domingo, 30 de novembro de 2025

A 'POBREZA' REPENTINA QUE ABALA OS EUA


Ilona Biskup sentiu vergonha na primeira vez em que visitou um banco de alimentos em Miami, no Estado americano da Flórida.

Ela passou 32 anos trabalhando, pagando impostos e economizando para sua aposentadoria. E conseguiu comprar um apartamento em frente à praia com suas economias.

Agora, ela se pergunta por que precisa de ajuda para ter o que comer.

Há quatro meses, Biskup visitou pela primeira vez o maior banco de alimentos do sul do Estado, o Feeding South Florida. A organização abastece gratuitamente a despensa de 25% dos moradores da região que não conseguem custear suas necessidades alimentares.

Para poder ficar em frente às prateleiras repletas de produtos que ela, talvez, não teria comprado, Biskup precisou pedir ajuda pela primeira vez aos 62 anos, por necessidade.

“Depois de ter tido tanto sucesso, agora dependo de comida grátis”, declarou ela, do seu apartamento em Miami Beach, com vista de 180 graus: à direita, a cidade e, à esquerda, o mar.

"Nunca pensei que, depois de trabalhar tanto, acabaria dependendo do governo”, lamenta Biskup. Sua pensão por invalidez só cobre os custos de moradia e de serviços.Biskup recebe US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) da previdência social americana. Este nível de renda a coloca acima da linha da pobreza nos Estados Unidos, hoje em US$ 15,65 mil (R$ 83,5 mil por ano, ou cerca de R$ 7 mil por mês), segundo o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país.

Embora seja dona da sua casa e do seu carro, o valor da pensão não chega para comer.

Este empobrecimento repentino tem sua origem em eventos inesperados que consumiram seu patrimônio. Dois tratamentos contra o câncer esgotaram suas economias e o recente diagnóstico de Parkinson a obriga a recorrer ao dinheiro da aposentadoria. (...).

(Para continuar, clique Aqui).

Nenhum comentário: