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Quem vai querer comprar aviões da Boeing, se, a depender do humor do presidente dos Estados Unidos, a companhia aérea vai ficar sem manutenção e peças de substituição para as aeronaves compradas à empresa, como fez agora a Boeing com as empresas russas?
Vou logo avisando que não tenho respostas, apenas perguntas. Porque a guerra da Ucrânia vai terminar, mais dia, menos dia —e não está fora de questão a possibilidade de terminarmos todos com ela, sem sobreviventes no planeta, se explodir uma guerra nuclear.
Mas, quando pergunto como vai sobreviver o Ocidente (em grande parte, os Estados Unidos) ao fim da guerra, eu me refiro à imagem que o Ocidente cultivou de si mesmo ao longo do tempo.
Sempre se apresentaram ao mundo como os paladinos da livre iniciativa, do livre mercado, do fluxo de capitais, do compromisso assumido entre empresas sobrepujar até os interesses restritos dos países (desde que o país não seja os Estados Unidos, é claro!).
Como vai ficar o mundo para eles, já que para punirem a Rússia (como antes já fizeram com Venezuela, por exemplo) estão destruindo todos os seus paradigmas?
Quem vai querer comprar aviões da Boeing, se, a depender do humor do presidente dos Estados Unidos, a companhia aérea vai ficar sem manutenção e peças de substituição para as aeronaves compradas à empresa, como fez agora a Boeing com as empresas russas?
Como bilionários vão comprar iates, mansões e depositar seu rico dinheirinho em bancos do Ocidente, suas barras de ouro, se o humor do presidente dos Estados Unidos pode confiscar tudo de uma hora para outra, como faz agora com os bilionários russos?
Com que moral Facebook e Instagram vão se dizer contrários ao discurso de ódio em suas plataformas, se agora abrem as portas para discursos que defendem a violência contra soldados russos e até a morte dos presidentes da Rússia e da Bielorrússia, Putin e Lukashenko?
China, que deve ser a maior potência mundial em poucos anos, e Rússia já negociam com suas próprias moedas. A Índia também. Será o fim do padrão dólar?
O ataque tão feroz do Ocidente à Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia determinada por Putin, pode ser o maior tiro no pé da História.
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Simples: basta filiar-se à OTAN ou aceitar candidamente que outros o façam.
Quanto à guerra nuclear...
"O Ministério das Relações Exteriores da Rússia declarou nesta quinta-feira 10 que uma guerra nuclear seria impossível 'por definição', porque 'levaria ao fim da civilização'." - (Revista CartaCapital - Aqui).
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