segunda-feira, 13 de novembro de 2017

O PLANO DE GUERRA FINANCEIRA CONTRA O CATAR E A COPA 2022


"Quando a Global Leaks irá apresentar o 'e-mail' em relação ao Brasil? 
Alguém tem dúvidas que estamos passando pelo mesmo processo aqui?"




(Comentário de um leitor do Jornal GGN a propósito do post "Vazamento revela plano para guerra financeira contra o Catar e 'roubo' da Copa de 2022", por Ryan Grim e Ben Walsh, publicado originalmente pelo The Intercept:

"UM PLANO DELINEADO para que os Emirados Árabes Unidos iniciassem uma guerra financeira contra o Catar, seu rival no Golfo Pérsico, foi encontrado em arquivo de conta de e-mail do embaixador dos Emirados nos Estados Unidos, Yousef al-Otaiba, e posteriormente obtido pelo The Intercept.

O conflito econômico envolveria um ataque ao sistema monetário do Catar por meio de manipulação de títulos públicos e de instrumentos financeiros conhecidos como derivados [derivativos]. O plano, disposto em apresentação de slides, foi acessado por The Intercept por meio do grupo Global Leaks. O objetivo era prejudicar a economia do Catar, de acordo com documentos que mostram a estratégia em linhas gerais.

Esses documentos foram preparados pelo Banque Havilland, banco privado com sede em Luxemburgo e pertencente à família do controverso empresário britânico David Rowland. O esboço aponta um esquema para provocar uma queda no valor dos títulos do Catar, o que aumentaria os custos de seguro, com o derradeiro fim de criar uma crise monetária que esgotaria as reservas de dinheiro do país.
Captura de tela do Outlook do embaixador Yousef al-Otaiba  - Global Leaks
Rowland tem relação próxima de longa data com líderes políticos dos Emirados Árabes, sobretudo com o príncipe de Abu Dhabi, Mohammed bin Zayed, conhecido como MBZ. O banco está em vias de criar uma instituição financeira em parceria com o Mubadala, o fundo soberano de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, de acordo com contratos e correspondências obtidos por The Intercept que delineiam os termos do contrato. O projeto é independente da operação Catar, mas reflete a estreita relação entre o banco e os Emirados.
O plano de endividar o Catar era altamente ambicioso. “Controlar a curva de rendimento, decidir o futuro” diz o documento, fazendo referência a um gráfico padrão sobre os custos dos empréstimos de um país para pagar dívidas com vencimentos em diferentes datas. Acredita-se que a altura e o formato da curva de rendimento refletem quão saudável é uma economia e influenciam as opções financeiras disponíveis para um país.
Atacar a economia de uma nação com manipulação financeira representaria uma grave violação das normas tradicionais de conduta na diplomacia e mesmo na guerra.
Não há prova conclusiva de que o plano tenha sido colocado em prática nem de que um dia será. E a atual pressão sobre a moeda do Catar devido a um bloqueio imposto pelos Emirados Árabes indica que medidas claras e diretas de sabotagem econômica podem ser mais eficientes do que as apresentadas nos slides. Além disso, a publicação desta reportagem significa que a alegada confidencialidade do plano já não existe.
The Intercept entrou em contato com Edmund Rowland, filho de David e diretor do Banque Havilland, pelo número de um celular listado nos documentos internos da empresa. Ao ser perguntado sobre o plano para prejudicar a economia do Catar em nome dos Emirados Árabes e sobre o documento vazado, Rowland respondeu: “Nunca fizemos nada”, disse ele. Quando pedimos mais detalhes, sua resposta antes de encerrar a ligação foi: “Não posso comentar”.
Após a conversa telefônica com Rowland, o advogado do escritório Reed Smith Herbert Kozlov contatou The Intercept e afirmou em nome do banco que a instituição não negociou títulos públicos nem contratos de permuta financeira de crédito (credit default swaps, CDS) do Catar, que seriam os produtos financeiros a serem utilizados, de acordo com o plano. “Banque Havilland não comercializa títulos, contratos de seguro, CDS nem qualquer outro instrumento do Catar e não planeja fazê-lo”, declarou Kozlov. Sobre o plano de prejudicar o Catar, ele comentou: “O banco é uma instituição financeira privada de prestígio e não se deixa levar por conjeturas políticas nem tampouco as comenta”.
De acordo com metadados dos slides obtidos por The Intercept, o documento foi criado por Vladimir Bolelyy, uma analista do Banque Havilland. A secretária de Bolelyy informou que ele não falaria com The Intercept. “Ele foi orientado por Herbert Kozlov a não contatar essa empresa,” disse a secretária. The Intercept nunca chegou a mencionar a Kozlov que Bolelyy aparecia como o autor do documento. [...].
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Para se ter uma ideia da vulnerabilidade a que este mundo globalizado está submetido, um mundo em que a cada dia as teorias conspiratórias de repente passam a se revelar... factíveis).

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