quinta-feira, 27 de agosto de 2015

A APROVAÇÃO DO PROCURADOR


No processo em que o Senado aprovou o novo mandato de Rodrigo Janot como procurador-geral da República, tudo correu muito bem: na Comissão de Constituição e Justiça, após 10 horas de sabatina, recebeu 26 votos favoráveis e apenas um contrário; no plenário, em deliberação rapidíssima, seu nome foi referendado por 59 votos a favor, 16 contrários e uma abstenção.

No desenrolar, nenhum fato, digamos, surpreendente: as intervenções na sabatina contemplaram o esperado; o senador Collor espumou à farta, certamente a única reação destoante. Collor é um dos treze senadores alvos de inquérito da operação Lava Jato.

Uma observação: causou certa curiosidade o fato de o senador Cássio Cunha Lima insistir no sentido de que a votação em plenário fosse adiada para a próxima semana. As ponderações aconteceram duas vezes, mas, como se viu, não alcançaram êxito. O fator tempo parece exercer grande influência estratégica...

No mais, louvamos o retorno do procurador-geral, devidamente consagrado.
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Adendo 
a) Foi pertinente a indignação de Collor quanto aos vazamentos seletivos por parte dos condutores da Lava Jato; 
b) Não passou despercebida a 'soberba' de Janot ao sugerir o fim da lista tríplice, passando o mais votado a ser automaticamente o procurador-geral. O PGR não é eleito diretamente pelo povo. Sem o respaldo do Executivo e do Senado, nada feito.

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