Barack Obama está indignado com o fato de a ex-falida seguradora AIG, viva graças à injeção de US$ 180 bilhões a cargo do contribuinte americano, ter anunciado a distribuição de bônus à elite de seus empregados, no valor de US$ 165 milhões.
A alegação de Edward Liddy, executivo-chefe, é de que, embora "desagradável", o pagamento tem de ser feito porque está previsto contratualmente.
Pergunta-se: como é que o governo americano joga US$ 180 bilhões no colo de uma empresa sem cuidar de examinar/alterar seus contratos em geral? Como explicar que o governo americano, antes de repassar a dinheirama, não tenha imposto as condições que lhe aprouvessem?
O governo americano alega ter sido surpreendido pela incompetência e ganância dos amantes dos derivativos; os mortais comuns, dotados de algum senso crítico, limitam-se a considerá-lo ingênuo.
Afinal, só os ingênuos deixariam de cercar-se de cautelas e salvaguardas ao negociar com arautos do Livre-Mercado - experts em levar vantagem em tudo, inclusive dinheiro do Estado (que, para eles, nessas horas pode ser grande, não Mínimo, como vivem a pregar seus ideólogos e jornalistas amestrados).
2 comentários:
E eu que pensava que esse tipo de coisa só poderia acontecer em nosso querido Brasil. Onde iremos parar?
Baita providência saneadora: a direção da AIG está pedindo aos contemplados que devolvam ao menos metade do bônus recebido.
Ah Ah Ah!
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