Por Caique Lima, no DCM
O Censo 2022 revelou um crescimento expressivo na diversidade étnica e linguística dos povos indígenas no Brasil. Segundo os dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o país passou de 305 para 391 etnias e de 274 para 295 línguas registradas.
Entre os 1,7 milhão de indígenas identificados, cerca de 1,2 milhão declararam sua etnia de forma específica. Esse aumento foi atribuído tanto a mudanças metodológicas do Censo quanto ao fortalecimento do sentimento de autoafirmação das comunidades indígenas.
Marta Antunes, gerente do IBGE para Povos e Comunidades Tradicionais, explicou que o levantamento captou 75 novos etnônimos (os nomes pelos quais os próprios povos se identificam) e realizou desagregações em grupos que antes eram classificados de forma conjunta.
Entre as etnias mais numerosas, destacam-se os Tikúna (74 mil pessoas), Kokama (64 mil), Makuxí (53 mil) e Guarani Kaiowá (50 mil). Povos como Kaingang, Terena, Pataxó e Guajajara também figuram entre os maiores grupos.
O estudo apontou também uma expansão da diversidade étnica em quase todas as unidades da federação. Apenas o Amapá registrou queda no número de etnias declaradas, passando de cinco em 2010 para três em 2022. São Paulo lidera a lista, com 271 etnias reconhecidas, seguido de Amazonas (259), Bahia (233) e Pará (222).
As capitais concentram a maior variedade de grupos. São Paulo aparece em primeiro lugar, com 194 etnias, seguida por Manaus (186), Rio de Janeiro (176), Brasília (167) e Salvador (142). Fora das capitais, Campinas (SP), Santarém (PA) e Iranduba (AM) se destacam pela alta diversidade, com 96, 87 e 77 etnias, respectivamente. (...).
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