terça-feira, 24 de junho de 2025

A GRAVE DENÚNCIA DE SACHS CONTRA O GOVERNO TRUMP

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Em entrevista a Andrew Napolitano, economista acusa o presidente dos Estados Unidos de agir sob comando de Netanyahu 


Em entrevista contundente ao programa
 Judging Freedom, conduzido pelo juiz e comentarista Andrew Napolitano e publicada no YouTube no dia 23 de junho de 2025 (assista aqui), o economista norte-americano Jeffrey Sachs fez duras críticas à política externa dos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump. Segundo ele, a recente decisão de bombardear instalações nucleares iranianas — legalmente inspecionadas e aprovadas — foi tomada unicamente para atender às exigências do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“Foi Netanyahu quem mandou. O presidente seguiu suas ordens. Isso agora é inequívoco”, afirmou Sachs. Para ele, a subordinação dos Estados Unidos a interesses israelenses se tornou evidente e perigosa. “Não estava nos interesses dos EUA. Estávamos em vias de iniciar a sexta rodada de negociações com o Irã. Mas Israel disse ‘faça do nosso jeito’, e o presidente respondeu ‘sim, senhor’.

Sachs citou o depoimento da diretora de Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, ao Congresso, no qual ela declarou, com base no consenso de cinco das dezesseis agências de inteligência norte-americanas, que o Irã não possui nem está desenvolvendo armas nucleares desde 2002. Ainda assim, segundo Sachs, Trump ignorou a análise técnica e seguiu outra fonte: “De onde veio esse ‘contrário’? De Netanyahu e do Mossad.”

Para o economista, o papel de um presidente dos Estados Unidos deveria ser o de conter o impulso bélico da máquina de guerra americana. “Você tira o pé do freio e o país vai para a guerra”, disse. “Trump tirou o pé do freio porque Netanyahu mandou.”

A entrevista também abordou a impotência da ONU diante da aliança entre Estados Unidos e Israel. Sachs explicou que, embora a Assembleia Geral reflita a opinião da maioria dos países do mundo — frequentemente condenando as ações israelenses e exigindo a criação do Estado palestino —, os EUA vetam sistematicamente qualquer resolução relevante no Conselho de Segurança.

“O que a ONU mostra é o peso da opinião pública mundial. Mas o veto dos EUA impede qualquer avanço”, afirmou Sachs. “Israel reage com impunidade, e os Estados Unidos garantem essa impunidade.”

Sachs fez referência ao memorando revelado pelo general Wesley Clark após os atentados de 11 de setembro de 2001, no qual constava um plano para “eliminar” sete países em cinco anos: Iraque, Síria, Líbano, Líbia, Somália, Sudão e Irã. Para o economista, esse plano foi elaborado com apoio de Netanyahu e seus aliados neoconservadores nos EUA, e vem sendo implementado com resultados desastrosos.

“Netanyahu já reduziu seis países a escombros. Agora quer o sétimo. Trump apenas se alinhou”, criticou. Ele também mencionou o documento “Clean Break”, de 1996, como origem dessa estratégia de promover mudanças de regime pela força, desestabilizando o Oriente Médio. (...).

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