(Cor amarela: países sob vigilância;
cor preta: países inimigos da Internet)
1.
Censura na Internet
Por Gustavo Gollo
A Wikipedia nos informa sobre um conjunto de países “inimigos da internet”, onde ocorre censura estatal. A lista odiosa se assemelha à dos proscritos usuais, países com sistemas de governos diferentes dos prescritos pelos meios de comunicação ocidentais. Em tais países, os governos impedem o acesso a determinados sites através de métodos diversos.
O impedimento, obviamente, gera desinformação. 2 efeitos colaterais da censura também são dignos de nota: uma “brincadeira de gato e rato”, na qual os censores caçam sites com “conteúdo impróprio”, e certa consagração do heroísmo dos que são alvo do procedimento abjeto. Por aqui, aliás, precisaremos, encarar certas formas de ocultação de sites como uma espécie de jogo, um desafio a ser superado tanto ao tentarmos acessar, quanto ao compartilhar sites de informações, e de petições; obstáculos impostos a tais sites constituirão um descalabro nas próximas eleições.
Em nossas terras, as formas de cerceamento e controle da informação são mais dissimuladas que as listadas pela Wikipedia, inconfessáveis. Quando o governo chinês, por exemplo, censura um site, como o Facebook, ele expõe os motivos que o levam a isso. (Considero, aliás, que o Facebook seja o principal responsável pelo surgimento das bolhas que geraram essa estranha, perigosa e instável polarização que assola quase todo o mundo – uma pesquisa nos países em que a censura ao Facebook seja efetiva, confirmará ou refutará tal afirmação). Os que burlam censuras oficiais tornam-se proscritos, mas heróis aos olhos de seus correligionários.
O Brasil não aparece em nenhuma das listas da Wikipedia, fazendo o país parecer um paraíso da liberdade na rede. Por aqui, no entanto, uma censura inconfessável e dissimulada, pode ser mais danosa e ocultar mais que nos países onde ela é justificada pelo censor. (...). - (Para continuar, clique AQUI).
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De 'Alexis' (leitor do GGN):
Há que considerar que, diante do avanço global, das redes, do sistema financeiro e etc. parece adequado ocupar lugares onde a hegemonia do capitalismo global é inconteste, mas é também legítimo pensar que determinadas nações que contestam essa hegemonia possam filtrar o que os seus povos recebem.
Até Ulysses tampou os ouvidos da sua tripulação com cera, no momento em que passou pelos recifes onde cantavam as sereias. Achei certo o que Ulysses fez, assim como acho certo que a China, Cuba e outras nações que valorizam a sua autonomia possam questionar a ação global, que parece correr sem limite algum, pelo menos até concluir um processo legítimo de educação do povo e preparo da sua economia para encarar o mundo, talvez até ouvindo, mas sem cair no canto das sereias.
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Ao que o outro observa: Os detentores do Poder estão plenamente convencidos de que informação é poder, enquanto muitos dos navegantes nem sequer suspeitam disso. Em face de tal realidade, todas as avaliações (com suas similitudes ou não) se revelam pertinentes.
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Ao que o outro observa: Os detentores do Poder estão plenamente convencidos de que informação é poder, enquanto muitos dos navegantes nem sequer suspeitam disso. Em face de tal realidade, todas as avaliações (com suas similitudes ou não) se revelam pertinentes.
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