terça-feira, 5 de julho de 2011

O FMI DOS SONHOS


Charge de Ronaldo.

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Que nada, que nada. Nada mais confortável do que ser diretor-gerente do FMI. O acirramento da disputa não é gratuito; a senhora Lagarde que o diga. É um mundo de sonhos: o FMI pode impor sacrifícios inomináveis ao povo de um país falido (em face, muitas vezes, de 'receitas' respaldadas pelo próprio Fundo), pode determinar que o país entregue a terceiros o patrimônio público, pode garfar o futuro das gerações. O FMI pode ignorar solenemente o fracasso das políticas neoliberais, do laissez-faire, do tresloucado livre mercado, das bolhas de 'subprimes' e que tais e prosseguir em sua política de abominação do Estado (que tem de ser, no máximo, mínimo). O FMI pode desconhecer os fracassos de tais modelos, pode impor as condições que julgar convenientes, e para tanto sabe que conta com o apoio irrestrito da mídia, que, em uníssono, prega a total submissão do país-da-vez. Pesadelo? Pro diretor-gerente do FMI?! Que nada, que nada.

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