domingo, 12 de agosto de 2018

A JUSTIÇA BRASILEIRA E O INOLVIDÁVEL 8 DE JULHO


Permito-me transcrever o 'cabeçalho' do post "A exortação da ministra-presidente / Cármen Lúcia: absolutamente inaceitável desavença com o que a Justiça determinar", publicado por este blog no dia 2 (AQUI):

"'Principalmente comprometidos entre nós com um país no qual o Estado democrático de direito prevaleça, uma vez que é absolutamente inaceitável qualquer forma de descumprimento ou desavença com o que a Justiça venha determinar. Esperamos que cada vez mais a democracia prevaleça no Brasil e seja construída com força por todos nós', afirmou ao dar as boas-vindas aos colegas após o recesso do Judiciário em julho.  
....
Absolutamente pertinentes as palavras da ministra-presidente. É, sem dúvida, inaceitável qualquer forma de descumprimento ou desavença com o que a Justiça venha a determinar. O que traz à baila inolvidável episódio ocorrido no dia 8 de julho, quando determinação judicial proferida pelo então desembargador-plantonista do TRF4 deixou de ser cumprida, segundo consta, por juiz de primeira instância(!!) e desembargadores do próprio tribunal. Que todos tomem boa nota da exortação; afinal, a democracia precisa prevalecer, sendo construída com a força de todos nós!"
................

Eis que agora um dos envolvidos no nefasto episódio confessa que deliberadamente transgrediu a ordem judicial proferida pelo desembargador-plantonista do TRF4. Confessou, como assim, por quê? Sim, confessou, e o assunto 'viralizou': "#Gebranforadalei vira um dos temas mais comentados no Twitter" - aqui -; e mais, como se vê no DCM:  "Diretor da PF conta como autoridades se uniram para descumprir a ordem judicial para libertar Lula" - aqui -, e "Desembargador admite ignorar lei para manter Lula preso" - aqui

Mas, insista-se, por que Gebran teria confessado? Ora, talvez porque, ciente de que vai ter de ao menos dizer alguma coisa ao Conselho Nacional de Justiça (que interpelou os transgressores Moro, Flores e o próprio Gebran, além do desembargador-plantonista) em 'defesa' de seu ato, cuida desde logo de tentar atenuar o impacto da manifestação em que inevitavelmente terá de admitir a prática da reprovável transgressão. 

Há quem considere que o 8 de Julho de 2018 possa ter sido o ápice do apequenamento da Justiça brasileira. Faz sentido, mas há muitos episódios em disputa. Espera-se que o CNJ leve a efeito as práticas saneadoras requeridas, presente a Constituição da República.

Nenhum comentário: