segunda-feira, 8 de agosto de 2011

UM TANGO PARA A REPUTAÇÃO


Do Diário de Notícias Globo: Apartamentos de juiz do Supremo usados para prostituição

Quarto apartamentos de um juiz do Supremo Tribunal da Argentina estão arrendados a negócios de prostituição. Raúl Zaffaroni alega que os seus bens imobiliários são geridos por uma agência e nega responsabilidades, mas o candidato presidente da União Cívica Radical, Ricardo Alfonsín, exigiu ao juiz que se demita para explicar, sem a protecção do tribunal, o que se passou.

Segundo o El País, o caso começou há duas semanas, quando o jornal Perfil noticiou que dois centros de prostituição, no bairro mais rico de Buenos Aires, estavam instalados em dois apartamentos de Zaffaroni. A organização não governamental La Alameda, que se dedica a combater a prostituição, fez a sua própria investigação e descobriu que, afinal, eram quatro os apartamentos do juiz usados para negócios do sexo. E apresentou de imediato uma queixa judicial.

Zaffaroni, de 71 anos, juiz do Supremo Tribunal desde 2003 e próximo da Presidente do país, Christina Kirchner, diz que tem 15 imóveis na cidade e que não tem tempo para os administrar pessoalmente: "Tenho um agente e uma imobiliária que os alugam. Limito-me a receber o que pagam [os inquilinos]".

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Os especialistas em assassinato de reputação não querem saber das circunstâncias do acusado, não estão aí para 'o outro lado'. Então o sujeito tem de examinar a vida pregressa dos candidatos a inquilino? E se o proprietário entrega a uma empresa a administração de seus imóveis, como fica? Vai ter de policiar tudo o tempo todo? No caso, Eugenio Raúl Zaffaroni é certamente o mais conceituado penalista da América Latina. Quem estuda Direito comumente se depara com referências a ele, notadamente em se tratando de direitos humanos. O propósito de seus detratores pode ser extremamente escuso.

Caricatura: Zaffaroni, por Spacca.

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