O comportamento do ministro Gilmar Mendes é uma incógnita. Por que a compulsão de falar à mídia? Por que insistir em falar fora dos autos? É o natural dele, ou por trás haveria algum propósito insondável?
Seria candidato a candidato? Parece.
Chamou Lula às falas; Lula, intuitivo, não embarcou. 'Mandou' interpelar o juiz Fausto de Sanctis (inquirição em curso), certamente para que ele, o juiz, 'aprenda' a não afrontar seus superiores (decretação de prisão preventiva contra Daniel Dantas, quando o banqueiro acabara de ser contemplado com habeas corpus).
Parece lícito entender que pretenderia enquadrar Rodrigo de Grandis, o representante do Ministério Público na operação Satiagraha, e Antonio Fernando de Souza, chefe do MP, Procurador Geral da República, que, alfinetando Gilmar, afirmou, em 03.03, não ter o MP qualquer preconceito contra o MST, cujas relações com os organismos estatais estão sendo apuradas, devendo o juízo de valor ser externado no momento oportuno etc.
Diante da impossibilidade de 'partir pra cima' do MP ('guardião da sociedade', 'fiscal dos demais Poderes e defensor da legalidade e moralidade', detentor das mais vastas prerrogativas constitucionais - artigos 127 e 129 da Constituição Federal), o ministro, de seu palanque midiático, 'conformou-se' em pedir pressa ao MP.
E a Lei Orgânica da Magistratura Nacional? E os Princípios de Bangalore? E Sigmund Freud?
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