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ECOS DE 'AINDA ESTOU AQUI'
Um estudo recente revelou como o Itamaraty montou uma rede clandestina durante a ditadura militar brasileira para espionar milhares de pessoas no exterior. O Ciex (Centro de Informação no Exterior), criado em 1966 e extinto em 1986, monitorou cerca de 17 mil pessoas, sendo dois terços delas estrangeiras, o que representou violação de diversos tratados internacionais.
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O estudo ganha relevância especial no momento em que produções cinematográficas como "Ainda Estou Aqui", vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, ajudam a revisar o passado brasileiro. O filme retrata a história de Eunice Paiva, cujo marido, Rubens Paiva, foi preso, torturado e morto pela ditadura, possivelmente por ajudar a manter contato entre exilados e seus familiares no Brasil.
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A atriz Fernanda Torres viu Chico Rubens Paiva logo depois de "Ainda Estou Aqui" ganhar o Oscar de melhor filme internacional. "Meu crush de Nova York", ela brincou. Eles se abraçaram e outro filme passou na cabeça dele.
Seis meses antes, Chico estava com a família inteira no Festival de Veneza para a estreia do filme que retrata a vida de Eunice Paiva, sua avó. Na turnê mundial que se seguiu, Chico e Fernanda deram rolês nova-iorquinos. Eles tinham estado juntos em alguns momentos da gravação do longa-metragem nos anos anteriores e o marcou o cuidado com que a equipe toda tratou a história da família.
Depois veio o Globo de Ouro, em que ela ganhou o prêmio de melhor atriz. O sucesso de bilheteria no Brasil. O impacto político do filme, que destravou ações no Supremo Tribunal Federal para responsabilizar os acusados pelo desaparecimento de seu avô, o ex-deputado Rubens Paiva.
A vida da família mudou completamente, e a de Chico, que mora em Brasília e trabalha no Ministério da Indústria e Comércio, também.
Uma pesquisa detalhada sobre hábitos culturais dos brasileiros, realizada pelo instituto J. Leiva em parceria com o Datafolha, revela que o setor cinematográfico ainda não se recuperou completamente dos impactos da pandemia de Covid-19. O levantamento, que abrangeu todas as capitais brasileiras, oferece um panorama amplo do consumo cultural no país.
Os dados mostram uma queda acentuada na frequência ao cinema em relação a 2019, com uma recuperação gradual que ainda não atingiu os patamares pré-pandêmicos. Tanto os dados da pesquisa quanto as informações da Ancine (Agência Nacional do Cinema) indicam uma lenta retomada do setor. As projeções para 2024 sugerem um crescimento "menos de 10%, talvez no máximo 10%" em relação a 2023, mas ainda abaixo dos números de 2019.
(Matérias com temas tratados no A HORA. A propósito, "A Hora é o podcast de notícias do UOL com os jornalistas Thais Bilenky e José Roberto de Toledo. O programa vai ao ar todas as sextas-feiras pela manhã nas plataformas de podcast e, à tarde, no YouTube. Na TV, é exibido às 16h. O Canal UOL está disponível na Vivo TV (canal nº 613), Sky (canal nº 88), Oi TV (canal nº 140), TVRO Embratel (canal nº 546), Zapping (canal nº 64) e no UOL Play." - Informações oferecidas pela matéria - Aqui).
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