A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, começa oficialmente nesta segunda-feira (10) em Belém (PA) e coloca o Brasil no centro das negociações climáticas globais. O evento promete discutir metas de redução de emissões, adaptação às mudanças do clima e o futuro dos combustíveis fósseis. Com informações do Estadão.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da conferência, defende que esta seja a “COP da implementação”, com foco em tirar do papel compromissos firmados em edições anteriores.
“Vamos falar dos elefantes na sala”, afirmou, ao citar temas sensíveis como o abandono dos combustíveis fósseis e o financiamento de países pobres.
Esta é a primeira vez que uma conferência do clima acontece na Amazônia — e o país anfitrião chega à mesa de negociações com o presidente Lula (PT) na abertura e a missão de transformar promessas em ações concretas.
Veja cinco pontos que podem resultar em decisões concretas durante a COP30.
Transição justa para um modelo de baixo carbono
Um dos principais tópicos é a chamada “transição justa”, que busca equilibrar o desenvolvimento econômico com a redução das emissões de carbono. O objetivo é garantir que países em desenvolvimento possam migrar para uma economia verde sem comprometer o acesso à energia ou à infraestrutura.
“Um mecanismo institucional que facilitasse essa implementação seria o maior gol que a gente poderia esperar”, afirma Beatriz Mattos, coordenadora de pesquisa da Plataforma CIPÓ. Ela lembra que os países do Sul Global ainda enfrentam “escassez de capacidades, tecnologia e financiamento” para colocar planos em prática.
Caso não haja consenso, a conferência pode recorrer à chamada “regra de 16”, que encerra o debate e adia a decisão para a próxima edição.
Cronograma para o fim dos combustíveis fósseis
Outro tema central será a definição de prazos para abandonar o uso de petróleo, gás e carvão. A ideia foi aprovada na COP28, em Dubai, mas sem cronograma. Agora, o desafio é transformar o compromisso em metas concretas.
“A COP30 não pode ficar conhecida como a COP que enterrou a meta de 1,5°C”, alerta Stela Herschmann, do Observatório do Clima. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também reforçou a necessidade de metas graduais: “Isso exige indicadores de esforço que sejam gradativamente aumentados para além do que nós temos”.
Países produtores de petróleo, como a Arábia Saudita, resistem à pauta, mas o tema é considerado essencial para manter vivo o objetivo do Acordo de Paris. (...).
(Os demais itens são "Revisão das metas do Acordo de Paris", "Financiamento e Adaptação Climática" e "Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF)". Para ler sobre eles e conferir a íntegra da matéria, clique Aqui).

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