quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

DIÁRIO DO BOLSO DESTA DATA


Por José Roberto Torero

Diariozinho, você é meu único amigo... Só você não me critica, chuif, chuif...

Poxa, já não basta eu estar com um nó nas tripas e todo mundo ainda faz pouco de mim?

Ainda bem que meus minions estão aí para me vingar.

Ontem, por exemplo, uma página do Feicebuque fez umas piadas comigo e foi censurada. É uma página metida a engraçadinha, de um cara que finge que sou eu. O sujeito pegou um monte de coisas que andavam dizendo de mim aí pela internet e juntou tudo. O meu pessoal ficou irado e reclamou com o Feice. E aí tiraram o texto do ar. Disseram que era bulling..., bulyng..., bulim..., ah, sei lá como se escreve esse treco! O negócio é que fui bulinado e eu não gosto disso!

Eu e meus minions sempre falamos em liberdade de expressão, mas é liberdade de expressão pra feiquenius, não pra piadinha, pô! Piadinha não pode!

Acabou não dando muito certo, porque o gracinhento botou o post no Instagram dele, que é @jrtorero, e num só dia ganhou mais de quatrocentos seguidores. E o texto ainda saiu em sites grandes, como Rede Brasil Atual e Carta Maior. Ou seja, muito mais gente leu. Talvez esse negócio de censura não adiante lá muita coisa...

Não, pensando bem, é claro que adianta! Mas tem que fazer do jeito certo. Por exemplo, os dados sobre a pandemia aqui no Brasil tão censurados e assim não dá pra imaginar como a coisa anda de verdade.

Começou em setembro, quando a gente começou a dificultar a notificação dos dados da pandemia. Depois, “ataques hackers” derrubaram os sistemas. A gente não consertou o treco e agora ninguém mais sabe nada.

Os postos de saúde tão mais cheios do que nunca, mas, com o apagão e com essa gripe, parece que está tudo tranquilo.

Em um mês dava para ter feito um novo sistema do zero, mas a gente tá em passo de tartaruga de propósito. Pra quê pressa pra dar notícia ruim? Kkk!

Bom, Diarinho, agora tenho que parar de escrever porque a enfermeira entrou no quarto. Ela está segurando uma bola de natal meio estranha. Será que é um presente pra mim?  -  (Fonte: Carta Maior - Aqui).

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