O editorial do jornal Meionorte, edição desta data, aborda o programa Bolsa Família, que contempla cerca de 11 milhões de famílias brasileiras e custou, em 2008, algo em torno de R$ 9,5 bilhões aos cofres públicos.
O jornal condena distorções no uso dos recursos liberados (as quais representam fatia mínima do universo atendido, mas que, claro, configuram irregularidade) e deplora, por vias oblíquas, a eternização do programa.
Mundo afora, o Estado amplia a 'cobertura' social, que, com o alastramento da crise, se converteu em 'social e econômica', face aos, especulo, mais de US$ 4 trilhões despendidos por EUA, União Européia e Ásia para 'salvar' corretoras, seguradoras, montadoras e, bem mais, bancos. No Brasil, os bancos, com a redução do compulsório e os pantagruélicos 'ganhos de tesouraria', mal conseguem conter a euforia.
Voltando à Bolsa: não se tem notícia sobre a deseternização da Bolsa Família dos Estados Unidos. Bolsa Família dos Estados Unidos?! Sim, sim: criado pelo governo americano durante a 2ª Guerra Mundial, o programa 'Cupons de Alimentação' ('Food Stamps') atende a 31 milhões de americanos, cada um deles recebendo US$ 6 por dia.
Barack Obama, aliás, em seu recente pacote ampliou em 13% os gastos com o 'Food Stamps'.
(Mas, pelo visto, seja lá seja cá, a mídia só vislumbra escusos propósitos eleitoreiros em iniciativas que, como as citadas, visam a atenuar os estragos causados pela volúpia do Livre Mercado).
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