A eleição para a presidência do Senado foi marcada por um embate sobre se a votação seria aberta ou secreta. Segundo o Regimento Interno, teria de ser secreta. Anteontem (1º), após cinco horas de sessão, a maioria dos parlamentares decidiu pelo voto aberto. Mas uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, determinou que a votação deveria ser secreta.
A eleição foi feita ontem, 2, mediante cédulas e teve que ser realizada duas vezes, pois na primeira apuração foi encontrada uma cédula a mais na urna. (Há a 'promessa' de que investigação posterior apontará o senador-eleitor responsável pela fraude). Venceu a disputa o candidato do DEM, senador Davi Alcolumbre (aqui), representante do Amapá.
Triunfou a estratégia do ministro chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni, mas, como registra o analista Bernardo Melo Franco em seu blog no jornal O Globo, a vitória não significa que o time de Jair Bolsonaro terá vida fácil na Casa. Além de Davi poder atuar de maneira imprevisível, o senador Renan Calheiros (MDB) - que, em protesto contra a fraude e seus desdobramentos, retirou sua candidatura logo após iniciada a segunda votação - tende a usar sua força para retaliar o governo (aqui), visto que "Ao retirar a candidatura, ele [Renan] deixou claro que pretende liderar uma oposição feroz ao Planalto. Sozinho, poderá causar mais estrago que os seis senadores do PT."
Mas o que causou espécie e estupefação foi a fraude que deu causa à segunda eleição e enodoou irremediavelmente a imagem do Senado.
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