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Uma Ofensa ao Cinema
Por Alex Solnik
Uma prostituta de 23 anos e um garotão russo bilionário de 21 se envolvem sexualmente e resolvem casar em Las Vegas depois de uma semana de cama e videogame. Os pais dele mandam anular o casamento. O casamento é anulado. O garotão volta para a Rússia e ela para o prostíbulo. Fim.
Não sabemos quem é a prostituta (de onde veio, porque virou prostituta), quem é o garotão (só que é viciado em videogame), muito menos quem são seus pais (oligarcas sem definição que vêm resgatar o filho em seu jatinho).
O roteiro é insípido. O texto é um lixo. Não tem uma frase inteligente, criativa ou engraçada e milhares de "fuck you" e "motherfucker". Os capangas armênios parecem ter saído das chanchadas de Oscarito dos anos 50.
E, no entanto, o filme ganhou o Oscar em Hollywood e a Palma de Ouro em Cannes.
Não é só um sintoma da decadência do cinema americano (uma ofensa a Charles Chaplin, Orson Welles, Francis Ford Coppola, Woody Allen, Stanley Kubrick, John Ford) mas também da decadência dos críticos, da classe artística, dos produtores e das plateias que não sabem mais distinguir o joio do trigo.
Uma ofensa ao cinema. - (Brasil 247 - Aqui).
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