domingo, 18 de novembro de 2018

A GEOPOLÍTICA E A LEI DE MURICI

Uma antiga 'lei', a lei de murici, prega que cada um cuide de si. Egoísmo? Para os 'muricistas', simplesmente a realidade. Há um quê de pertinência. Ao fim e ao cabo, seja na economia doméstica, seja na geopolítica ou na geoeconomia, cada um elege sua prioridade: o eu. Até mesmo, ou mais ainda, em situações extremas. Lembra até um antigo chavão de humor do regime militar: "Eu preciso sobreviver, entende?" O 'non olet tributário' prega que, embora o tributo só decorra de atividade lícita, não quer dizer que atividade tida por ilícita não possa ser tributada. A vantagem não cheira. E os países? Uns se fecham, outros admitem certas aberturas, outros se filiam a blocos econômicos. Mas no fundo, lá no fundo, o que prevalece é o interesse nacional, a preocupação em prosperar, a vontade de pairar sobre os demais. Há até quem considere que seu Destino Manifesto é imperar, como acontece com os Estados Unidos. 
Nesse contexto, temos a China como o parceiro comercial número um do Brasil, os EUA, como o segundo. O Brasil expandiu espetacularmente suas parcerias comerciais nos governos petistas. Está na África, no Oriente Médio...
É então que o Brasil 'atual' dá veementes sinais de adesão plena aos EUA. Como se fora um destino manifesto.
Iotti.
Enquanto isso, seguem firmes as guerras EUA x China, EUA x Brics, EUA x União Europeia... Guerra travada em tudo o que é de campo, como se vê abaixo. Com a NSA agindo em todos eles, claro. Quanto ao mais, os EUA, comovidos, agradecem, e louvam a lei de murici.



Pentágono pede que empresas de tecnologia não trabalhem com a China 

Do Brasil 247

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, general Joseph Dunford, disse nesse sábado (17) considerar problemático que as empresas de tecnologia estadunidenses não queiram trabalhar com o Pentágono, mas que estejam dispostas a se envolver com os chineses. 

"Eu tenho dificuldades com empresas que estão trabalhando muito duro para se engajar no mercado dentro da China... então não querem trabalhar com os militares dos EUA", disse Dunford no Fórum Internacional de Segurança de Halifax. "Eu só tenho uma expressão simples: nós somos os mocinhos."

No início deste ano, milhares de pessoas assinaram uma petição pedindo ao Google o cancelamento do Projeto Maven, que fornece ao Pentágono os algoritmos artificialmente inteligentes da empresa para interpretar imagens de vídeo e melhorar o direcionamento de ataques com drones.

Dunford evitou mencionar o nome do Google, mas disse que as empresas que compartilham a propriedade intelectual com empresários chineses estão essencialmente compartilhando com os militares chineses.

Segundo relatos, o Google trabalha em uma versão móvel de seu mecanismo de busca que obedecerá a rígidos controles de censura na China.

"Isso não é sobre fazer algo que é antiético, ilegal ou imoral", disse Dunford. "Trata-se de assegurar que coletivamente podemos defender os valores que defendemos. Esse seria o argumento que faço para as empresas de tecnologia."
Dunford disse que os EUA têm uma vantagem competitiva desde a Segunda Guerra Mundial por causa da cooperação pública e privada e afirmou que quem dominar a inteligência artificial terá uma vantagem em combate.  - (Aqui).

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