terça-feira, 13 de outubro de 2020

PEPE ESCOBAR: EVENTUAL VITÓRIA DE BIDEN SERÁ A VOLTA DO IMPERIALISMO HUMANITÁRIO

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Em entrevista à TV 247, o correspondente internacional Pepe Escobar aponta que uma vitória do Partido Democrata nos Estados Unidos pode reduzir as tensões com a China, mas não elimina a política externa imperialista. "A gente vai ter guerras quentes e guerras por procuração". 


No 247
O jornalista Pepe Escobar, em entrevista à TV 247 nesta segunda-feira (12), afirmou que uma eventual vitória do candidato Democrata, Joe Biden, na eleição presidencial dos Estados Unidos resultará na volta do imperialismo humanitário.

Pepe explicou que o imperialismo humanitário estadunidense foi responsável por tocar sete guerras ao mesmo tempo nos últimos anos, e é isso que voltará a acontecer com uma vitória de Biden. "As esquerdas acham que os democratas no poder serão como a volta do Obama e vai ser tudo uma maravilha, Prêmio Nobel da Paz. Não. Não é nada disso. É a  volta dos imperialistas humanitários, é o que todo mundo esquece". 

"O que os imperialistas humanitários sob o Obama fizeram? Sete guerras simultâneas, algumas declaradas e algumas não declaradas: Somália, Iêmen, Líbia, Síria, Afeganistão, Iraque. Esses são os imperialistas humanitários que, coordenados pela Hillary Clinton, pela Samantha Power e pela Susan Rice, venderam para o Obama a guerra na Líbia e fizeram uma pressão enorme para ser cada vez mais barra pesada na Síria. Ou seja, é isso que a gente vai ter. A gente vai ter guerras quentes e guerras por procuração", completou.

Questionado se o governo Biden continuaria pregando uma agenda contra a China, o jornalista disse que “qualquer um dos dois, Trump ou Biden, vai ser anti-China”, mas pontuou que “sob Biden, a guerra comercial baixaria um grau”.  -  (Aqui).

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Entreouvido nos bastidores:
- Com que, então, é esse o Destino Manifesto do resto do mundo?
- Se outra potência prevalecer - e as há -, irá implementar o 'seu' imperialismo. A alternativa do país pobre é lutar por sua própria autonomia, que rima com soberania, o que descarta a subserviência, a submissão. O resto, meu caro, é propaganda! 

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