domingo, 3 de maio de 2015
HSBC: OS NOMES ESTÃO CHEGANDO
Contas secretas do HSBC: Brasil terá lista do SwissLeaks
A lista contém os nomes dos mais de seis mil brasileiros controladores de contas secretas no HSBC. O recebimento das informações oficiais é resultado de um entendimento entre a PGR, Ministério da Justiça e Ministério Público francês.
A lista que contém os nomes dos mais de seis mil brasileiros controladores de contas secretas no HSBC, no caso conhecido como Swissleaks, chegará ao Brasil em torno de duas semanas. A informação foi feita pelo secretário de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República, Vladimir Aras, aos integrantes da CPI do HSBC no Senado.
O recebimento das informações oficiais pelo governo brasileiro é resultado de um entendimento entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que foi à França com o Secretário Nacional de Justiça, Beto Ferreira Martins Vasconcelos, e autoridades do Ministério Público francês.
Os integrantes da CPI aprovaram na semana passada um requerimento para ouvir o delator do caso, o francês Hervé Falciani. Falciani é ex-funcionário do banco e os parlamentares acreditam que ele pode depor no Brasil desde que tenha condições apropriadas de segurança, garantidas pelo Ministério da Justiça. Outra opção, caso essa não seja possível, será enviar uma comissão da CPI até a França.
Na próxima terça-feira, a CPI recebe o presidente do HSBC no Brasil, Guilherme André Brandão. A CPI investiga se as mais de 6,6 mil contas de brasileiros no banco em Genebra, na Suíça, burlaram a fiscalização, entre outras denúncias. Estima-se que os depósitos dos brasileiros possam chegar a US$ 7 bilhões. (Fonte: aqui).
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Espera-se que a disponibilização dos nomes dos titulares das contas anime a imprensa brasileira a oferecer à CPI do SwissLeaks uma cobertura condizente com o volume de recursos financeiros envolvidos. Afinal, não é todo dia que surge um escândalo de proporções tão avantajadas, de valor a ser 'pinçado' de um estoque monumental de vinte bilhões de Reais! Mas convém ter em mente que o assunto poderá, sim, permanecer no limbo, inteiramente desprezado, a exemplo da Operação Zelotes, que apura estrondoso esquema de sonegação fiscal, cujo rombo até agora comprovado chega a seis bilhões de Reais, sendo que os investigadores estimam que possa alcançar dezenove bilhões. É que, como a prática demonstra, na grande maioria das vezes o que pesa não é o vulto do prejuízo aos cofres públicos, mas os nomes dos afanadores desses cofres.
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