terça-feira, 25 de setembro de 2018

NA ONU, TRUMP E TEMER SE DIZEM OS BAMBAS ENTRE OS MELHORES

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Michel Temer, que pela última vez proferiu discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU (regalia do Brasil desde Oswaldo Aranha, um dos artífices da criação do estado de Israel em 1948), a certa altura repetiu um pleito comum aos últimos presidentes brasileiros: assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança, isso quando, ironicamente, nem sequer um convite para jantar com os principais líderes mundiais, organizado por Trump, ele conseguiu... Quanto ao presidente norte-americano, após suscitar risadas gerais em face de seu amplo ego, esqueceu de um detalhe singular relativamente à Venezuela: o fato de que ela é a campeã mundial em reservas provadas de petróleo (300 BILHÕES DE BARRIS!), riqueza que Chávez e Maduro teima(ram) em não entregar às Sete Irmãs, circunstância que para muitos explicaria o severo boicote imposto à Venezuela, implicando desabastecimento e consequências óbvias.
(Clique AQUI para ler:  "Na ONU, Trump ataca ideologia da globalização". Rematada ironia...).
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"'Dissemos não ao populismo e vencemos a pior recessão de nossa História', disse Temer, completando: 'A nossa é uma democracia vibrante, lastreada em instituições sólidas'. 'Meu governo conseguiu mais que qualquer outro governo na História dos Estados Unidos', disse Trump, arrancando gargalhadas."


Na ONU, Temer e Trump afirmam que foram os melhores governos das histórias de seus países

Do Jornal GGN

Tanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quanto o mandatário do Brasil, Michel Temer, usaram os palcos da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), nesta terça-feira (25), para fazer publicidade de seus governos.

Ambos não trataram de direitos humanos, mas de defender a soberania nacional e criticar "populismos": Trump atacando o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, além do Irã, China, Alemanha e países da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo); e Temer o "populismo" brasileiro.

Mas o presidente norte-americano conseguiu com suas declarações arrancar risadas de membros da Assembleia Geral, em ironia às afirmações de Trump, quando defendeu os supostos avanços feitos por ele: "Em menos de dois anos, meu governo conseguiu mais do que quase qualquer outro governo na História dos Estados Unidos".

A frase provocou as primeiras risadas singelas. "É verdade!", insistiu Trump, gerando risos mais fortes. "Não esperava isso, mas está bem", concluiu, em resposta à reação dos membros da ONU. 

                 "Eu não esperava essa reação... mas tudo bem."
(Kevin Siers - EUA)
Posteriormente, quando voltou a falar ao microfone, Trump gerou gargalhadas ainda mais altas com suas conclusões polêmicas sobre a política internacional: "A OPEP e os países da PEP [países exportadores de petróleo] estão, como é de costume, roubando a nós [EUA] e ao resto do mundo. Isso não me agrada e não deve agradar ninguém", emendou sob novas risadas.

Mas as polêmicas declarações de Trump não foram muito diferente das manifestações, ainda que mais tímidas e sem provocar risadas, do mandatário do Brasil, Michel Temer. "Dissemos não ao populismo e vencemos a pior recessão de nossa História", disse o presidente do Brasil, na abertura da Assembleia Geral da ONU.

Além de criticar o "populismo", ao fazer referência aos governos do PT no país, incluindo os de Lula e de Dilma Rousseff, a quem ele retirou seu assento para assumir o poder no país, a declaração de Michel Temer insistiu na contradição, considerando os piores índices econômicos que o Brasil atingiu com a sua gestão.

Ao descrever a "pior recessão" da História do Brasil, que segundo ele foi superada graças ao seu governo, disse que a crise econômica produziu "severas consequências para a sociedade, sobretudo para os mais pobres", também ignorando diversos cortes sociais feitos por ele e o congelamento dos investimentos públicos por 20 anos, que afetam diretamente a saúde e a educação no país.

Mas, para Temer, "recolocamos as contas públicas em trajetória responsável e restauramos a credibilidade da economia". "Voltamos a crescer e a gerar empregos. Programas sociais antes ameaçados pelo descontrole dos gastos puderam ser salvos e ampliados. Devolvemos o Brasil ao trilho do desenvolvimento", continuou.

Neste que foi o seu último discurso a nível mundial antes de deixar a cadeira da Presidência da República com altos níveis de rejeição popular e falta de credibilidade, o mandatário também acrescentou que fará a transição presidencial a seu sucessor "com a tranquilidade do dever cumprido".  -  (Jornal GGN - Aqui).

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