quarta-feira, 26 de outubro de 2022

PETROBRAS SEGURA REAJUSTES POR PRESSÃO DO GOVERNO FEDERAL


No
DCM:
Às vésperas das eleições, por pressão do governo do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), a Petrobras vem segurando os reajustes nos preços dos combustíveis, mesmo estando com os valores abaixo do mercado internacional.

Por causa dessa diferença, existe uma pressão interna da empresa para aumentar os valores, porém, isso só deverá acontecer após o segundo turno das eleições.

Luscar

A empresa estatal, de economia mista, está vendendo gasolina nas refinarias abaixo do Preço de Paridade de Importação (PPI) há seis semanas, e do diesel há mais de um mês, segundo os dados do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). A aplicação dos preços no mercado interno do barril de petróleo, e do dólar, é feita em base do PPI, que é a política de preços utilizada na Petrobras.

O relatório do CBIE divulgado na manhã desta quarta-feira (26), revelou que a gasolina da estatal está 17,35% ou R$ 0,691 por litro mais barata que os preços internacionais. Já o diesel segue 14,86% ou R$ 0,854 por litro abaixo do PPI. Na média da semana passada, a defasagem da gasolina ficou em 8,03% e, a do diesel, 13,55%.


Amarildo.

Em vista desses números, os técnicos da estatal e parte da diretoria afirmaram que é necessário fazer os reajustes dos preços. Entretanto, ainda assim, o governo tem “cercado” a empresa para evitar um aumento dos preços antes do segundo turno, que acontecerá neste domingo (30).


Duke.

Segundo o jornalista Manoel Ventura, do O Globo, o Conselho de Administração da empresa se reunirá ainda nesta quarta-feira, mas ainda não deve haver nenhuma deliberação sobre o assunto nesta semana.

Na reunião, os conselheiros irão receber uma espécie de prestação de contas sobre a situação no mercado de derivados de petróleo, que segue marcado com a defasagem nos preços do diesel e da gasolina em relação às cotações no exterior.

Fernandes.

A empresa informou, por nota, que não recebe pressão de nenhum de seus acionistas, nem do controlador, nem minoritários. “Por questões concorrenciais, não antecipamos decisões sobre manutenção ou reajuste de preços. O monitoramento das cotações é feito diariamente e a decisão de atualizar os preços é integralmente técnica”, disse o texto.  -  (Aqui).

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