PIB Brasil 2º tri surpreendeu analistas da grande imprensa (e até do Ministério da Fazenda).
Para vice-diretor da FGV, dados do IBGE sinalizam recuperação da economia
Por Daniel Lima
O vice-diretor de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rogério Sobreira, acredita que a taxa de investimento do segundo trimestre do ano, divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os dados do Produto Interno Bruto (PIB), indica sinais de recuperação da economia brasileira.
Segundo o IBGE, o PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 1,5% no segundo trimestre ante o período anterior. Além disso, a taxa de investimento em percentual do PIB subiu de 17,9% no segundo trimestre de 2012 para 18,6% no segundo trimestre deste ano.
Sobreira considerou o resultado bom, pois ficou acima do que alguns analistas esperavam. Para ele, a manutenção dos investimentos, diferentemente das estimativas do início do ano - quando se esperava que a taxa se mantivesse fraca - é um bom indicador. “No segundo trimestre, os investimentos vêm fortes e aparentemente sinalizam recuperação”, disse à Agência Brasil.
Para o professor, se a taxa de investimento for somada à perspectiva de realização dos “leilões chaves” de infraestrutura, como em setores de aeroportos, portos e rodovias, a situação será ainda melhor para o país.
Outro dado importante, segundo ele, é que, se os investimentos estão fortes, a fase da acumulação de estoques por parte do setor produtivo já passou. “Tudo indica que os empresários voltaram a investir, embora estejam acumulando estoques, evidentemente. Deve estar havendo, assim, uma criação nova de capacidade produtiva”, destacou.
O segundo aspecto destacado por Sobreira é o consumo das famílias, que vinha muito bem nos dois últimos trimestres de 2012 e depois enfrentou uma queda no inicio do ano. Para o professor, tudo indica que o fator está “ensaiando” uma recuperação. “Olhando um número tão agregado como esse, eu diria que pode estar havendo um movimento de, com as famílias pagando as dívidas, elas voltarem, ainda que lentamente, a consumir”.
Rogério Sobreira entende que, se houver a combinação da recuperação dos gastos das famílias com os investimentos, existe uma expectativa muito positiva em relação ao PIB deste ano. “Acho que muitos analistas que vinham fazendo previsões até abaixo de 2% terão que rever as suas previsões”. (Fonte: aqui).
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Quando da divulgação do PIB do primeiro trimestre 2013, foi 'antevista' por analistas econômicos em geral a continuidade da pasmaceira econômica, e o pibinho tomou conta da mídia, com farta distribuição de gracejos e ironias (inclusive dos chargistas tupiniquins). Eis que saiu hoje o PIB do segundo trimestre e... Uau!...Oh, fomos surpreendidos!, confessam os iluminados, Leitão e Sardenberg à frente - os quais, ágeis como sempre, apressam-se em dizer que no terceiro semestre, sim, a performance pibeana será fraquinha.
E se na próxima 'parada' acontecer outra surpresa agradável (para nós, para nós!)?
A propósito, mais uma vez destacamos a opinião do economista Nilson Teixeira, do Banco Credit Suisse no Brasil (trecho pinçado de matéria datada do inicio do ano):
Para ter uma didática explanação sobre como é feito o cálculo do PIB, clique aqui.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
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