sábado, 26 de agosto de 2023

ZANIN VOTA CONTRA RECONHECIMENTO DE VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA GUARANI KAIOWÁ, SEGUINDO NUNES MARQUES E MENDONÇA

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Segundo a denúncia, a PM tem sido utilizada a favor do governo e de empresários da região para “violar direitos fundamentais dos povos indígenas Guarani e Kaiowá de modo sistemático”.

                 
(O Ministro Cristiano Zanin)

No DCM:
O ministro Cristiano Zanin, do STF, votou contra o reconhecimento da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) sobre violência policial contra os povos guarani kaiowá no Mato Grosso do Sul.

Zanin acompanhou os colegas Nunes Marques e André Mendonça, além do relator Gilmar Mendes.

Eles perderam. A ADPF foi acolhida por maioria formada por Rosa Weber, Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Barroso, Fux e Toffoli.

Em abril, a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) pediu ao Supremo a investigação da Polícia Militar durante os conflitos fundiários entre os povos originários e fazendeiros no estado.

Segundo a denúncia, a PM tem sido utilizada a favor do governo e de empresários da região para “violar direitos fundamentais dos povos indígenas Guarani e Kaiowá de modo sistemático”.

“Não nos restou outra alternativa, senão recorrer ao Supremo Tribunal Federal, pois a política de segurança pública no estado tem sistematicamente violado os direitos dos povos indígenas na região, neste fim de semana, inclusive, houve operação policial por parte da polícia militar na comunidade Kurupi”, disse o coordenador jurídico da Apib, Maurício Terena.

A ADPF começou a ser formulada após a prisão de nove indígenas durante ocupação de área de um condomínio de luxo em Dourados (MS).

Equipes do Batalhão de Choque e Força Tática foram acionados para intervir na ocupação da área, onde está sendo construído o empreendimento.

A Defensoria Pública da União (DPU) protocolou pedido de liberdade aos indígenas. No habeas corpus, a DPU diz que a violência tem “revelado um padrão de comportamento estatal que não pode ser interpretado como uma atuação isolada e eventual”.

DPU compara a ação mais recente à “Retomada de Guapoy”, em Amambai (MS), no ano passado, quando um indígena morreu vítima de um ataque da polícia.

Apenas nesta semana, Zanin se posicionou contra a equiparação das ofensas à população LGBTQIA+ como injúria racial e contra a descriminalização da maconha para uso pessoal.  -  (Aqui).

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- É, observe que, mesmo diante do voto do relator, Ministro Gilmar Mendes,
a maioria optou por derrubar o seu veredito.

- Na votação da questão da maconha, o Ministro Zanin já tinha ciência de que fora derrotado, o que não o impediu de se manifestar contrariamente, sendo inclusive o autor do mais radical voto contrário.

- Mas eu gostaria de ponderar era tão somente o fato de o Ministro Gilmar Mendes ser do Mato Grosso, onde, presume-se, mantém bom relacionamento com influentes agropecuaristas, e mesmo assim foi designado relator do processo. Ademais...

-Pode parar, bobão, aí você já está apelando.

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