sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

TEMPO TEMPO: PESQUISA ELEITORAL INICIAL

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Diz-se que, em se tratando de política, o tempo se rege por regras próprias. Estaríamos, assim, a anos-luz das eleições presidenciais de 2022, de sorte que as pesquisas ora realizadas soam inócuas, meros exercícios com um pé na especulação. Mas vale a pena registrar a abaixo exposta. Ao menos para testar a velha máxima de Magalhães Pinto, antiga raposa política mineira passada na casca do alho, que vivia a dizer algo como 'política é como as nuvens, numa hora mostram determinadas imagens no céu, daí a pouco nos revelam outras'. Dito o quê, ao registro fotográfico, quero dizer, ao registro histórico-temporal:



Bolsonaro bateria todos os oponentes se eleição fosse hoje, revela pesquisa FSB/Veja

Por Marina Barbosa (Do Congresso em Foco)

Jair Bolsonaro seria reeleito caso as próximas eleições presidenciais fossem hoje. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (6) pelo Instituto FSB e pela Veja. De acordo com o estudo, que avaliou os diversos cenários eleitorais possíveis para 2022, Bolsonaro ganharia de Lula no segundo turno com uma diferença de cinco pontos percentuais. Mas passaria com facilidade por HaddadCiroHuck e Doria. O presidente só teria a reeleição ameaçada caso o ministro da Justiça, Sergio Moro, resolvesse entrar no páreo.

De acordo com a pesquisa FSB/Veja, em um cenário em que Bolsonaro (s/partido) e Lula (PT) se enfrentam 
na disputa presidencial, o atual presidente receberia 32% dos votos e Lula, 29%. Ainda haveria 9% de votos para Ciro Gomes (PDT), 9% para Luciano Huck (s/partido), 5% para João Amôedo (Novo) e 4% para João Doria (PSDB). No segundo turno, Bolsonaro também sairia na frente com 45% dos votos válidos, contra 40% de Lula. Nesse caso, 10% dos entrevistados disseram que não votariam em nenhum dos candidatos, 4% anulariam o voto, 1% votaria branco e 1% não respondeu.


Já se o ex-presidente Lula continuasse inelegível e apontasse Fernando Haddad como o nome do PT para 2022, Bolsonaro receberia 33% dos votos; Haddad, 15%; Luciano Huck, 12%; Ciro Gomes, 11%; Amôedo, 5%; e Doria, 3%. No segundo turno, porém, o atual presidente ampliaria a distância do PT: Bolsonaro teria 47% dos votos e Haddad 32%.
Caso Bolsonaro não concorra e Lula enfrente Moro nas eleições de 2022, o atual ministro da Justiça também ficaria à frente do ex-presidente. Moro teria 32% dos votos e Lula 29% no primeiro turno. E essa distância se ampliaria no segundo turno: 48% x 39%. Se a disputa fosse entre Moro e Haddad, o ex-juiz também ganharia. Em um possível segundo turno, ele teria 52% dos votos e Haddad, 29%.
Já se Moro concorre com Bolsonaro e Haddad, Bolsonaro teria 28% dos votos; Haddad, 16%; Moro, 15%; e Huck, 13% no primeiro turno. Caso acontecesse um segundo turno entre Bolsonaro e Moro, contudo, haveria um empate técnico. É que, hoje, a pesquisa aponta 36% de votos para Bolsonaro e outros 36% para Moro, além de 2% de votos brancos e 7% de nulos. Nesse cenário, 18% dos entrevistados não votaria nem em Bolsonaro nem em Moro e 1% não respondeu.
A força eleitoral de Sergio Moro fica ainda mais clara quando os entrevistados foram questionados sobre quem poderia receber o seu voto em 2022. Neste caso, 56% disseram que poderiam votar em Moro, 49% em Bolsonaro, 47% em Luciano Huck, 43% em Lula e 36% em Ciro Gomes. Quando a pergunta é invertida para "em quem você não votaria de jeito nenhum", Moro também registra a posição mais confortável, com 35% dos votos. Já a maior rejeição é de Haddad. O petista tem 60% dos votos. Depois vêm Lula com 56%, Ciro com 54%, Doria com 52% e Bolsonaro com 48%.
A pesquisa do Instituto FSB e da Veja ouviu dois mil eleitores, dos 27 estados brasileiros, entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019, por telefone. A margem de erro no total da amostra é de 2 pp, com intervalo de confiança de 95%.
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