De fato, o óbvio sempre vem. Na década de 1990 eu achava que a redução da fome no mundo seria a contrapartida aos prejuízos eventualmente motivados pelo uso, na agricultura, de sementes geneticamente modificadas. Valeria a pena correr o risco.
A FAO, agência da ONU encarregada de alimentação e agricultura, confirma acusação que os representantes da Espanha e do México no GREENPEACE acabam de fazer:
.os transgênicos não barateiam os alimentos, nem aumentam a produtividade;
.o cultivo de espécies e variedades desenvolvidas em nível local é muito mais eficaz do que a monocultura em grande escala (esta intensiva em transgênicos);
.a fome no mundo não é provocada pela escassez de alimentos, e sim pela impossibilidade de acesso a eles. São produzidos mais de dois quilos de alimentos por pessoa - mas a fome e a desnutrição afligem mais da metade da população mundial.
Tudo isso sem contar que os produtores/países adeptos dos transgênicos tornaram-se dependentes e reféns de empresas transnacionais, das quais a maior é a Monsanto (campeã, também, na produção de herbicidas).
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