sábado, 12 de agosto de 2017

ECOS DE UMA JUDICIOSA DECISÃO


"No blog de Frederico Vasconcelos, na Folha, a nota assinada por diversas associações de juízes (federais, do Trabalho e estaduais) e de procuradores (da União e dos estados) onde manifestam sua “profunda frustração da Magistratura e do Ministério Público em relação à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal por oito votos a três, na noite de ontem, ao não contemplar espaço orçamentário para a recomposição parcial do valor dos respectivos subsídios”.
No lugar de  “recomposição parcial dos respectivos subsídios” leia-se aquela correção de 16,7% que elevaria para perto de R$ 40 mil o teto remuneratório que, como até Gilmar Mendes reconheceu, é mais furado do que telhado de zinco de barraco.
Eles alegam, para “querer o seu, também” que “outras categorias não são chamadas a assumir semelhante ônus e se multiplicam, em paralelo, diversos benefícios e renúncias fiscais pelo governo federal, em absoluto descompasso com o discurso de crise econômica”.
Os mártires da Justiça, coitados, dizem ainda que isso é perseguição: ” a Magistratura e o Ministério Público, que tanto vêm lutando para corrigir os rumos desse País, inclusive em aspectos de moralidade pública, estão sofrendo as consequências de sua atuação imparcial, com a decisiva colaboração do Supremo Tribunal Federal, ao desautorizar o seguimento de projeto de lei por ele mesmo chancelado e encaminhado em 2015.”
É inenarrável o sofrimento de Suas Excelências."


(De Fernando Brito, no Tijolaço, post intitulado "Juízes e procuradores reclamam do STF por recusar-lhes aumento" - aqui).

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