sexta-feira, 28 de agosto de 2009

VAMOS TIRAR O CHAPÉU

Eurípedes Waldick Soriano, de Caitité-BA, maio 1933-setembro 2008, lavrador, garimpeiro, peão, motorista de caminhão, cantor. Influências: Durango Kid (o mocinho de roupa e chapéu pretos do cinema e dos quadrinhos), Anísio Silva, Nelson Gonçalves, Vicente Celestino e, mui especialmente, o cubano Bienvenido Granda. 83 discos. O 1°: 'Quem és tu', 1960. Entre os inúmeros sucessos, 'Paixão de um homem', 'Eu não sou cachorro não' e a fenomenal 'Tortura de amor', composta em 1961, gravada no ano seguinte e censurada em 1974 pelo regime militar, que cismou com o termo inicial. Menosprezado desde o início (inclusive em Caitité, por um bom tempo), encarnava, não obstante, o verdadeiro artista popular. Nos anos setenta, visitando Luzilândia-PI (ou era Piracuruca a cidade?), 'derrubou' duas garrafas de cana, bebendo direto no gargalo - mas acho que os caras exageraram ao contar a história. Outro folclore dá conta de que passou três dias num quarto com uma dama de vermelho... Lenda é lenda. Vamos tirar o chapéu pro grande Waldick, que nos brinda com 'Tortura de amor'.


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