sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

A IDADE DA INFELICIDADE


Por Jorge Félix

O Índice de Felicidade Interna é um tema da agenda política em todo o planeta. Começou com a ideia do rei do Butão em medir a felicidade de seu povo e levá-la em conta nas decisões de política econômica em contrapartida à hegemonia do PIB que, como se sabe, só mede a riqueza material.

A Grã-Bretanha acaba de adotar a ideia e, por aqui, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) apresentou emenda constitucional, em junho, para incluir o índice no capítulo dos Direitos Sociais da Constituição. Em São Paulo, o índice virou bandeira do ex-deputado Fábio Feldmann (PV).

Enquanto isso, na academia surgem inúmeras pesquisas para alimentar as políticas públicas. Uma das mais recentes foi feita por dois pesquisadores da Dartmouth College em 72 países, como noticia The Economist. Eles perguntaram em qual idade as pessoas são mais infelizes. Resposta: entre 40 e 50 anos.

A média mundial ficou em 46 anos. Mas atenção: a grande novidade da pesquisa é que a felicidade, ao longo da vida, é uma curva em U. Ou seja, depois dos 46, a sensação de bem-estar só melhora. Um alento para a população economicamente ativa mundial que envelhece cada vez mais.

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Depois dos 46, a sensação de bem-estar só melhora...
Como diria Machado:
glória que eleva e consola...

(Já a idade da criatividade em matéria de teses-as-mais-diversas é ilimitada).

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