quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

ASSASSINATO EM GOIÁS ATINGE NÚCLEO POLÍTICO DE CAIADO E PREFEITO ELEITO PELO PL

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Assassinato de Fábio Escobar respinga em caciques políticos do estado em uma investigação com diversas suspeitas de irregularidades 

Fábio Escobar (vítima; esquerda, abaixo), gov. Ronaldo Caiado (centro), o primo Jorge Caiado    (esquerda, acima), o coordenador político Cacai (direita, acima) e o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (direita, abaixo).

Jornal GGN:
Um assassinato em Goiás, cujos investigados respingam no núcleo familiar e político do governador Ronaldo Caiado (União) e do recém eleito prefeito Márcio Corrêa (PL), vem abalando o noticiário regional, está longe de trazer todas as respostas e poderá rifar as intenções nacionais de figuras políticas locais.

Trata-se do assassinato do empresário Fábio Escobar, já conhecido por suas ligações com a família Caiado, que apareceu morto, em junho de 2021. A Polícia Civil e o Ministério Público de Goiás concluíram que Escobar foi assassinado por vingança. Nesta semana, a investigação ganhou novos contornos sob o risco de sair da alça da Justiça goiana, onde Caiado e o prefeito detêm influência, e poderá ser federalizado, ou seja, ser investigado a nível nacional.

Entenda o Caso
Fábio Escobar trabalhou na campanha eleitoral de Caiado em 2018, ao lado do ex-presidente do Democratas, Carlos César de Toledo, o Cacai. Após ser eleito, Cacai tornou-se assessor do governador de Goiás e Escobar teria ficado “inconformado” por não receber um posto no governo, segundo a denúncia. Como reação, ele passou a acusar Cacai de desvios de dinheiro na campanha, o que teria motivado o crime.

Com Cacai apontado pela autoria intelectual da morte, o governador Ronaldo Caiado e seu entorno isolaram a responsabilidade do assassinato no político. Nos últimos 3 anos, contudo, novas provas colhidas pelos próprios investigadores aproximaram o crime ao governador Caiado e ao prefeito eleito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL).

No início deste ano, as incoerências do caso que tramita na 1ª Vara Criminal de Anápolis chamaram a atenção do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que catalogaram a investigação como “casos de grande repercussão”.

A partir de então, as apurações do Ministério Público estadual e da Polícia Civil de Goiás passaram a ser acompanhadas de perto pelos órgãos de fiscalização. Essas suspeitas de influência do núcleo político do governo, ainda, motivaram um pedido à Procuradoria-Geral da República (PGR), ingressado nesta semana, para que o caso seja conduzido pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal (MPF) na Justiça Federal. (...).

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