A presença de Andreas na cracolândia é um grito de socorro de todos nós
Por Joaquim de Carvalho
Há 15 anos, quando eu fazia reportagens sobre o assassinato do casal Marísia e Manfred von Richthofen, acabei descobrindo que o irmão da namorada de Suzane von Richthofen havia comprado uma motocicleta de 1000 cilindradas e, ao rastrear essa compra, por sugestão minha, a equipe de um delegado da polícia civil no Campo Belo descobriu o envolvimento dele na morte do casal.
O crime foi esclarecido, Suzane e os irmãos Cravinhos presos.
Continuei na história e alguns dias depois, ao falar com um parente de Suzane, este me pediu que parasse de noticiar o caso, pois a família estava destroçada e, na visão dele, este era um caso de vida privada.
O que importava naquele momento, para ele, era cuidar da única vítima que havia sobrevivido: Andreas Albert von Richthofen, irmão de Suzane, então um garoto de 15 anos.
Hoje, ao ver a foto que mostra Andreas depois de ser encontrado numa das novas Cracolândias de São Paulo, me vem à memória o apelo do parente:
— É vida privada –, ele disse.
Na foto, Andreas de braços cruzados, bermuda rasgada, camiseta suja, cabelos desgrenhados, barba por fazer.
Sozinho.
É um contraste com outra foto, mais antiga, em que aparece sentado, ao lado da mãe, pai e irmã, sorrindo, cheio de vida.
Andreas teve a melhor educação que uma criança de família rica poderia ter. - (Fonte: Diário do Centro do Mundo - AQUI).
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Andreas teve a melhor educação... mas qual o processo de vida por que passou o pré adolescente a partir do instante em que teve sua família destroçada?
Enquanto isso, nos bastidores, a droga...
Enquanto isso, nos bastidores, a droga...
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