domingo, 20 de julho de 2014

MH17: ISENÇÃO AO LARGO


Iain Green. (Escócia).

A charge acima, sobre o atentado aéreo que vitimou 298 pessoas na Ucrânia, é eloquente: mostra que a partir do instante da ocorrência já se tinha o culpado, independentemente de qualquer investigação isenta. A Veja desta semana, por exemplo, traz na capa, em letras garrafais: "A culpa de Putin".

Não obstante a enxurrada de libelos espumantes, convém que se aguarde o desfecho da apuração séria e rigorosa que, espera-se, será realizada.

A propósito, o jornalista Pepe Escobar escreveu, sob o título "Míssil de Putin?", o seguinte artigo:

"Eis o veredicto da boataria de guerra: a mais recente tragédia da Malaysian Airlines  (a segunda em quatro meses) é “terrorismo” perpetrado por “separatistas pró-Rússia” armados pela Rússia, e Putin é o principal culpado. Acabou-se a história. Quem tenha ideia diferente dessa, que cale a boca.

Por quê? Porque sim. Porque a CIA disse. Porque a Hilária “Nós viemos, nós vimos, ele morreu” Clinton disse. Porque a doida Samantha ‘Responsabilidade de Bombardear para Proteger’ Power disse – trovejando na ONU, tudo devidamente impresso[1] pelo Washington Post infestado de neoconservadores.

Porque a empresa-imprensa anglo-americana – da CNN à Fox (que tentou comprar a Time Warner, que pertence à CNN) – disse. Porque o Presidente dos EUA (PEUA) disse. E principalmente, sobretudo, porque Kiev vociferou, em primeiro lugar.

E lá estavam todos eles, em fila – as resmas de invariavelmente histéricos ‘especialistas’ da ‘comunidade de inteligência dos EUA’ literalmente espumando pela boca contra a maléfica Rússia, o ainda mais maléfico Putin; os ‘especialistas’ de inteligência, aqueles, que não viram um comboio de coruscantes picapes Toyota brancas atravessando o deserto iraquiano para tomar Mosul. Esses, aliás, já sentenciaram: ninguém mais precisa examinar prova alguma. Nada e nada. O mistério do voo MH17 está resolvido. (...)." - (Para continuar, clique AQUI).

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