISSO NÃO IRIA RESOLVER A CRISE, o foco era tirar o País do buraco, não era prender executivos, se vingar deles, demonizá-los, como fazem aqui.
O Ministério Publico americano nem apareceu na crise de 2008, não se olha para trás e sim para a frente.
Então, as leis politicamente corretas lá funcionam sob o espírito de praticidade, mas se você entrega leis do tipo às "forças tarefas" daqui vai sair um monstrengo de vingança sem fim, como está acontecendo na Lava Jato.
Por exemplo, qual a lógica de para uma corrupção de 450 milhões de Reais se cobrar uma multa de 970 milhões e DANOS MORAIS de 3 bilhões? Alguém vai pagar? Claro que não, mas então por que espetar uma conta absurda em cima de empresas que não conseguem nem pagar os salários dos trabalhadores? Qual a lógica prática?
A LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO foi aplicada no Mensalão de forma absurda, em cima de outras punições: qualquer réu que mandou alguém sacar um cheque já foi enquadrado em "lavagem de dinheiro", a pena triplica.
Essa lei aberrante inferniza a vida de gente comum que cometeu algum erro bancário ou trocou um cheque, MAS não se conhece caso que tenha atrapalhado a vida de traficantes, assaltantes de Banco Central, contrabandistas, ladrões de carga, empresários de futebol; a lei serve para atazanar sucateiros, mas não arranha o mundo do crime.
Qualquer pessoa que for depositar em um banco mais de 10.000 Reais é alvo da lei, precisa explicar o porque do depósito. Isso vem direto dos EUA, até o valor é igual; lá precisa explicar se for depositar mais de 10.000 dólares, afinal quem anda com 10.000 reais só pode ser bandido ou terrorista; que imbecilidade.
A LEI DE LAVAGEM DE DINHEIRO é uma unanimidade de LEI RUIM, mal feita e mal aplicada; na comunidade jurídica brasileira não conheço ninguém que a elogie; uma lei que não breca criminosos, mas incomoda e perturba gente comum que por algum descuido comprou um quadro, uma joia, doou dinheiro para uma filha e por aí vai.
Importar leis exógenas é a pior coisa que um país pode fazer, estamos hoje vendo o resultado na Lava Jato. (Fonte: aqui).
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"Veja-se o que aconteceu na crise financeira de 2008, causada por bancos de investimento, especialmente o Goldman Sachs. Todos, Executivo e Congresso, correram para resolver a crise e não para punir seus causadores, o mal já estava feito, vingança não iria resolver a crise."
De fato, na ocasião acima as razões de Estado falaram mais alto, como, aliás, eu mesmo assinalei em comentário feito a um post do mesmo autor - aqui.
De outra parte, penso que as leis acima citadas têm seus méritos. A questão - como, de resto, acontece relativamente a todas as leis - é a forma como são aplicadas, e que propósitos eventualmente se escondem sob suas asas...
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
BETH CARVALHO, MADRINHA DO CARNAVAL
A insubstituível do Carnaval
Por Augusto Diniz
Lá vem Paulinho da Viola (homenageado pelos 50 anos de música), Monarco, Velha Guarda da Portela e Zeca Pagodinho pela avenida.
Martinho da Vila Isabel também não perdeu o desfile.
O compositor Djalma Sabiá, com 89 anos, único fundador vivo do Salgueiro, entra na Sapucaí.
Mangueira homenageia as mulheres e em um carro aparecem Alcione e Leci Brandão.
Mas a madrinha não pode ir – a imprensa avisa que a cantora não compareceu por problemas de saúde. Logo ela que já foi exaltada por várias agremiações de samba.
A madrinha também dos blocos de rua, do Bola Preta, do Cacique de Ramos, do Nem Muda Nem Sai de Cima, do Barbas, do Monobloco – foi até criadora de um, o Concentra Mas Não Sai (que ficava parado).
Gravou sambas do Simpatia É Quase Amor e do Bloco de Segunda.
A onipresença em rodas de samba, a afirmação do gênero fora do Carnaval, tornou-se um marco na sua vida. Foi lá por décadas que conheceu sambas e sambistas. Deu canjas históricas.
Garimpou muito e bebeu da fonte. Apadrinhou alguns, interpretou vários em milhares de shows e dezenas de discos.
De um ativismo raro na música brasileira, sempre disse que os compositores de Carnaval precisam ser reconhecidos pela mídia – uma resposta à barbaridade dos desfiles carnavalescos televisivos que ignoram os verdadeiros sambistas das escolas.
Lutou pelo controle de discos pelos artistas muito antes da pirataria – a proposta era evitar fraude de vendagem das gravadoras. Lobão foi seu maior (e quase único) aliado nessa história.
De discurso político afiado, não refugaria a uma boa prosa – com quem quer que fosse – sobre o momento vivido pelo País. Jamais trocou de lado ao sabor dos ventos.
Beth Carvalho fez uma falta danada neste Carnaval. Melhoras madrinha! (Fonte: aqui).
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E mais: a madrinha tem laços de parentesco com a acolhedora cidade de Luzilândia!
O QUE SE PASSA COM O BRASIL
A histórica e escandalosa implosão do Brasil
Por Patrick Gillespie
Na história do crescimento econômico de alguns anos atrás, o Brasil parecia ser o próximo país grande, logo depois da China. Como é que as coisas ficaram tão pessimistas, tão rapidamente?
Há cinco anos, a economia brasileira cresceu três vezes mais rápido do que a dos Estados Unidos. Em 2011 a sua dimensão econômica ultrapassou a Grã-Bretanha. Milhões de brasileiros passaram da pobreza para a classe média, e o presidente na época, Luiz Inácio Lula da Silva, alcançou um índice de aprovação de 83%.
Eike Batista, a pessoa mais rica do Brasil, disse ao "60 Minutes" que seu país estava percebendo o seu potencial.
"O Brasil tem colocado seu modo de agir em conjunto", disse Batista ao 60 Minutes em 2010. "Nós estamos entrando em uma fase de quase pleno emprego... é inacreditável."
Certamente é inacreditável
A economia do Brasil teve uma queda dramática. A nação está envolvida em um grande escândalo político, que é percebido como uma falência histórica e está sendo liderado por uma presidente impopular, Dilma Rousseff, que ainda está buscando preservar a economia do país.
"O Brasil estava em um lugar melhor, há cinco anos, e perdeu o momento para melhorar a sua economia", diz Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil no Wilson Center, em Washington, DC.
O caso de corrupção envolvendo a Petrobras e os políticos brasileiros fez o pessimismo tomar conta da economia, dizem os especialistas.
Pesquisadores brasileiros estão desvendando uma enorme lavagem de dinheiro e suborno, no caso centrado em torno da Petrobras, a empresa estatal de petróleo do Brasil. Dezenas de políticos, alguns do partido de Dilma Rousseff, são acusados de aceitar milhões de reais em propinas.
A Petrobras perdeu 60% do seu valor de mercado desde setembro. Ao mesmo tempo, o índice das ações do Brasil, Bovespa, também caiu.
Os funcionários do governo que visitam Nova York na quarta-feira tentaram injetar um pouco de positividade no caos.
Joaquim Levy, o novo ministro da Fazenda do Brasil, disse que a Petrobras é uma empresa transparente.
"Estou muito confiante de que eles vão superar todos os obstáculos sobre a sua contabilidade", disse Levy.
(Para continuar, clique AQUI).
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A despeito da conjuntura, é preciso aguardar o desenrolar dos acontecimentos. A Petrobras detém condições de dar a volta por cima. Quem conta com um parque industrial tão amplo e reservas pujantes - e provadas - como as do Pré-Sal, além de um corpo técnico de extrema competência como a Petrobras não pode fracassar em razão da ação perniciosa de funcionários (de carreira!) corruptos que se aproveitaram de uma legislação licitatória frouxa e da ausência de um 'trabalho de vigilância' à altura da dimensão e complexidade do conglomerado.
No mais, acompanho a posição do leitor Robson Lopes, que apontou como causa determinante da regressão da economia brasileira o impacto da crise financeira de 2008/9 sobre os países com que o Brasil transaciona (com exceção da China, que, mesmo assim, não mais ostenta os altíssimos índices de crescimento), bastando ver como estão até hoje as condições reinantes em grande parte dos países integrantes da União Europeia. Arremata Lopes: "O Brasil sairá dessa, mas terá de ser criativo, assim como foi o presidente Lula em 2008*; não podemos vencer uma crise econômica como essa (...) adotando modelos antigos, há de haver criatividade no modelo de gestão, na condução política e econômica para que possamos vencer essa batalha (...)".
(* = Observação deste blog: Em 2008/9, quando eclodiu a crise financeira global, todos esperavam o recuo do Brasil, caminho 'natural' seguido por governos anteriores. Os bancos privados, diante do cenário de incerteza, fecharam a torneira do crédito... Ao que o governo Lula, contrariando a ortodoxia imperante, determinou a expansão das parcerias comerciais pelos quatro cantos do mundo, a ampliação dos programas sociais e a elevação das aplicações de crédito por parte dos bancos estatais. Aí residiu basicamente a criatividade - que classifico também de ousadia - do governo Lula.
Recuperada a Petrobras, o Brasil certamente encontrará a nova receita. Torço por isso).
O CAUSO DO JUIZ ESMIUÇADOR DE ALMA
"É melhor rasgar logo a Lei Orgânica da Magistratura e a Constituição Federal.
Porque a partir do exemplo de Sérgio Moro, que elevou ao cubo o “animus escoiciandi” de Joaquim Barbosa, não existem mais.
O que está escrito no artigo 36 da lei, que ao Juiz é proibido ”manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem”, não vale mais.
Ontem, no jornal popular das Organizações Globo, o Extra, o juiz Flávio Roberto de Souza, que preside o julgamento de Eike Batista, diz, nada mais nada menos, que vai “esmiuçar a alma” do réu.
Isso mesmo, esmiuçar a alma, porque Sua Excelência assume o papel de Deus, porque não vai julgar apenas fatos, mas a alma.
Apela até para a sua fé budista dizendo que, por isso, tem “muita facilidade de saber quando a pessoa está mentindo ou falando a verdade”.
– Vou esmiuçar a alma dele. Pedaço por pedaço.
Como é que é, Doutor?
Quer dizer que se o senhor for espírita, vai ouvir os espíritos?
Virou, perdoem a expressão, zona.
E não adianta tirarem, avisa ele, o processo de Eike de suas mãos depois deste show de “penetração de almas”.
O Dr. Flávio já avisa que, se tirarem este, tem outros contra ele sob sua autoridade…
- Ainda que o tribunal me tire desse processo, ele não me tira do caso.
E ainda debocha dizendo que, se isso acontecer, “eu falaria pra você a música daquela cantora: Tô nem aí… Tô nem aí para o que vão decidir”
Que beleza!
Eu não tenho a menor simpatia pelo Eike Batista e acho que ele deve ter ótimos advogados, que vão fazer picadinho deste juiz.
Mas é inacreditável o que está se passando em certos setores do Judiciário.
Ficou fácil arranjar um brilhareco na mídia com essas exibições ridículas.
Não acontece nada, mesmo, não é?
A escolinha do Professor Sérgio Moro “captou a vossa mensagem, querido Mestre”.
E o salário, óóóóóóóóóóó…"
(De Fernando Brito, em seu blog 'Tijolaço', post intitulado "A escolinha do professor Moro" - aqui.
Seria folclórico, se não fosse deplorável. A Associação dos Magistrados deveria agir, à falta, quero dizer, à ausência do juiz-corregedor. Uma das características da magistratura é a inércia: o juiz é o Estado; está lá, parado, aguardando a provocação da parte; não toma a iniciativa, só se manifesta nos autos. Nos últimos tempos, tal diretriz vem sendo impunemente transgredida. Liturgia do cargo, escrúpulos, coisas, pelo visto, do passado...).
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
PICLES SIDERAIS
Ilustração: Mikhail Zlatosky.
MANDEI MINHA MANIA DE GRANDEZA PRO ESPAÇO E SEGUI SOZINHO PELO UNIVERSO E ARREDORES.
Ninguém nesta galáxia é mais modesto do que eu!
O COSMO INTEIRO NÃO VALE O MEU EGO.
Penso, logo, me basto.
FUI CHEGANDO E DOMINANDO TUDO. SE BRINCASSEM, FARIA CHOVER METEOROS.
O Sistema Solar fica na periferia da Via Láctea. Eu jamais concordaria em prestigiar um subúrbio como esse!
GRITEI FAÇA-SE A LUZ, E EIS QUE TAMBÉM SURGIRAM CÂMERAS. A AÇÃO, CLARO, EU JÁ TINHA.
Meu Gran Finale é especial: não admite The End.
....
(D. M.)
MANDEI MINHA MANIA DE GRANDEZA PRO ESPAÇO E SEGUI SOZINHO PELO UNIVERSO E ARREDORES.
Ninguém nesta galáxia é mais modesto do que eu!
O COSMO INTEIRO NÃO VALE O MEU EGO.
Penso, logo, me basto.
FUI CHEGANDO E DOMINANDO TUDO. SE BRINCASSEM, FARIA CHOVER METEOROS.
O Sistema Solar fica na periferia da Via Láctea. Eu jamais concordaria em prestigiar um subúrbio como esse!
GRITEI FAÇA-SE A LUZ, E EIS QUE TAMBÉM SURGIRAM CÂMERAS. A AÇÃO, CLARO, EU JÁ TINHA.
Meu Gran Finale é especial: não admite The End.
....
(D. M.)
SONEGADORES E LAVADORES
Martin Sutovec. (Eslováquia).
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A carga tributária é pesada, sabemos todos. Editorialistas e analistas em geral não se cansam de bater nessa tecla. Mas o peso da carga poderia ser atenuado - especialmente para os menos favorecidos - se existisse equanimidade nos ônus e se artifícios fraudulentos não alcançassem êxito.
Um exemplo da ausência de equanimidade: a isenção de imposto sobre grandes fortunas: a Constituição Federal prevê o imposto, mas isso é mera ficção: ele até hoje não foi regulamentado. Para completar, detentores de fortunas (e outros) se esmeram em burlar o Fisco, buscando formas de sonegar impostos. Só que isso não é assim tão enfatizado por nossa brava mídia...
Eis que eclode o caso HSBC: dezenas de milhares de contas bancárias 'tratadas' pela filial do banco inglês na Suíça vêm a público (em termos). Repercussão bombástica no mundo - exceto no Brasil. Cerca de vinte bilhões de Reais, pertencentes a algo em torno de oito mil brasileiros... e nem sequer duas dezenas de nomes revelados pelo jornalista brasileiro integrante da associação internacional de investigação detentora dos dados! (E com cirúrgica seletividade: os poucos nomes citados são de implicados na Lava Jato).
Para se ter uma ideia da dimensão do escândalo em escala mundial: o jornal britânico The Guardian revelou, em sua edição de ontem, 22, que o próprio atual presidente-executivo do HSBC é useiro e vezeiro em práticas delitivas visando a burlar o Fisco!
Que outros figurões, do exterior e daqui, integram o seleto rol?
domingo, 22 de fevereiro de 2015
PETROBRAS: A PUNIÇÃO E O CAOS
Ameaça: projetos de refinarias, portos, navios, complexos
petroquímicos e plataformas podem ser abandonados
A dança dos bilhões e o interesse nacional
Por Mauro Santayana
O Ministério Público Federal acaba de propor que se multe as empresas envolvidas com a Operação Lava Jato em mais de R$ 4 bilhões, quando o dinheiro efetivamente desviado comprovadamente ainda não chegou a R$ 400 milhões. Querem criar a figura de danos morais coletivos, além de multas, para chegar a mais ou menos R$ 10 pagos pelas empresas para cada real desviado. Caso essa tese prospere, vão quebrar todas as empresas, e transformar em sucata centenas de bilhões de dólares em refinarias, portos, navios, complexos petroquímicos, plataformas de petróleo que já estão sendo interrompidos e provavelmente serão abandonados com a demissão – que começou no Sul – de milhares de trabalhadores.
A pergunta é a seguinte: os R$ 4 bilhões cobrados vão conseguir cobrir esses incalculáveis prejuízos do ponto de vista humano, econômico e estratégico ?
Fazer isso equivaleria a incendiar a embarcação, com a tripulação – da qual faz parte também o Judiciário – e os passageiros, a centenas de quilômetros da costa, para se livrar dos ratos que estão no navio.
É preciso, como já dissemos antes, sobre o mesmo tema, punir os culpados, sem fazer o mesmo com a nossa estrutura produtiva, em uma das poucas áreas em que ainda conseguimos fazer alguma coisa além de soja e proteínas. Essas empresas precisam, pelo menos, para o bem do Brasil, concluir os projetos que estão em andamento, mas, uma a uma, já estão se inviabilizando, por falta de financiamento e da interrupção de pagamentos pela Petrobras, conforme o script de sabotagem geral contra o governo.
Isso, sem essas multas que nunca foram aplicadas, antes, nessa mesma proporção, em outros escândalos. Com elas vamos regredir 15 anos em petróleo e gás, e na construção naval, demitindo milhares de trabalhadores, e voltar aos anos 1990. (Fonte: aqui).
................
O jornalista Luis Nassif escreveu o seguinte, no Jornal GGN:
"COMO PUNIR ACIONISTAS, SEM COMPROMETER AS EMPRESAS
Na sexta-feira passada (dia 20), o Ministério Público Federal abriu cinco ações de improbidade administrativa contra empreiteiras envolvidas na Lava Jato que, se seguida ao pé da letra, liquidar com as empresas.
O MPF não apenas cobra o pagamento de R$ 4,47 bilhões por desvio de recursos da Petrobras, como pede que sejam punidas com a proibição de contratação junto ao poder público e a suspensão de acesso a benefícios fiscais e creditícios.
A punição se estende para "as empresas ligadas ao mesmo grupo econômico que atuem ou venham a atuar no mesmo ramo de atividade das empreiteiras".
***
Levou anos para que o direito comercial brasileiro aceitasse o conceito da recuperação judicial. Antes, a uma empresa em dificuldades só restava a concordata (onde recebia um prazo maior para quitar as dívidas) ou a falência. Nesse caso, a empresa era fechada e seus ativos (imóveis, maquinário, estoques) vendidos para ressarcir os credores.
Perdia-se o maior valor da empresa, o intangível representado pela marca, pelo conhecimento acumulado, pelas relações comerciais, estrutura de pessoal, fornecedores.
Com a recuperação judicial há um conselho de credores com poderes totais para analisar as condições da empresa e montar um plano de recuperação factível – muitas vezes até com redução das dívidas visando viabilizá-la.
Preservam-se valores, empregos.
***
O MPF deixou de lado todas essas preocupações na hora de pedir as punições à empresa.
Em vez de “punir” as empresas, poderia, por exemplo, investir contra seus controladores, obrigando-os a ressarcir os prejuízos com seus bens pessoais, incluindo as ações da empresa. (...)."
(Para continuar, clique AQUI).
................
Bem, o acima exposto é o que o MPF propôs. Ele está exercitando o seu papel, e tem o direito de opinar desconsiderando as consequências para a Petrobras e o próprio Brasil. Esperamos que a Justiça, em caso de eventual condenação dos envolvidos, siga alternativa diversa das sugeridas pelos acusadores.
petroquímicos e plataformas podem ser abandonados
A dança dos bilhões e o interesse nacional
Por Mauro Santayana
O Ministério Público Federal acaba de propor que se multe as empresas envolvidas com a Operação Lava Jato em mais de R$ 4 bilhões, quando o dinheiro efetivamente desviado comprovadamente ainda não chegou a R$ 400 milhões. Querem criar a figura de danos morais coletivos, além de multas, para chegar a mais ou menos R$ 10 pagos pelas empresas para cada real desviado. Caso essa tese prospere, vão quebrar todas as empresas, e transformar em sucata centenas de bilhões de dólares em refinarias, portos, navios, complexos petroquímicos, plataformas de petróleo que já estão sendo interrompidos e provavelmente serão abandonados com a demissão – que começou no Sul – de milhares de trabalhadores.
A pergunta é a seguinte: os R$ 4 bilhões cobrados vão conseguir cobrir esses incalculáveis prejuízos do ponto de vista humano, econômico e estratégico ?
Fazer isso equivaleria a incendiar a embarcação, com a tripulação – da qual faz parte também o Judiciário – e os passageiros, a centenas de quilômetros da costa, para se livrar dos ratos que estão no navio.
É preciso, como já dissemos antes, sobre o mesmo tema, punir os culpados, sem fazer o mesmo com a nossa estrutura produtiva, em uma das poucas áreas em que ainda conseguimos fazer alguma coisa além de soja e proteínas. Essas empresas precisam, pelo menos, para o bem do Brasil, concluir os projetos que estão em andamento, mas, uma a uma, já estão se inviabilizando, por falta de financiamento e da interrupção de pagamentos pela Petrobras, conforme o script de sabotagem geral contra o governo.
Isso, sem essas multas que nunca foram aplicadas, antes, nessa mesma proporção, em outros escândalos. Com elas vamos regredir 15 anos em petróleo e gás, e na construção naval, demitindo milhares de trabalhadores, e voltar aos anos 1990. (Fonte: aqui).
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O jornalista Luis Nassif escreveu o seguinte, no Jornal GGN:
"COMO PUNIR ACIONISTAS, SEM COMPROMETER AS EMPRESAS
Na sexta-feira passada (dia 20), o Ministério Público Federal abriu cinco ações de improbidade administrativa contra empreiteiras envolvidas na Lava Jato que, se seguida ao pé da letra, liquidar com as empresas.
O MPF não apenas cobra o pagamento de R$ 4,47 bilhões por desvio de recursos da Petrobras, como pede que sejam punidas com a proibição de contratação junto ao poder público e a suspensão de acesso a benefícios fiscais e creditícios.
A punição se estende para "as empresas ligadas ao mesmo grupo econômico que atuem ou venham a atuar no mesmo ramo de atividade das empreiteiras".
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Levou anos para que o direito comercial brasileiro aceitasse o conceito da recuperação judicial. Antes, a uma empresa em dificuldades só restava a concordata (onde recebia um prazo maior para quitar as dívidas) ou a falência. Nesse caso, a empresa era fechada e seus ativos (imóveis, maquinário, estoques) vendidos para ressarcir os credores.
Perdia-se o maior valor da empresa, o intangível representado pela marca, pelo conhecimento acumulado, pelas relações comerciais, estrutura de pessoal, fornecedores.
Com a recuperação judicial há um conselho de credores com poderes totais para analisar as condições da empresa e montar um plano de recuperação factível – muitas vezes até com redução das dívidas visando viabilizá-la.
Preservam-se valores, empregos.
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O MPF deixou de lado todas essas preocupações na hora de pedir as punições à empresa.
Em vez de “punir” as empresas, poderia, por exemplo, investir contra seus controladores, obrigando-os a ressarcir os prejuízos com seus bens pessoais, incluindo as ações da empresa. (...)."
(Para continuar, clique AQUI).
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Bem, o acima exposto é o que o MPF propôs. Ele está exercitando o seu papel, e tem o direito de opinar desconsiderando as consequências para a Petrobras e o próprio Brasil. Esperamos que a Justiça, em caso de eventual condenação dos envolvidos, siga alternativa diversa das sugeridas pelos acusadores.
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