"Segundo Moro, o fato de haver movimentos favoráveis do mercado financeiro quando há operações da Polícia Federal, 'para mim, é um indicativo que a Lava Jato não é exatamente um problema'."
(Da Folha de São Paulo, no texto "Moro diz que Lava Jato não é culpada por crise e pede protesto pacífico" - AQUI -, que aborda palestra proferida ontem, 9, pelo juiz em "evento para empresários da Lide Paraná, entidade que tem como coordenador nacional João Dória, pré-candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo".
Humildemente, vinha atribuindo - e ratifico o entendimento - os "movimentos favoráveis do mercado financeiro quando há operações da Polícia Federal" ao fato de que a cada passo operacional a crise se acentua, tomando corpo, em decorrência, a perspectiva de mudanças no horizonte político-econômico, com a consagração do neoliberalismo e vitória triunfal do Livre Mercado, implicando o comprometimento de programas sociais, garantias trabalhistas, políticas públicas das minorias, investimentos públicos diversos - adeus, Keynes... -, estrutura do Estado - privatizações em massa: empresas estatais e, joia das joias, o pré-sal -, tudo isso inflando o ânimo dos investidores e implicando a elevação dos índices da Ibovespa, símbolo maior dos "movimentos favoráveis do mercado financeiro".
Não se deve, porém confundir "movimentos favoráveis do mercado financeiro" com MELHORA DA ATIVIDADE ECONÔMICA. Muito pelo contrário: uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa).
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