sábado, 6 de julho de 2019

DOSSIÊ INTERCEPT BRASIL: QUEM VAI JULGAR O QUE VEJA REVELA

A propósito das momentosas informações oferecidas por Veja sobre o ministro Sérgio Moro, da Justiça e Segurança Pública, quando juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, com base no Dossiê Intercept Brasil, o presidente da República afirmou que quem dará a palavra final sobre quem está certo ou errado será o povo. O povo. Enquanto isso, o "Ministério de Moro confirma que Bolsonaro foi informado de apuração sobre laranjas" - Aqui -, investigação que tramita (ou tramitava) em segredo de justiça em Minas Gerais. A quem competirá dizer se isto está certo ou não?! Seria normal um servidor público (Moro) afrontar a lei? Com a palavra... o povo?Simplesmente surreal...


Bolsonaro volta a defender Moro e diz que 'povo vai dizer' quem está certo ou não

Jornal GGN Mesmo após a divulgação de novos trechos de mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, quando juiz, e procuradores da Lava Jato Deltan Dallagnol, dessa vez pela revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta-feira (5) que caberá “ao povo” dizer quem está certo.
A informação é da Folha de S.Paulo, que conseguiu a declaração do presidente durante sua participação no evento de aniversário da guarda presidencial, em Brasília.
“Pretendo domingo não só ir assistir à final do Brasil com Peru. Bem como, se for possível, se a segurança permitir, irei com Sergio Moro junto ao gramado. O povo vai dizer se estamos certos ou não”, afirmou Bolsonaro.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de sofrer vaias durante o jogo da Copa América, o presidente negou temer a reação e disse ainda que não foi hostilizado na última terça-feira (2), quando compareceu ao Mineirão na partida do Brasil contra a Argentina.
“Você acha que, de imediato, eu com paletó e gravata, Mineirão enorme, uma vaia estrondosa de repente vai começar por mim? Não tem cabimento isso. Quem do outro lado sabia que era eu? Ninguém sabia. A vaia foi à seleção da Argentina”, disse.
Bolsonaro ainda insistiu em mudar de assunto, ao falar do caso de Adélio Bispo, autor do atentado a faca do qual foi vítima, no final do ano passado. “Falam tanto do caso do Moro e telefone toda coisa, e vocês não vão dar nenhuma forcinha para o caso Adélio?”.

Os repórteres perguntaram se o presidente estava acompanhando o caso dos vazamentos das mensagens entre Moro e procuradores, e ele novamente tentou contornar a discussão falando do atentado.

“Não tenho acesso aos áudios, mas converso com o Sergio Moro e tem informação que chega até mim que eu passo para ele apurar também, é natural. Agora não quero que inventem responsável por tentativa de assassinato a minha pessoa. Eu quero é chegar à solução”, concluiu. Para ler a reportagem da Folha na íntegra, clique aqui.

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