quinta-feira, 18 de agosto de 2011
PRODUÇÕES DO BRASIL NAS TVS A CABO
Como diria aquela atriz: 'Brasileiro é tão bonzinho'
Por Luiz Carlos Azenha
A atriz Kate Lira, com sotaque americano, dizia isso num programa de humor da TV: “Brasileiro é tão bonzinho”.
Ela supostamente não entendia a malandragem dos brasileiros, que agradavam a loira de belas formas com segundas intenções.
Mas a malandragem, como sabemos, é deles.
Walt Disney inventou o Zé Carioca em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, como parte da política de boa vizinhança de Washington.
Não bastou para garantir a base aérea de Natal, essencial para o abastecimento das tropas aliadas na África, mas nos dá a medida da importância política da cultura.
Hoje Hollywood continua sendo uma das indústrias mais vibrantes dos Estados Unidos.
A Índia tem Bollywood.
A Nigéria, Nollywood.
O entretenimento será um setor cada vez mais rentável da economia.
Produzir filmes e programas de TV não significa apenas promover a cultura brasileira, mas também a possibilidade de ampliar o mercado para nossas emissoras e produtoras independentes em direção a Portugal, Angola e Moçambique.
No entanto, quando o Congresso aprova um projeto que exige três horas e meia de programação semanal produzida no Brasil no horário nobre das TVs a cabo, o que equivale a meia hora por dia, tem gente que estrila contra o que seria “dirigismo” estatal.
Ou seja, Hollywood nem precisa gastar fazendo lobby no Brasil, que os próprios brasileiros fazem lobby de graça para Hollywood.
É por isso que a Kate Lira dizia: Ah, esses brasileiros, tão bonzinhos!
PS do Viomundo: A síndrome é tão profunda que, no sorteio da Copa, a Globo vestiu uma saia comprida na Ivete Sangalo e a “domou” com alguns violinos, para fazer a gente se parecer menos com a gente e não assustar as visitas.
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