sábado, 7 de setembro de 2019

A PALAVRA PERTINENTE DO INDICADO A PGR

                 (O subprocurador da República Augusto Aras)

'Espetacularização levou à ruína da economia', diz indicado de Bolsonaro à PGR

O sub-procurador geral Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro para assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR) fez duras críticas ao "corporativismo institucional" Ministério Público Federal (MPF), que gerou uma "personalização" de membros do órgão que levou à "debacle [ruína] da economia do país". 

"Suspeitos investigados não tiveram suas honras preservadas", afirma Aras em matéria da Folha de s. Paulo. "Vimos atentados à honra de centenas de pessoas que vieram a ter seus processos arquivados, seja na atual gestão da procuradora-geral da Republica [Raquel Dodge], seja na gestão anterior [de Rodrigo Janot]", disse. Aras citou ainda os EUA como exemplo.  


Seguiu ele: "No Brasil, [houve] uma relação corporativismo institucional em que a personalização, proibida expressamente na Constituição federal, a pessoalização desses membros [do Ministério Público] sem controle efetivo das corregedorias gerou inclusive a deblacle [ruína] da economia do país. Temos hoje 14 milhões de desempregados".  
Para ele, instituições do sistema judicial como o MPF "não se submetem à opinião publica, não se submetem ao clamor popular". Jesus Cristo, diz, foi vitima de um julgamento popular "pelo princípio da maioria e não pelas leis porventura vigentes [na época] que pudessem proporcionar-lhe ampla defesa em um devido processo legal". O subprocurador evita, no entanto, críticas diretas à Operação Lava Jato, que diz ter sido um "ponto de inflexão no sistema de Justiça do país".  -  (Fonte: Brasil 247 Aqui -, a partir de matéria da Folha).
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"O subprocurador evita, no entanto, críticas diretas à Operação Lava Jato...". Ao que este Blog indaga: E era necessário aludir expressamente à Lava Jato?! 
Em nossas análises vimos sustentando o óbvio ululante: Num futuro não distante, será exigida a devida punição dos verdadeiros responsáveis pela eventual desmoralização da Lava Jato. O que se lamenta é a blindagem dos setores que apoiaram e estimularam os sucessivos ataques à Constituição perpetrados pela Operação: esses continuarão ditando (ou tentando ditar) as regras.
A Constituição alinha os princípios e coordenadas a serem seguidos pelo Ministério Público. A obrigação de o MP atuar como fiscal da Lei não é ficção, é expressa obrigação. Quem fez vista grossa aos excessos da LJ? Quem, pelo contrário, até homenageou os transgressores? Quem, afinal, pode ter contribuído para comprometer a iniciativa?
De louvar-se, pois, a indicação do Executivo ao cargo de Procurador-geral da República.

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Nota
Os 3 integrantes da lista rejeitada por Bolsonaro (o presidente não está obrigado a observá-la) criticaram o critério de escolha adotado. Segundo a coluna Painel, da Folha, Mário Bonsaglia, primeiro colocado, conclamou os colegas: 

"Vamos, cada um de nós, em seu ofício, mais vigorosamente do que nunca, seguir defendendo, com independência e altivez, contra qualquer desrespeito, a Constituição e as leis deste país!"

Enquanto PGR, como teria reagido o sr. Bonsaglia diante dos desrespeitos da Lava Jato?

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."Moro e Lava Jato tentaram desprezar lista tríplice  e se deram mal", por Kennedy Alencar, em seu Blog - Aqui -, ou 'De como Moro conseguiu desencaminhar o MPF, empurrando-o para o abismo, vazou delação fajuta num momento crucial da campanha eleitoral 2018, abiscoitou um ministério como prêmio e está agora caprichando na arte de engolir sapo e se diz convicto de que será ministro do Supremo'.

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